Capítulo 34 - Antes de partir parte II

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Venho humildemente corrigir algo do capítulo passado, o que o Winn tem é TEA. O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social.

Sobre as histórias mirabolantes das desgraças de vcs, eu decidi que seria muito melhor por em outro momento. O cap de hj pede algo mais profundo.

Ah e agr sobre o cap de hj... Me perdoem.



Um grito acorda a ruiva no meio da noite. 

Os olhos castanhos se abrem para a escuridão da noite no quarto.

— Não... — Murmurou colocando a mão no rosto. Até ouvir outro grito seguido de mais outro. — Não, não, não, não e não!

Faziam duas semanas que uma pré-adolesceste loira havia se instalado em sua casa e não a deixava dormir. Se levantou furiosa pronta para acabar com aquele martírio antes que seus pais resolvessem interferir como vinham fazendo.

Então uma Alex furiosa invadiu o quarto de hóspedes com intensões hostis. Mas quando abriu a porta pronta para gritar, ouviu o choro.

A garota parecia estar em um pesadelo terrível e dolorosas lágrimas riscavam-lhes a face, no entanto foi quando a mais nova abriu os olhos que Alex congelou.

Dor. Medo. Agonia e mais profundo desespero.

A garota estava paralisada apesar dos olhos azuis arregalados de pânico, e a respiração entrecortada e superficial, indicavam a dificuldade para respirar. Se inclinou sobre a garota segurando o rosto suado e forçando-a a olhar para si.

— Ei, ei, respira. Vamos, vamos respira!

Os azuis que fitavam o teto agora externavam seu medo diretamente para os castanhos tensos.

— Esta me ouvindo? — A mais jovem assentiu ainda tentando a todo custo sorver o ar. — Certo, agora tente respirar comigo. Puxa e expira o ar vamos me imite. — Fez os movimentos e a mais nova tentou, mas ainda assim a dificuldade era esmagadora.

Do lado de fora Jeremiah e Eliza finalmente chegaram para amparar a mais nova, mas antes que entrassem Eliza estendeu o braço para impedir que o marido entrasse no quarto. Ambos se entreolharam e o entendimento correu sem que palavras precisassem ser ditas: aquele era o momento decisivo para ambas. E elas precisavam se acertar sozinhas.

— Vamos você precisa respirar!

A princípio a mais velha pensou que fosse apenas um ataque de pânico. Todavia, prestando mais atenção pode notar que era mais isso. Era o medo dela que fazia com que sua biologia rejeitasse o oxigênio. Kara fechou os olhos, passando a agonizar e as veias em seu pescoço saltaram pra pela dor em seu peito.

Alex a levantou e sentou-se atrás segurando a cabeça da mais nova em seu colo de forma a prender os azuis amedrontados quando eles abrissem.

— Escuta, você não está mais sozinha Kara.

E eles abriram.

A fitando em busca de algo... segurança.

— Você não está mais naquele vazio infinito em que você caiu.

O diafragma da mais nova se expandiu aceitando o oxigênio sem que ela percebesse.

— Você não está sozinha. Meu pai e minha mãe estão aqui, e eu... Estou aqui para você também.

A lanterna Vermelha - REPOSTOnde histórias criam vida. Descubra agora