Capítulo 27 - Pesadelos

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Esse cap é importante para o relacionamento das duas...

E quando lerem sobre Lena ser a fêmea de Kara, tentem entender que o momento pede por isso ( devido a cultura de Kara apresentada nesta história)

Lena estará bem durante a parada... que acontecer. (Vocês vão entender em breve)

Os olhos verdes se abriram preguiçosamente. 

Lena bufou sonolenta pois algo a impedia ferrenhamente de se levantar. 

Se esticou igual a um gato quando um braço musculoso se esticou acompanhando-a para depois puxa-la contra um torso nu e quente.

A princípio a mais nova congelou, mas ao ouvir um resmungo desconexo sobre torres de pizza relaxou instantaneamente. A de olhos verdes riu da posição estranha em que estavam, Kara de costas e Lena meio atravessada por cima. Desde criança nunca conseguia não dormir em uma posição e acordar completamente retorcida desafiando as leis da física em outra.

Lena conseguiu se livrar dos braços musculosos — e apetitosos — com alguma dificuldade, suspirando apaixonada quando a viu fazer uma careta descontente, provavelmente por ter perdido sua ‹vítima› e o cheiro da cientista no qual estava viciada. Kara grunhiu chateada e Lena pensou rápido, com movimentos leves deu o próprio travesseiro para a kryptoniana que o agarrou imediatamente enfiando o rosto e aspirando audivelmente. Lena prendeu a respiração por alguns defuntos e suspirou aliviada quando viu que aquele pequeno gesto pareceu acalma-la.

Pelo menos por enquanto.

Seus olhos se viraram a contra gosto para o relógio na parede e a cientista suspirou: Três da manhã. Só havia dormido algumas horas. Poucas demais para se dar conta de que estava se sentindo estranhamente energizada.

Já em pé, quando esticou as pernas para ir ao banheiro quase gemeu de dor. Estava incontestavelmente e irremediavelmente: dolorida. Em todos os lugares.

— Puta merda! — Gemeu baixinho enquanto caminhava agora mais devagar - e um pouco estranho - para o banheiro.

Pelo menos era um dor gostosa. Pensou.

Ao abrir a porta, suspirou já se preparando para as marcas das mãos nojentas de Jack que com certeza, lhes exigiriam alguns bons quilos de maquiagem. Porém, ao se olhar no espelho, fica abismada ao ver somente, um universo inteiro de chupões e marcas somente de Kara por seu pescoço e busto, e olhando mais detalhadamente para baixo, por todo seu corpo.

Chupões, alguns arranhões e principalmente hematomas das mãos da kriptoniana em seus pulsos e em sua cintura. Lena mordeu o lábio inferior ao se lembrar que aquelas marcas foram para manter suas mãos e cintura teimosa no lugar, para ser fodida profundamente.

Marcas emolduradas por todo seu corpo, feitas somente por e com amor.

Sacudiu a cabeça. Não podia ficar excitada agora. Pelo que se lembrava, Kara podia ouvir tudo e sentir o cheiro de tudo... Sua excitação com certeza estava inclusa no pacote.

Com seu chuveiro solitário, tomou um belo banho sorrindo, fazendo algumas caretas pela dor corporal e meio boba por causar um descontrole na loira a ponto de ter de usar várias camadas de base para disfarça-las.

Se lembrou de algo importante da esplêndida noite passada: O pendrive.

Se não estivesse tão dolorida, daria pulinhos de felicidade por poder matar sua curiosidade. Se enrolou na toalha felpuda, pegou seu estojinho de maquiagem, e pé ante pé foi ao quarto para capturar o objeto de seu interesse, fazendo o menor barulho possível e indo para sala, onde seu notebook de trabalho repousava em paz.

A lanterna Vermelha - REPOSTOnde histórias criam vida. Descubra agora