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*Narrador

Diana e Samuel procuraram pela garagem, pela locadora, pelo quintal e nada de encontrarem a garotinha.

- E agora? - Diana pergunta desesperada.

- Ela deve estar dentro de casa, vem. - ele segura a mão da menina, mas ela permanece no lugar. - O quê? - ele pergunta confuso.

- Eu não vou entrar.

- Por que não? - a confusão ainda permanecia presente em sua voz.

- Seus pais estão em casa? - ela pergunta e ele assente. - Vai lá você e se achar ela me avisa.

Samuel revira os olhos e ignora Diana, ele a puxa com força fazendo a mesma sair do lugar e entrar em sua casa. A garota engole em seco e observa cada detalhe da casa enquanto Samuel a guiava, ele abre a porta de um quarto e suspira aliviado ao ver Natasha deitada na cama e dormindo.

Diana paralisa na porta e engole em seco, ela olha ao redor e sente os olhos marejarem. O quarto ainda não tinha a televisão que ele compraria em Manaus, não tinha os quadros com fotos e as diversas homenagens, mas ainda sim era o quarto de Samuel.

- Você está bem? - ele pergunta ao ver a emoção de Diana, a garota se vira para ele com os olhos marejados e ele suspira. - É algo que eu não posso saber, não é? - ele pergunta e ela suspira frustrada.

- Eu vi seu quarto tantas vezes através de um vídeo e agora estar aqui e ver ele de forma real é incrível. - ela fala e ele assente.

- Quer entrar? - ele pergunta e ela o encara surpresa. - É só meu antigo quarto, mas parece ser importante pra você. - ele sorri e ela suspira e o abraça, surpreendendo o mesmo.

- A sua presença é mais importante, mas obrigada. - ela fala e ele suspira e retribui o abraço.

Ele não entendia a admiração que ela tinha por ele, mas sabia que era verdadeira e prezava por ela, até porque ele mesmo tinha certa admiração pela garota. Ao se soltarem, ela entra no quarto e olha cantinho por cantinho, o quarto ainda não havia sido reformado e estava do jeito que Samuel havia deixado antes de se mudar com os amigos.

- Gosta de pelúcia? - ele pergunta e estende o braço pegando uma pelúcia do pateta e a entregando. - Pra você.

- Sério? - ela pergunta surpresa e ele sorri.

- Você fica feliz com qualquer coisa, né? - ele retruca a pergunta ao ver os olhos da garota brilharem com a pelúcia no colo.

- Não é com qualquer coisa. - ela ri sem graça.

- Não estou julgando, eu gosto de gente feliz. - ele fala e ela sorri.

- Sam? Eu pensei que estivesse... - a voz de dona Helena se faz presente e Diana sente o coração acelerar. - Oh, você deve ser a amiguinha nova dos meninos. - ela sorri para a garota. - Eu sou a Helena, mãe do Sérgio e do Samuel.

- Olá, dona Helena. - Diana sente o nervosismo tomar conta da mesma e se esforça para continuar a falar. - Eu sou a... - ela é interrompida.

- Diana! O Sam falou bastante sobre você, querida. - ela sorri para a garota e Samuel coça a nuca nervoso.

- Nós já vamos, mãe. - ele fala e deixa um beijo no rosto da mais velha. - Vamos trabalhar.

- Trabalhar? Mas o Sérgio fechou a locadora e está assistindo um filme com a Clarice. - ela fala e Samuel dá risada.

- Depois que eu falo que é um vagabundo. - ele fala e leva um tapa no braço da mãe. - Já que ele fechou eu vou pra casa, mãe, mas volto amanhã para trabalhar e dar um beijo na senhora.

Sonho de amor - Samuel Reoli (M.A)Onde histórias criam vida. Descubra agora