*59*

510 56 119
                                    

*Narrador

Ambos estavam perdidos nos lábios um do outro e era difícil de se separar, era como se algo os puxasse para perto toda vez que se afastavam.

- Isso é surreal. - Diana fala quando finalmente se separam. - Tem certeza que é real? - ela pergunta e ele da risada.

- Eu me faço a mesma pergunta. - ele acaricia o rosto dela e ela fecha os olhos ao sentir seu toque, mas logo os abre quando ele se senta de frente para ela com um sorriso convencido no rosto. - Então é verdade.

- O quê? - ela pergunta confusa.

- Você é apaixonada por mim!

- Eu não... Aí que merda. - Diana passa as mãos no rosto e ele gargalha. - Não tem graça. - ela resmunga e da um tapa na coxa do mesmo.

- Tem sim, você fica toda vermelha. - ele esfrega o local onde foi atingido. - Por que não me contou?

- Ah, claro. - ela revira os olhos. - Samuel Reoli, eu amo você e agora que estou no passado me apaixonei por você... Você entenderia.

- Claro que sim, se tivesse me dito antes eu poderia confessar que também gosto de você. - ele fala e ela o encara. - Acho que me apaixonei por você na semana que você chegou, sabia? Mas só percebi quando vi você beijando o Bento.

- Então você viu mesmo. - ela fala e ele faz careta e assente. - Ficou com ciúmes? - ela pergunta surpresa e ele desvia o olhar. - Você ficou vermelho, então você sentiu ciúmes.

- Vai ficar jogando na cara? - ele resmunga. - Que sorriso é esse?

- Puta que pariu. - ela se levanta e leva as mãos até o rosto. - Puta que pariu.

- O que aconteceu? - ele pergunta se levantando assustado, mas logo revira os olhos divertidamente ao ver ela pular animada.

- Samuel Reoli gosta de mim, meu Deus do céu.

- Vai ficar aí repetindo o óbvio? - ele pergunta se aproximando e puxando ela pela cintura, seus corpos se chocam e ele olha em seus olhos. - Quer que eu fale em voz alta? Eu gosto de você e estava me corroendo por dentro ver você com aquele idiota, eu gosto de você e ver você tão perto e ao mesmo tempo tão longe todos os dias estava me matando, eu gosto de você e não teve um único dia sequer que eu não me imaginei beijando a sua boca.

- Nossa, eu acho que a minha pressão até caiu. - ela fala se abanando e ele gargalha.

- É fome, vem comer alguma coisa. - ele a solta e segue até a porta da cozinha, mas se vira ao ver ela parada. - O quê? - ele pergunta confuso.

- Você me fala isso e sai sem me dar um beijo? - ela pergunta incrédula e ele dá risada e volta até ela, o mesmo passa a mão pelo seu rosto, deslizando ela até a sua nuca e segurando seu cabelo com delicadeza.

Diana entrelaça seus braços em seu pescoço e eles iniciam um novo beijo, quando o ar começa a faltar, Samuel suspira e se afasta o suficiente para suas bocas ficarem a centímetros uma da outra.

- Eu poderia fazer isso o dia inteiro, mas você precisa comer.

- Eu não quero comer, ninguém precisa comer. - ela choraminga e ele dá risada.

- Vem e não reclama. - ele segura a mão dela e a puxa pra cozinha. - Vou fazer pipoca pra gente.

- E você sabe fazer pipoca? - ela pergunta e ele a encara ofendido.

- É claro que eu sei fazer pipoca. - ele fala abrindo o armário e pegando uma panela e logo o milho da pipoca, Diana se escora na parede e o observa de braços cruzados. - Vai ser a melhor pipoca que você já comeu na vida só parar pagar a língua.

Sonho de amor - Samuel Reoli (M.A)Onde histórias criam vida. Descubra agora