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*Cena normal*

*Flashback*

*Narrador

Algumas horas depois os meninos finalizaram Robocop Gay, Dinho suspirou cansado e se sentou no chão ao lado de Alberto e Júlio.

- Eu não aguento mais ouvir a minha própria voz. - ele resmunga.

- Se você não aguenta mais ouvir a sua voz, imagina a gente. - Bento fala e leva um tapa do amigo. - É por isso que a praga é agressiva, olha o exemplo que ela tem dentro de casa.

- Ela nem está te escutando, está entretida com o pacote de bolacha. - Dinho escora as costas na parede, endireitando a postura e cruza os pés.

Diana encarava o pacote de bolacha, ela observava os detalhes e os amigos achavam engraçado, mal sabiam a nostalgia que a garota estava sentindo.

- Calma, deixa eu cortar no meio. - Diana fala e seu irmão a encara com raiva.

- Você nunca corta certo e eu sempre fico com o lado menor. - o mais novo fala irritado.

- É, mas eu que vou cortar. - ela retruca.

- Ô mãe, olha a Diana comendo a bolacha toda. - seu irmão fala em tom de choro e ela o encara incrédula.

- Não é possível que estão brigando por conta de uma bolacha. - Maria fala entrando na cozinha.

- Esse menino insuportável, mãe. - Diana coloca a faca do lado do pacote de bolacha e cruza os braços. - Eu ainda nem cortei o pacote, escandaloso.

- Burra!

- Eu vou te mostrar a burra. - quando ela vai avançar no irmão mais novo, sua mãe entra no meio e ele sorri a pirraçando.

- Eu com tanta coisa pra fazer e vocês me dando trabalho com bolacha. - a mais velha resmunga e segura o pacote de bolacha, ela conta as unidades passando o dedo entre o pacote e corta, uma única bolacha cai e os filhos a encaram com atenção, esperando ela beneficiar um com a unidade a mais. Ela sorri e enfia a bolacha na boca, fazendo os dois darem risada. - Pronto, acabou a briga.

O menino pega sua parte e sai da cozinha, deixando apenas as duas.

- Eu ia cortar certinho, mãe. - Diana choraminga e a mais velha sorri.

- Meu amor, as vezes o que é certo pra você não é para o outro. - ela fala e Diana suspira. - E vocês são irmãos, sempre vão implicar um com o outro.

- Eu queria ser filha única. - a garota resmunga e a mãe da risada.

- Você? Tagarela desse jeito e filha única? Eu não ia aguentar. - ela fala e Diana da risada.


Clarice observava com atenção o relógio da amiga, ela passa o dedo na tela e se surpreende quando a imagem dos quatro chapolins muda.

- Ela está no mundo da lua. - Sérgio fala achando graça a atenção da garota pro pacote de bolacha.

- É, estou preocupado. - Dinho suspira frustrado e Bento o encara.

- Qual foi, Dinho? Vai falar que nunca bebeu além da conta? Nem tem como, nós sabemos e estávamos lá em quase todas as vezes.

Sonho de amor - Samuel Reoli (M.A)Onde histórias criam vida. Descubra agora