A Arte do Contato Visual (Toge Inumaki) - | TRADUÇÃO |

Boneca Yuta

—HIMEI e seus colegas descobriram rapidamente em seu primeiro ano que Gojo é um professor do tipo que não interage e que empurra você para o fundo do poço. É extremamente eficaz... se não, também, extremamente prejudicial quando as coisas dão errado - como costumam acontecer. Hakari certamente gostou, gostando da liberdade de fazer as coisas do seu próprio jeito, sem um olhar pairando observando cada movimento seu. Por isso ele e Gojo se davam tão bem, sempre conseguindo não pisar no pé um do outro. Himei também não se importou muito; ela apenas seguiu o exemplo de seu colega de classe, fazendo coisas com um propósito impulsivo, mas calculado.

     Mas ela acha que eles teriam passado por muito menos dificuldades se o professor fosse um pouco mais presente e confiável.

     Agora, não a entenda mal, Gojo pode confiar em muitas coisas. Muitas coisas importantes . Afinal, ele é o mais forte por uma razão. Ele pode resolver os problemas de uma vida inteira em um piscar de olhos, até mesmo... mas Himei nunca confiaria nele para cuidar de seus filhos, ou cuidar de um animal de estimação, ou mesmo vê-la beber em uma festa. Ela preferiria confiar esses trabalhos a Hakari , e ele é historicamente conhecido por ser uma influência terrível e zelador de coisas frágeis.

     Gojo apenas… faz o que quer da maneira que quer. E se lhe for dito para fazer algo, ele o fará da maneira que achar adequada no momento. E às vezes... isso significa que ele abre mão da quantidade adequada de cuidado e esforço que uma situação pode exigir apenas por uma questão de eficiência.

     Himei só gostaria de levar algumas de suas responsabilidades um pouco mais a sério. Especialmente no que diz respeito à vida dela.

     Porque se ela morrer tentando reprimir Rika enquanto ele tira uma soneca no canto, ela vai voltar e assombrá-lo. Disso, ela pode prometer. Ela se tornará seu próprio espírito amaldiçoado de Grau Especial Vingativo e se agarrará a ele .

     Ela joga outro papel de Talismã em branco amassado no rosto dele, mas seu infinito inconscientemente o desvia para o chão, onde alguns outros já estão empilhados. Ela também tentou cutucá-lo, mas toda vez que sente aquela resistência implacável a cerca de um centímetro de distância do corpo dele, ela desiste; não há como superar essa defesa. Ele está perdido, nem mesmo respondendo aos sons ininteligíveis de aborrecimento dela.

     Definitivamente assombrando-o. E ela com certeza fará da vida dele um inferno.

     Em seu caderno, ela escreve. 'Ok, Yuta-kun, vamos seguir em frente com isso sozinhos. E só teremos que torcer para que Gojo-sensei acorde se algo de ruim acontecer.

     “Tem certeza de que é uma boa ideia?” ele pergunta nervosamente, sentando em cima de uma mesa enquanto ela alinha seus talismãs em branco na mesa ao lado.

     'Não, é uma péssima ideia', ela faz uma pausa no trabalho para admitir, 'mas estou cansada, você precisa dormir e Gojo-sensei está se recusando a cooperar. Ele vai acordar se algo acontecer; ele tem um sexto sentido para esse tipo de coisa.

     “Eu só não quero machucar você”, ele confessa, olhando para seus pés balançando.

     Ela faz uma pausa, pegando seu caderno e colocando-o bem na frente dele. Sua cabeça está baixa, mas ela se inclina para olhar em seus olhos. 'Yuta-kun... você não estaria me machucando. Rika não é você. Talvez ela seja parte de você de alguma forma, mas você é sua própria entidade separada dela. Você era você mesmo antes dela e agora é você mesmo. Se eu me machucar, não é por causa de nada que você tenha feito. Quero que você entenda isso.