Capítulo 9 - Uma pausa

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Algumas horas tinham se passado, e no meio de um episódio épico, onde o detetive Peralta tentava descobrir quem era o assassino, mandando os suspeitos cantarem uma música dos Backstreet Boys, ela foi tirada de seus pensamentos quando Kara murmurou seu nome.

Reparou que ela ainda estava dormindo e Lena detestava a idéia de acordá-la de um sonho sobre uma época melhor. Estendeu o momento tanto quanto deveria antes de finalmente tentar acordar Kara.

Ela estendeu a mão no sofá, cutucando suavemente o ombro de Kara.

— Acorda dorminhoca.

Ouvindo a voz de Lena filtrada por seus sonhos, Kara ronronou baixinho e pegou a mão da mulher, levando-a ao peito.

— Mm... — Ela murmurou sonolenta. — Mais cinco minutos...

Lena riu e mexeu os dedos.

— Isso é brincadeira ou você está mesmo me pedindo mais cinco minutos?

Kara gemeu, entrelaçando os dedos com os de Lena para mantê-los imóveis.

— Cochilos são ótimos, Lena — ela murmurou enquanto ainda meio adormecida. — Você trabalha o tempo todo. Venha experimentar comigo. — Murmurou com a voz rouca pelo sono.

Lena se aproximou um pouco mais para que não precisasse se esticar tanto.

— Talvez mais tarde, depois que eu terminar de cutucar você.

Kara franziu as sobrancelhas com isso, os olhos ainda fechados.

— Eu quem faço isso.., — resmungou, puxando Lena para mais perto.

Lena não tinha ideia do que isso significava, mas ela riu quando a loira se reencostou a cabeça em seu ombro.

— Não desta vez — disse ela gentilmente. — Vamos. Você pode tirar uma soneca depois.

Kara inalou bruscamente enquanto mais dela voltava à consciência, piscando os olhos abertos turvos. Ver Lena tão perto arrancou um sorriso terno de Kara enquanto  amorosamente bebia na visão da mulher, sem perceber o que estava fazendo quando era praticamente uma segunda natureza entre ela e sua Lena.

— Ei — ela murmurou. — hora do laboratório?

A respiração de Lena se acelerou e ela não conseguia se lembrar de ninguém olhando para ela daquele jeito. Não era um olhar feito para ela, sabia disso e esperava que Kara dissesse algo que provaria que seu cérebro sonolento havia esquecido onde estava.

— Sim. — Lena sussurrou em surpresa, sua voz falhando antes de limpar a garganta. — Hora do laboratório.

Kara apertou a mão de Lena suavemente, triste porque seu tempo chegaria ao fim em breve, mas era o melhor. Soltando-se, se levantou e se espreguiçou antes de ir para o terraço e fazer o mesmo.

Franzindo a testa depois de abrir a porta, Kara se voltou para a morena.

— Se agasalhe. Vai fazer frio no céu noturno.

— Certo. — Lena se lembrou de como estava gelado e pegou seu casaco de inverno, fechando o zíper e puxando o capuz enquanto se juntava a Kara no terraço. — Como você quer fazer isso?

Os lábios de Kara se contorceram em um sorriso ao ver como Lena parecia adorável com o capuz de sua jaqueta levantada, como um pinguim. Os olhos de Kara brilharam com diversão quando Lena se juntou a ela.

— Você se importaria se eu carregasse você? — perguntou educadamente, já que essa forma dela pelo menos tinha boas maneiras. — Seria o mínimo de esforço em seu corpo e o mais seguro.

A lanterna Vermelha - REPOSTOnde histórias criam vida. Descubra agora