Capítulo 11 - Acampando parte II

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Todavia, ainda questionava se essa era a melhor das ideias para começar.

Ela apertou a mão de Kara quando começaram a voltar para a fogueira.

— Eu deveria ter trazido o telescópio da minha mãe.

Kara encolheu os ombros.

— Eu poderia ir buscá-lo se você realmente quiser — Ofereceu, em seguida, indicou que havia uma raiz de árvore bem na frente de Lena que deveria pisar.

— Obrigada. — Lena passou por cima do galho, o movimento trazendo-a para mais perto de Kara e ela não se afastou depois. — Nah, está tudo bem. Talvez no nosso próximo encontro.

Kara silenciosamente sorveu seu chocolate quente em vez de responder. Sabia que foi ela quem primeiro insinuou que isso era um encontro, mas Kara ainda estava lutando para saber se tinha permissão para desfrutar disso pelo que era.

É certo que gostava de passar um tempo com Lena, mas também sofria por seu próprio amor com uma profunda melancolia. Seu carinho por essa Lena veio com um manto de tristeza, e Kara ainda estava começando a separá-las uma da outra. Lena ajudou seu peito a ficar mais leve, não que Kara achasse que merecia.

 A dor era a única capa que usava sob ombros.

Quando elas chegaram de volta ao acampamento, Kara afrouxou os dedos para deixar Lena ir e se ocupou em atiçar o fogo.

A falta de resposta foi reveladora o suficiente e Lena, pela primeira vez, não insistiu. Pegou um cobertor da tenda e se acomodou no banco com ela.

— Você quer mais chocolate quente ou s'mores?

— Estou bem, obrigada — Recusou educadamente enquanto se sentava ao lado de Lena.

Olhando para a mulher, puxou uma ponta do cobertor mais para cima para cobrir os ombros de Lena sem pensar nisso.

— Oh! — Kara congelou, parecendo envergonhada quando se conteve. Ela puxou a mão desajeitadamente. — Desculpe.

— Está tudo bem — , Lena a tranquilizou, dando a Kara um pequeno, quase tímido sorriso. — Isso foi doce.

Kara esfregou a nuca, rindo de seu próprio ridículo.

— Hum... bem, se você diz. — Seus olhos piscaram para pegar os de Lena e ela deu um sorriso torto.

Era tão fácil cair no que quer que fosse isso entre elas, e muito, muito mais difícil se afastar disso.

— Eu estou falando sério!— Lena disse séria, seu sorriso ficando mais confiante e provocador. — Fico feliz que você já saiba que estou sempre certa. Isso torna tudo muito mais fácil.

Kara revirou os olhos de brincadeira, apoiando os cotovelos nos joelhos enquanto se virava para encarar a mulher.

— Eu não sei se sempre esta certa, —  respondeu com um olhar duvidoso. — Eu ainda não vi nenhum desses benefícios de admitir isso.

Lena engasgou em uma ofensa falsa.

— Você está dizendo que não acha que estar aqui comigo é um benefício? E quanto a toda a comida que tenho deixado de fora para você?

— O que isso tem a ver com estar certa? — Kara perguntou inocentemente. — Eu pensei que você estava fazendo isso por pura bondade de seu coração.

Lena encolheu os ombros.

— A pura bondade do seu coração só leva você até certo ponto, infelizmente. Lamento desapontá-la.

A lanterna Vermelha - REPOSTOnde histórias criam vida. Descubra agora