Capítulo 14 - PIZZA!

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10.607 palavras bem aqui galeras....


Lena correu para frente, a única coisa que ela sabia que realmente funcionava era o toque. Ela caiu de joelhos na frente da mulher, estendendo a mão para colocar as mãos sobre as de Kara.

— Kara, não. Está tudo bem — Implorou. — Estou aqui. Concentre-se em mim. — Ela só precisava começar a falar, dando a Kara aquela linha para se segurar.

A raiva que Kara sentia de si mesma e daqueles que roubaram a mulher que ela amava estava rapidamente saindo do controle. O anel do Lanterna Vermelho estava esperando pelo momento certo, acumulando mais e mais poder até que pudesse finalmente dominar Kara com sua própria dor e raiva.

A luz vermelha explodiu de seu corpo, cegando em todas as direções. Quando desapareceu, tudo o que foi sentido foi a força primordial de sua fúria vestida de preto e carmesim.

Ela rosnou com uma rouquidão selvagem em sua voz, curvada como uma besta enquanto a eletricidade vermelha crepitava perigosamente de seus olhos.

Lena estava à beira das lágrimas quando olhou para a fúria vermelha à sua frente. Uma pergunta errada e empurrou Kara para isso.

Ela recuou, as mãos tremendo e a visão embaçada.

— Kara...

A névoa cobrindo a mente de Kara tornava difícil pensar, empurrando sua consciência para um canto escuro e profundo onde mal podia ser ouvida. Kara estava funcionando por instinto agora com o desejo de matar mais prevalente.

Ela pulou em cima de Lena com suas presas brilhando, prendendo a mulher no chão. ‹Quem foi? Inimigo? Presa?› Kara se inclinou mais perto para identificar esta criatura, pronta para estalar sua garganta ao menor indício de uma ameaça.

Lena gritou de dor quando sua cabeça bateu no chão duro enquanto todo o peso da Kryptoniana se acomodava em cima dela. Ela não podia ver Kara naqueles olhos raivosos, não podia nem mesmo ver o cachorrinho demônio que a seguia.

— S-sinto muito... — Sussurrou, seu coração doendo por Kara. Não havia nenhuma maneira que ela pudesse lutar contra a Kryptoniana e suas mãos caíram inutilmente sobre seus ombros. — Eu sinto muito, Kara.

Kara estalou os dentes e imediatamente recuou no momento em que as mãos de Lena pousaram em seus ombros, agachando-se enquanto ela olhava para a mulher com desconfiança.

Enquanto o anel tomava conta de sua mente, demorou a consumir todas as suas memórias. O toque em seus ombros foi um peso familiar que a jogou de cabeça para baixo. Kara rosnou em confusão, tentando dar sentido ao que estava vendo em sua cabeça.

Aquela voz... ela conhecia aquela voz.

Lena estremeceu quando ela rapidamente se levantou. A dor disparou em sua cabeça, fazendo-a tropeçar enquanto tentava se afastar.

— Kara, por favor... —  tinha que tentar. Isso não significa que não poderia recuar lentamente como fez. — Eu sei que você está aí. Por favor, lute contra isso!

Kara rondou ao redor da mulher em um grande círculo, observando-a com cautela. Rosnou em advertência quando era óbvio que a mulher estava tentando fugir, mostrando suas presas.

A última coisa que ela lembrava era de querer matar. Convocada pela torrente de dor e fúria dentro dela. Ao mesmo tempo, não tinha certeza de que essa mulher... Era seu alvo. Havia algo nela que era assustadoramente familiar.

Kara circulou mais perto, perseguindo de quatro agachada, pronta para atacar novamente.

— Tudo bem — Lena parou de se mover. O choque do momento estava passando. A culpa agarrou sua garganta quando percebeu que tinha acabado de perder a mulher com quem ela já havia planejado uma noite inteira.

A lanterna Vermelha - REPOSTOnde histórias criam vida. Descubra agora