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*AViSO NO FINAL DO CAPÍTULO*

*Narrador

Quarta-feira - 29 de setembro de 1994 - 06h50 A.M

Diana encara os meninos atônita e pensando se realmente tinha escutado eles falarem sobre a Brasília.

- Cadê? Eu preciso ver!

- A brasília? - Júlio pergunta confuso. - Por que quer ver ela?

- É a brasília, Júlio! - ela fala como se fosse óbvio. - Não precisa de um motivo.

- É só uma banheira velha. - Bento fala e leva um tapa na nuca de Dinho. - Ela está na garagem da casa dos Reolis e não adianta me olhar com essa cara de pidona porque eu vou trabalhar e não vou te levar pra ver ela.

Diana assente e se vira para Sérgio e Samuel.

- Não vejo mal nenhum em levar ela pra ver a brasília. - Sérgio fala e Bento revira os olhos.

- Essa porra deve ser bruxa, só pode. - ele resmunga e todos o encaram. - Ela consegue tudo o que quer sem dizer um "A", apenas com o olhar.

- Não exagera, japonês. - Diana da risada e abraça Sérgio. - Obrigada, eu vou amar.

- Eu sei. - ele balança o cabelo dela. - Consigo ver nos seus olhos, criança.

- Assim já aproveitamos e pegamos a máquina de escrever da Su. - Samuel fala e Diana assente.

- E a entrevista de ontem o que deu? - Dinho pergunta e Samuel dá risada.

- Graças a Deus ela não deu nada. - ele fala e Diana da um soco em seu braço fazendo o mesmo rir mais.

- Era um puteiro, o velho me enganou. - ela resmunga e Dinho nega.

- Não precisa ficar desesperada pra arrumar um emprego, logo aparece um. - ele fala e coloca a mão no ombro da mesma. - Aliás, de onde tirou os dez reais que me devolveu?

- Não contou pra ele que achou cem reais na rua? - Júlio pergunta e ela suspira.

- Eu esqueci, na segunda feira eu achei cem reais na rua quando estava indo no mercadinho com Júlio e aí não precisei gastar o seu dinheiro e por isso devolvi. - ela explica e ele nega.

- Foi com esse dinheiro que comprou essas coisas? Porque não tinha um único pão duro no armário. - ele fala e ela assente. - Não é pra gastar seu dinheiro com a gente.

- Cala a boca, Dinho. - ela resmunga. - Eu gasto com o que eu quiser.

- Perdoa ela, ela está com sono. - Júlio fala abraçando ela de lado e ela suspira. - Promete que vai dormir?

- Prometo que vou tentar. - ela força um sorriso e ele assente e deixa um beijo em seu rosto.

- Eu vou indo. - ele se levanta. - Dinho, me leva no trabalho e aí você pode usar o carro e levar a Liz.

- Tenho cara de chofer agora, Júlio? - ele pergunta colocando um pouco de café na xícara. - Foi mal, vamos logo. - ele vira o café de uma vez e coloca a xícara na mesa. - Que café gostoso.

- Foi a Diana que fez. - Júlio fala e Bento da risada.

- Pelo menos uma coisa boa ela sabe fazer. - ele provoca e Diana o fuzila com o olhar.

- Você acabou com o pudim que eu fiz, Bento!

- Porque estava com fome e não tinha nada melhor pra comer. - ele dá risada.

- Que implicância com a menina. - Samuel fala e Bento o encara.

- Só estamos brincando, Samuel. - ele se levanta. - Não precisa ficar bravinho.

Sonho de amor - Samuel Reoli (M.A)Onde histórias criam vida. Descubra agora