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*CAPÍTULO COM GATILHO*

*Narrador

Os cinco estavam sentados a beira da mesa e observavam igual crianças enquanto Liz preparava o feijão e Diana terminava o arroz e a mistura.

- Di? - Bento a chama e ela se vira para ele. - Tem certeza que a minha foto ainda está no relógio? Porque agora o meu sonho de ter duas mulheres cozinhando pra mim foi realizado.

- Cala a boca, flor japonesa. - Diana resmunga e joga o pano de prato na cara dele. - 'Tá pronto.

- Graças a Deus, estou morrendo de fome. - Dinho fala de forma dramatica e se levanta.

Diana espera todos se servirem e vai se servir.

- Vocês estão vendo o mesmo que eu? - Sérgio pergunta encarando o prato da menina. - Como que ela faz calabresa acebolada e não come a cebola? - ele pergunta incrédulo.

- Eu não gosto de cebola. - Diana resmunga e Samuel dá risada.

- Quantos anos você tem? Cinco? - ele provoca cutucando ela com o braço e ela sorri.

- Você não estava doente? - ela pergunta e ele sorri e da de ombros. - Ficou bom?

- Uma delicia esse purê que você fez. - Dinho fala e os meninos gargalham.

- É arroz. - ela choraminga.

- Eu estou brincando, ficou bom sim.

- E meu feijão? - Liz pergunta e Dinho abre um sorriso.

- Maravilhoso e é por isso que eu estou comendo só feijão. - ele fala pegando mais do conteúdo da panela e ela dá risada, enquanto Diana da um tapa no braço dele.

- Vocês são seis crianças em corpo de adulto. - ela fala levando mais uma garfada de comida até a boca.

- Seis? Eles são em cinco. - Diana fala confusa.

- Você também é criança, se alimenta de salgadinho. - Liz fala e Diana revira os olhos.

- Já que vocês cozinharam, nós vamos limpar a cozinha. - Júlio fala ao ver Diana se levantar e começar a colocar as coisas na pia.

- Eu ajudo.

- Vai ajudar nada, você está com dor. - ele fala e ela o encara surpresa. - Já peguei seus trejeitos, pitchula. - ele pisca pra ela. - Vai deitar, quem sabe essa tua cólica passa.

- Está com cólica? Acho que tenho remédio na bolsa. - Liz fala se levantando e saindo da cozinha, mas logo volta com uma cartela de comprimidos. - Aqui.

- Aí, eu te amo. - Diana fala e beija o rosto da amiga.

- Se queria remédio por que não falou? Eu saia pra comprar. - Sérgio fala e Diana sorri nervosa.

- Eu não sei se já existe Buscopan. - ela fala coçando a nuca e Dinho nega.

- Minha filha, você voltou trinta anos no tempo, não foi um século não. - ele fala e Liz da risada. - Me sinto até ofendido. - ele resmunga.

- Eu vou ser muito mal educada se for deitar? - ela pergunta sem graça.

- Claro que não, Di! - Júlio aperta o ombro dela. - Vai descansar.

- Amo você, Júlio. - ela beija o rosto do rapaz que sorri de forma tímida. - Vou deitar um pouco então.

Diana segue para a sala e se deita no sofá, não demora muito para Samuel aparecer.

Sonho de amor - Samuel Reoli (M.A)Onde histórias criam vida. Descubra agora