Capítulo 33 - Antes de partir parte I

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Bem vinda de volta, Alex Danvers! 


APOKOLIPS


Os punhos ensanguentados tocaram o chão da terra imunda, as gotas vermelhas orvalhadas, camufladas à reluzente luz vermelha que emanava da Kriptoniana. Uma gota solitária de sangue pingou no solo, como uma lágrima ínfima externando a dor que teimava em queimar no peito da brava heroína. Os joelhos fortes agora repousavam sob o chão, enquanto se recuperava ante a breve pausa dos ataques dos raios ômega do deus caído.

Você sabe que contra mim, não há forças neste mundo ou em outro que poderá me deter kriptoniana. Porque insiste neste embate patético?

Kara cuspiu sangue e o fitou se levantando.

— E você sabe... — Aspirou com dificuldade. —... que não há nada neste mundo, e nem no próximo, que me fará desistir de retalhar você e te reduzir ao pó, para proteger aqueles que eu amo!

Deu uma leve fraquejada, levando a mão a costela, onde um enorme rasgo acompanhados de infinitos outros, maculava antes a pele perfeita.

— Eu destruí planetas, mundos inteiros, fiz impérios se dobrarem aos meus pés, assim como você está agora. Porque acha que tem alguma chance contra mim criança? Não está cansada de adiar o inevitável?

Os raios ômega fizeram um enorme estrago em seu corpo. Haviam rasgos tão grandes que mesmo com sua cura rápida, deixariam cicatrizes que levaria para o resto da vida. Isso, se ainda tivesse a chance de ter uma vida. As forças faltavam, a respiração era dificultosa, mas a dita raiva teimava em irradiar de seu peito a mantendo respirando ainda que ao simples como respirar, houvesse se tornado algo culposo. 

Caiu de joelhos novamente pela dor.

Mas foram as próximas palavras que a fizeram reunir forças para se erguer uma última vez.

<Host: Seu coração já está refeito novamente Kara, seu amor por aquela humana é forte demais para que eu possa impedi-lo de bater por ela.>

— Então deixe bater.

<Host: Mas Kara... isso vai te- isso vai nos, matar!>

Os atentos olhos frios de Darkside assistiram com curiosidade, a kriptoniana honrar seu legado e seu sangue guerreiro, se pôr de pé cerrando os punhos pronta para outra rodada. Ele estava impressionado. Nenhum ser fosse criatura ou planeta havia resistido a tudo de si, não por tanto tempo.

Os olhos azuis brilharam com fúria renovada enquanto botava um pé após o outro os forçando a andar em direção a morte.

<Host: Tem certeza? Porque eu estou pronto se você estiver...>

Era isso, a sentença de morte para ambos.

Lanternas vermelhos eram invencíveis com exceção de uma variável: o amor. 

Há uma linha tênue entre o amor e o ódio por uma razão, um não pode existir sem o outro. Mas um não pode sobrepor ou ocupar o mesmo lugar, que o outro.

— Você é extraordinária criança, não lhes resta mais força alguma, no entanto porém, ainda insiste em se levantar contra mim, mesmo que sendo uma tentativa débil e patética. -Darkside que também ostentava alguns ferimentos profundos, mas bem menos letais que Kara, finalmente se levantou de seu trono. — Em respeito a essa sua coragem tola, eu te faço uma última proposta... se ajoelhe diante de mim, e eu deixarei seu imundo e patético planeta em paz, como um presente. Ou então, a aprisionarei por milhares de anos, mas não antes de contemplar a queda de sua casa.

A lanterna Vermelha - REPOSTOnde histórias criam vida. Descubra agora