CAPÍTULO 29

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*𝚀𝚞𝚎𝚋𝚛𝚊 𝚍𝚎 𝚝𝚎𝚖𝚙𝚘| 𝚍𝚎𝚙𝚘𝚒𝚜 𝚍𝚎 𝚜𝚎𝚖𝚊𝚗𝚊𝚜..*

Após o transcorrer de quatro semanas desde o fatídico incidente, a Clareira permanecia inalterada, incólume diante da ausência de quaisquer infortúnios. Contudo, os jovens, imbuídos de uma inextinguível curiosidade, empreendiam incansáveis buscas acerca da enigmática passagem, desvendando, assim, novos e fascinantes segredos! Alby, agraciado pela recuperação propiciada por um misterioso antídoto, cuja natureza permanece envolta em mistério, clama-se por uma maior provisão dessa preciosa substância! Enquanto isso, Emma, embora já restabelecida do infortúnio, defrontava-se com ânsias, náuseas e vômitos, dores abdominais, flutuações de humor, exaustão, sono excessivo e a inquietante manifestação da nidação.

O sol já se fazia presente quando Emma despertou ao lado de Minho, envolta por uma intensa sensação de enjoo, uma rotina previsível que se repetia quase todas as manhãs.

Emma:—Ai deplorável infortúnio! Novamente acometida por tal tormento... - proferiu a jovem, enquanto se erguia apressadamente do leito e se encaminhava com presteza até o diminuto aposento sanitário.

Enquanto a jovem se mantinha junto ao vaso sanitário, entregue a vômitos incessantes, Minho despertou logo em seguida, dirigindo-se ao banheiro com um leve torpor ainda presente, e proferiu com serenidade:

Minho:—De nada adianta empreender esforços para prolongar tal situação, meu amor! Todos esses sintomas indicam, inegavelmente, que estás concebendo um feto em teu ventre.

Emma:—Deixe de proferir palavras fúteis, pois não estou grávida e não abrigo qualquer embrião em meu ser! - exclamou a jovem, erguendo-se do solo com determinação e acionando a descarga no vaso sanitário.

Minho:—Por qual razão negar o inescapável? Os membros da Clareira já proferem as mesmas palavras, temos plena ciência de como tais circunstâncias se desenrolam. - afirmou Minho, com convicção.

Emma:—Por qual motivo eu estaria? Sei quê andamos fazendo coisa muito pessoais, porém não vem ao caso! E, ademais, caso eu esteja de fato nutrindo uma prole em meu íntimo, dedicarei-lhe um amor incondicional, emanado de minha própria essência! Contudo, é imperativo ressaltar que tal suposição esteja acontecendo. Tudo isso não passa de uma mera reação emocional decorrente dos eventos recentes, nada mais do que isso, compreende?

Minho:—Está bem! Ainda que eu mantenha uma certeza inabalável em minhas palavras, acatarei tua percepção.

Minho, cheio de convicção, acreditava firmemente que Emma poderia estar encarregada de uma vida em seu ventre, pois eles já haviam compartilhado momentos íntimos por um período considerável. Entretanto, a jovem não desejava, por ora, trazer uma criança ao mundo, pois ambos eram demasiadamente jovens. A criação de um filho demanda uma imensa responsabilidade, algo que eles ainda não estavam prontos para assumir. Além disso, Emma compreendia que a Clareira, um lugar tão assolado pela adversidade, não seria o ambiente ideal para trazer uma nova vida ao mundo. Seu foco, no presente momento, estava direcionado em escapar da Clareira, em busca de um futuro mais promissor.

Com uma postura altiva e decidida, Emma se dirigiu com passos firmes em direção aos garotos, aproximando-se com uma aura de mistério e intriga. Com uma voz carregada de emoção e anseio, ela indagou:

Emma:—E então, pessoal, quais são as nossas perspectivas para o dia de hoje? Iremos avançar ao labirinto para saber a verdade sobre a segurança daquela enigmática passagem?

Thomas:—Não, de forma alguma iremos nos abster! Durante essas quatro semanas, empenhamo-nos incansavelmente em busca de alternativas, e aquela aparentemente é a única rota de escape viável. Amanhã, ao raiar do sol, partiremos resolutamente, deixando para trás este lugar inóspito. A decisão está tomada! Todos consentiram, reconhecendo a importância dessa jornada que se avizinha.

REMENBER ME| Maze RunnerOnde histórias criam vida. Descubra agora