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*Narrador

Dinho e Samuel trocam olhares confusos e se viram para a garota, esperando ela concluir.

- Estamos em mil novecentos e noventa e quatro, certo? - ela pergunta e eles assentem. - Minha vó ainda deve fazer salgados pra fora.

- E acha que ela consegue fazer pra amanhã? - Dinho pergunta e Diana sorri.

- É a minha vó, Dinho. - ela dá risada. - Minha velha consegue fazer tudo.

- Então vamos fingir que você está interessada somente em comprar os salgados e não em ir ver a sua família? Por mim tudo bem. - Dinho fala dando de ombros e Diana arregala os olhos.

- Não! Não é isso, eu só... - ela engole em seco. - É uma ideia boba, vamos pensar em outra coisa.

- Não é uma ideia boba, eu gostei. - ele fala e sorri pra ela. - Sua avó ainda está viva em dois mil e vinte e quatro?

- Dinho! - Samuel o repreende.

- O quê? - ele pergunta confuso.

- Delicado como um coice de cavalo. - o mais novo resmunga e Diana da risada.

- Relaxa, minha avó está viva sim. - ela fala e Dinho olha para Samuel que apenas revira os olhos.

- Então vamos conhecer a sua avó e ver se ela é tão bonita quanto você. - Dinho fala girando as chaves do carro na mão.

- Isso foi uma cantada? - Samuel pergunta e Dinho o encara. - Porque foi bem merda.

- Cala a boca, Reoli. - Dinho resmunga e Diana da risada. - Vai querer uma carona?

- Na verdade eu queria ir com vocês. - ele fala e Dinho da risada.

- Você não ia trabalhar, vagabundo? - ele pergunta e Samuel dá de ombros.

- O Sérgio espera.

- Pensando bem você nunca perderia a oportunidade de conhecer a família da futura namorada, não é? - Dinho o provoca e Diana engasga com a própria saliva.

- Aí, Alecsander. - ela dá um tapa no braço dele e Samuel dá risada.

- Toma besta. - ele provoca o amigo e recebe como resposta o dedo do meio.

- Então vamos logo. - Dinho fala irritadiço e saindo da cozinha, Diana e Samuel trocam olhares por alguns segundos e ela sai da cozinha primeiro.

A garota segue até o quarto que dividia com Dinho, abre sua gaveta e pega o dinheiro. Guarda no bolso do moletom e sai do quarto, seguindo até a garagem, onde Dinho e Samuel já estavam na calçada.

Ela fecha a porta da sala e após sair fecha o portão, Dinho o tranca e os três entram no carro.

- Pra onde vamos? - Dinho pergunta e ela suspira.

- Eu não faço a mínima ideia de como chegar na minha casa saindo de Guarulhos. - ela fala e coloca o cinto. - No futuro existe uma coisa muito legal chamada gps, você coloca o endereço pra onde você quer ir e aí ele te mostra o caminho.

- Já existe uma coisa que faz o mesmo trabalho e o nome é mapa. - Dinho fala e Samuel gargalha.

- Haha, que engraçado. - Diana resmunga, mas acaba dando risada também. - Olha, sabe onde fica o shopping Internacional?

- Que shopping é esse? - Samuel pergunta e Diana suspira.

- Aí droga, deixa eu pensar. - ela aperta os dedos e Dinho olha para Samuel e da risada. - O quê?

Sonho de amor - Samuel Reoli (M.A)Onde histórias criam vida. Descubra agora