Capítulo 24 - Utópico

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mais de 10 mil palavras

Só tô vendo vocês lendo e não me seguindo...



Lena deu dois passos para trás ainda sem se virar, apenas para sentir o corpo quente às duas costas. Lena fechou os olhos ao sentir os braços fortes a envolverem e um beijo cálido em seu pescoço. Até o mais breve hálito vindo da mulher, foi o suficiente para arrepiar cada pelo do seu corpo.

— Você está... você é você de novo? — Ela perguntou roucamente. Embriagada com a língua que agora brincava com a linha cervical de sua nuca, traçando uma trilha de beijos molhados até o lóbulo de sua orelha. — Porra. — Foi a única coisa que saiu de seus lábios antes de se virar ainda com os olhos fechados, e afundar o rosto pressionando contra a curva do pescoço de Kara. Seus dedos cavaram mais fundo nos ombros largos, como se ela pudesse se unir a outra apenas assim. — Funcionou?

Gaguejou inebriada com o cheiro de sabonete. Seus dedos brincando com os cabelos loiros sedosos da nuca alheia, que ainda estavam molhados do banho recente.

O rosto da kryptoniana esquentou ao sentir a respiração de Lena olhando para seu pescoço. Depois de desejar a mulher por meses, a exposição repentina estava oprimindo os sentidos de Kara.

— Funcionou. — Kara confirmou. Ela hesitou por um momento antes de acariciar os cabelos de Lena com os dedos. — Você não precisa mais se preocupar se eu perder o controle.

Foi bom e Lena se derreteu em Kara por um momento, tendo o conforto suave que ela oferecia.

Ela sabia que não deveria instiga-la tanto. Afinal, passou mais tempo com uma Kara sob o controle do anel do que com esta Kara, mas a intimidade que veio com isso ainda parecia familiar e certa. Ela se deu outro momento para desfrutar antes de gentilmente se afastar o suficiente para olhar para Kara.

— Mas ele não sumiu. Você ainda está usando.

Kara realmente não queria deixar Lena se estivesse sendo honesta consigo mesma, mas afrouxou seu aperto para dar a de olhos verdes a liberdade de se mover.

Acenou com a cabeça para a observação da mulher, trazendo a mão na frente dela para mostrar o anel colocado obedientemente em seu dedo.

— Infelizmente, é uma parte de mim agora. — Kara sentiu um tremelique vindo do mesmo, eram tão um, que se ele fosse uma pessoa, ele teria bufado divertido. — Quando o anel se liga pela primeira vez ao seu hospedeiro, ele substitui fisicamente o coração. Se eu removê-lo, eu morro. Então... acho que foi bom nenhuma de nós ter tentado isso. — Kara deu um pequeno sorriso para Lena.

— Você mencionou algo assim — lembrou Lena. Ela fez uma careta e se inclinou para frente novamente, aparentemente não pronta para deixá-la ir novamente. — Não pode assumir o controle de novo? — perguntou, respirando o cheiro de Kara.

Kara fechou expressão em uma zangada ao ver marcas no pescoço pálido da cientista, mas Lena apenas segurou a mão que a tocava, beijou os nós dos dedos grandes e meneou com a cabeça. Os verdes diziam «agora esta tudo bem». No entanto Kara não podia deixar de sentir raiva por alguém a ter tocado e machucado quando não estava por perto.

A kriptoniana respirou fundo e resolveu respeitar a decisão da outra. Sua mente martelou para algo muito mais difícil que teria de fazer agora.

— Ele nunca mais vai assumir o controle novamente — Kara prometeu. Ela engoliu em seco ao sentir o cheiro de Lena e teve que se lembrar de se acalmar. Ela respirou fundo novamente e suspirou lentamente, esfregando as costas de Lena para cima e para baixo suavemente. — Você não terá que se preocupar comigo machucando ninguém nunca mais. — Os azuis se comprimiram e Lena viu a culpa transbordar é soube exatamente do que se tratava. — Lena, sobre aquele dia que eu... Eu sinto muito pelo que fiz. Rao! Eu... Eu te ataquei no sofá e... Me perdoa, me perdoa, me perdoa...— Lena meneou a cabeça e tocou o rosto belo de expressão torturada. Kara estava inconsolavel. — Voce estava dormindo, e eu te ataquei... Isso foi tão errado, o que eu fiz não tem perdão m-mas eu queria que soubesse que eu te respeito Lena p-por favor me perdoa e-eu...

A lanterna Vermelha - REPOSTOnde histórias criam vida. Descubra agora