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*Narrador

Os Reolis já haviam voltado do mar quando Dinho coloca a bandeja sobre o balde e Samuel o encara e nega.

- O que é, menino? - ele resmunga e Samuel revira os olhos.

- Não tá vendo que o balde vai virar, Dinho? Não vai aguentar a bandeja. - ele fala e Dinho o ignora e se senta, ele se inclina e pega algumas batatas fritas e enfia na boca enquanto encarava Samuel.

Diana se aproxima de Clarice e se senta ao lado da mesma, a amiga a encara tentando decifrar o olhar da morena, mas é interrompida por Sérgio sentando ao seu lado e a abraçando.

- Nossa, eu estava morrendo de fome. - Bento fala pegando algumas batatas. - Não vai comer, Di?

Diana que tinha o olhar fixo em Samuel é distraída e encara Bento, ela força um sorriso e assente. Samuel estava com a cara fechada e inquieto, o rapaz tinha o olhar fixo no mar e a sua expressão deixava Diana ansiosa.

- Vamos conversar sobre o quê? - Júlio pergunta pegando ketchup e colocando sobre a batata.

- Que tal sobre o churrasco de amanhã? - Sérgio pergunta e Diana desvia o olhar de Samuel para ele.

- Que churrasco? - ela pergunta confusa.

- Um amigo nosso vai fazer um churrasco e chamou a gente, estávamos pensando em tocar alguma coisa lá. - ele responde e estica as pernas.

- Estou com preguiça de tocar. - Bento fala e Sérgio revira os olhos. - A gente leva a nossa fita e coloca pra tocar lá.

- Claro, o pessoal vai dançar muito ao som de Horizonte Infinito. - Samuel resmunga e Diana da risada, mas fica sem graça quando o rapaz a encara.

- E se tocarmos Mina? - Dinho sugere.

- Não gravamos ela ainda e eu não tô afim de ter que montar a bateria pra meia hora de música. - Sérgio fala e Dinho revira os olhos.

- Então vamos gravar ela. - ele fala de forma simples e os cinco a encaram. - Vou ligar pro Rick e dar um jeito de usar o estúdio hoje de noite.

- Não dá, esqueceu que hoje é a madrugada do Elizan e Campelo? - Júlio pergunta. - Você que agendou, Dinho.

- Eu dou um jeito. - ele fala e Diana se levanta, segue até ele e limpa a cara do mesmo. - Agressiva, poderia ser mais carinhosa com seu irmãozinho.

- Sua cara está cheia de ketchup, animal. - ela fala e ele a encara incrédulo, mas logo sorri.

- Amo que a cada dia que passa você me ama mais. - ele a provoca e ela mostra a língua pro mesmo.

- Eu só vim aqui pegar isca de peixe, você deixou virada só pro seu lado. - ela se senta ao lado dele e quando vai pegar ele pega a bandeja e vira.

- É pra você não comer. - ele sorri maldoso, mas da risada com a expressão de tristeza que ela faz e arruma a bandeja. - Come dragãozinho.

- É praga, dragãozinho... - Diana pega uma batata. - As vezes me pergunto se vocês me amam mesmo.

- Na verdade nós nem gostamos de você, só fingimos que gostamos porque você é do futuro e pode ser perigosa. - Bento fala e Diana o encara incrédula, mas logo da risada.

- E eu sou perigosa mesmo. - ela joga areia nele, mas se arrepende ao ver o mesmo a encarar e sorrir de forma maldosa. - Ah não, foi pensamento... - ele a interrompe.

- Intrusivo, não é? Vou te mostrar o pensamento intrusivo. - ele se levanta e ela levanta também e se esconde atrás da cadeira do Dinho. - Não adianta pedir ajuda pro mole do seu irmão, ele não vai te ajudar.

Sonho de amor - Samuel Reoli (M.A)Onde histórias criam vida. Descubra agora