Capítulo 26 - Respostas

178 32 3
                                    


Pov Diana Price


Os olhos castanhos escuros varreram a superfície escura daquele planeta aparentemente inóspito.

A luz violeta que irradiava de si, era a única coisa que iluminava os cantos obscuros da caverna em que entrara.

— Olá? — Gritou ouvindo apenas o Eco responder de volta. — OLÁ!

Nada. Voou e Planou mais para dentro dentre as bifurcações, suspirando após um tempo sem sucesso. Olhou para seu localizador intergaláctico. Sob seus olhos atentos apenas um ponto azul piscava solitário.

— ANDARILHO EU SEI QUE VOCÊ ESTÁ AQUI!

Gritou frustrada para seu companheiro eco.

— Certo então... — A mulher se enfezou. — Já que não há ninguém, eu posso destruir esse planeta, reduzi-lo ao pó...

Persistiu em seu monólogo, como se estivesse realmente conversando consigo mesma.

Mas quando começou a brilhar mais forte se preparando para realmente fazer o que havia ‹pensado›, ao erguer a mão para atacar o primeiro pilar a vista da caverna, A lanterna teve seu braço segurado por um laço azul.

Nem ouse!

A voz atrás de foi firme em avisar.

— Pensei que não havia ninguém em casa. — Rebateu debochadamente, se virou assim que a corda azul a soltou.

— Está bem longe de casa princesa Amazona.

— E você está bem longe de seu quadrante Andarilho.

Ambos se encararam medindo e avaliando.

A figura encurvada bufou e adentrou ainda mais o antro cavernoso, seguido de perto pela lanterna rosa.

— Não sei o que a vossa alteza veio fazer aqui, mas se veio em busca de meus serviços, perdeu seu tempo. No entanto se veio tomar um chá, estarei mais que disposto a procurar algo em minha despensa.

Diana o encarou sem entender. 

Onde estava a figura imponente e sábia que conhecera um dia?

— Não me respondeu. — Exigiu enquanto seguia a figura moribunda em seu novo habitat.

— Eu estou aonde devo estar, Mulher maravilha.

— Até onde eu sei, você e sua tropa moravam no coração de uma estrela. E até onde eu me lembre, a sua luz era bem mais forte-

O ser se virou furioso e Diana não recuou nem um milésimo de passo algum.

— E até onde eu me lembro, eu sou o último sobrevivente da minha raça e da minha extirpe azul depois da grande guerra contra Relic! Eu... Por favor vá embora princesa amazona, não encontrará o que procura aqui. — Havia uma mágoa profunda em seu olhar.

— Sinto muito, mas não posso fazer isso. — A lanterna rosa bateu o pé. — Há alguém importante demais que precisa da sua direção e aconselhamento para ser ignorada...

— Você não me ouviu? — O santo ralhou de volta. — Não irei voltar, eu falhei! Não há mais lanternas azuis porque eu FALHEI!

— E daí? Acha que foi o único a falhar com um povo inteiro? Com alguém? Consigo mesmo? — Diana pôs em suas palavras o peso de sua dor ao abandonar sua ilha juntamente com sua família, e a dor de perder o amor de sua vida em seus braços. — Eu carrego a minha dor bem a vista de todos! — Diana ergueu a mão onde repousava o anel violeta. — Minha dor a vista é o meu pior castigo, e ainda assim permaneço lutando!

A lanterna Vermelha - REPOSTOnde histórias criam vida. Descubra agora