Capítulo 33 - Alerta.

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Como previ, Lauren dorme nos quinze primeiros minutos, com o rosto afundado no meu cabelo

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Como previ, Lauren dorme nos quinze primeiros minutos, com o rosto afundado no meu cabelo. Trouxemos a coberta para cima, impedindo que o ar-condicionado nos gelasse, e me sinto tão confortável com ela que faço hora na cama por mais de duas horas. Consigo saber quando Lauren dorme pela sua respiração, que de repente se torna leve, e pelo seu toque, que não importa onde esteja em mim, ele vai começar a ceder. Logo, quando seus dedos soltaram o entrelaço dos meus, como se ela estivesse querendo se desvencilhar, eu soube que adormeceu.

É muito estranho saber as manias de alguém até mesmo quando a pessoa está indo dormir. Não compartilhei dessa experiência com ninguém, e embora já estive em muitas camas onde precisei esperar minha "companheira de sexo" da vez dormir para que eu pudesse ir embora, não era algo assim. Eu não me deixava ser abraçada, agarrada. O máximo era um toque, para ela saber que eu estava ali —toque esse que, eventualmente, era desfeito.

Fico namorando o anel, seu nome escrito no interior dele, e sorrio comigo mesma toda vez que o encaixo de novo no dedo. Sei que vou precisar tira-lo em algum momento, ainda que o nome seja interno, impedindo qualquer pessoa que vê-lo, e seu exterior seja como qualquer outro anel, sem especiarias que denuncie que ela é a dona. Lewis com certeza conhece esse acessório da irmã; talvez não se importe com a ausência do mesmo no dedo dela, mas se, de repente, o anel aparecer no meu anelar, com certeza vai ser algo notório. Mas talvez, colocá-lo no dedo do meio ajude.

Quando percebo que vou acabar acordando Lauren ou passando a noite inteira em claro se continuar na cama, faço o esforço de me levantar com o máximo de cuidado na cama, ignorando todas as dores para não emitir nenhum ruído. Vou em busca do analgésico que sempre carrego comigo quando faço uso de bolsas, tomo dois de uma vez, e mesmo que ainda não tenha surgido efeito, me esforço ainda mais para colocar uma roupa qualquer, sendo uma das camisas largas de Lauren –que ainda carrega seu perfume– e um short e ir para a rua fumar. Deixo um beijo na testa dela antes, e até penso em ficar pela sacada mesmo, mas levaria cheiro para dentro do quarto, e ela não gosta. Na verdade, eu nem quero continuar com o tabaco, me privar apenas para a maconha, que é o que não a incomoda –e o menos nocivo–, mas estou com dores, não quero ficar chapada para dormir e me prometo que será o último.

Não tenho dependência no cigarro, "fumo socialmente", como as pessoas que bebem apenas em festas gostam de dizer, e vou sobreviver muito bem com a maconha. Mas hoje, preciso dessa despedida.

Carrego meu telefone comigo, e enquanto espero meu elevador me deixar no térreo, checo as notificações. Há mensagens de Lewis e Nicholas falando sobre corrida, Austin sobre a Doja, Normani respondo um story com a foto de Lauren que republiquei, perguntando despretensiosamente onde estávamos, algumas notificações no twitter e novos seguidores no Instagram, provavelmente resultados da corrida mais cedo. Um seguidor, em específico, me chama a atenção, porque com ele, há duas notificações.

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