Capítulo 8 - Rastreando

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Apokolips


Darkseid disparava seus raios ômegas para todas as direções, enfurecido por ter perdido sua criança.

Você me prometeu que assim que arrancasse o coração da kriptoniana ela seria minha Sinestro!

O lanterna do medo, encarava o deus do caos e destruição com um olhar de pura soberba. No entanto, seu anel faiscava debochadamente sentido o medo de Sinestro.

O lanterna caído bufou para o próprio anel antes de se dirigir ao deus.

— E eu menti? Por acaso quando você matou a namoradinha daquela kriptoniana caída, você não teve o controle da mente dela?

Darkside rosnou irritado, mas o lanterna estava certo. Ele o teve.

Mas eu a perdi! Alguma coisa me bloqueou! Eu quero a minha criança destrutiva!

— Acalme-se mestre. — Uma senhorinha de aparência simpática que escondia o quão podre e Negro era seu coração, tocou a mão do deus com audácia.

Vovó bondade... O que propõe? — O deus perguntou a sua serva mais fiel.

— Que transforme esse mentiroso em pó! Eu vos disse para não confiar nesse traidor amarelo.

— Espere aí vovozinha! Com todo respeito Senhor... — Sinestro evitou fazer uma careta de desgosto em ter que se rebaixar a alguém. — Se me matar, nunca saberá o poder que ameaça ser superior ao seu, a ponto de roubar sua Criança. Pelo menos, não a tempo de cortar o mal pela raiz e se tornar o ser Supremo desta galáxia.

Darkseid o olhou interessado.

E qual seria este poder que me ameaça, amarelo?

— A tropa dos lanternas Vermelhos Senhor. Se eles tiverem a kriptoniana em seu poder, nada será o suficiente para bater a altura. Nem mesmo o senhor... Em todo seu esplendor.

Vovó bondade cerrou os olhos desconfiada. Mas manteve suas palavras para si. O lanterna amarelo tinha razão, mas sabia que ele estava escondendo algo.

Me disse com tanta facilidade a única coisa que me impede de ser o soberano, você me parece meio burro lanterna amarelo, o que me impediria de mata-lo como a mosca insignificante que é? Não quer o poder também?

Sinestro engoliu a raiva que sentiu pela humilhação, entretanto, era para um propósito maior.

— Eu apenas espero alguma clemência do deus do caos, quando tiver tudo o que sempre quis. Sem contar que esta guerra já estava destinada a acontecer, mais cedo ou mais tarde, e eu apenas sei que há forças maiores que as minhas que não posso controlar. Apenas quero estar do lado certo desta guerra, senhor...

Sorriu maliciosamente ao ver que Darkseid assentiu satisfeito.

Seus planos estavam indo de vento em polpa.

No final, vovó bondade tinha razão, ele estava mesmo escondendo algo.

Estava cansado de fugir de Atrócitus e da irritante tropa dos lanternas verdes. Muitos inimigos em várias frontes ele não teria a menor chance. Foi só pensar em um elo que quando quebrado, seria forte o suficiente para atrair as atenções de todos os lados e fazerem se esquecer dele.

Kal-el era mais humano do que kriptoniano, portanto, um inútil. Mas Kara Zor-El... Ela era perfeita, a inteligência avançada e o sangue guerreiro de sua raça, ainda borbulhava em seu sangue.

Ela seria o melhor prêmio que alguém poderia ter se estivesse ao seu lado.

Por isso instigou Darkseid a fazer o trabalho sujo, sabendo que quando sua preciosa humana morresse, sua dor seria um atrativo irresistível para qualquer tropa com anéis. Sinestro teve de dar tudo de si quando a onda de dor trespassou seu corpo, para não entrar no frenesi da corrida pela alma quebrada e volátil de Kara Danvers, também.

Com as duas tropas distraídas, ele pôde finalmente respirar um pouco enquanto desfrutava do asilo temporário de Darkseid.

Todos os três lados, indubitavelmente entrariam em confronto, gerando muitas perdas entre os exércitos. Então ele entraria em cena com sua tropa, eliminaria o resto das tropas que estariam destruídas de todos os lados e pegaria o precioso espólio de guerra para si. Três coelhos com uma cajadada só:

1— Se livraria das tropas irritantes que o perseguiam

2— Destruiria a única força que um dia poderia bater de frente com ele: Darkseid. Porque até o deus precisaria de um tempo para se recuperar.

Com todos destruídos.

3— Kara Zor-El seria sua.

No entanto, sua soberba era tão grande, que Sinestro não esperava que outras forças entrariam no meio para atrapalha-lo.

Como os malditos duendes da quinta dimensão.

Definitivamente o lanterna amarelo, não contava com suas astúcias.

«Intrometidos!» pensou com raiva.

Respirou fundo. Depois de ter a kriptoniana em seu poder, ele seria imbatível, e os mágicos de quinta, seriam eliminados sem a menor dificuldade.

Voltou a sorrir novamente, enquanto se deitava e se acomodava em suas acomodações reais, naquele fim de mundo apocalíptico, que Darkside chamava de Lar.


Planeta da tropa dos Lanternas Vermelhos.


ONDE ELA ESTÁ!

O chefe dos lanternas gritou de ódio para seus subordinados.

— N-nós não sabemos Chefe! Juramos que rondamos casa canto dessa galáxia e ela não está em canto algum! — Um jovem lanterna o informou, temeroso.

— Sim! É como se ela tivesse evaporado da galáxia! — O parceiro alienígena do garoto tentou defende-lo.

A expressão já raivosa do Chefe se contorceu em uma pior ainda. Estava prestes a incinera-lo quando sentiu algo em seu íntimo vibrar. Era seu anel desaparecido que antes adormecido agora estava acordando.

Na última explosão de raiva em que a kriptoniana ficou semanas assombrando entre as montanhas.

Quando o anel acordou, Atrócitus sentiu.

Levantou-se do trono vermelho empurrando seus lacaios para longe. O lugar rachado e purulento onde estavam seus lábios, se contorceu em um sorriso macabro.

— Você tem razão inútil, ela evaporou mesmo, porém não desapareceu, apenas está em um plano diferente desde. — Fechou os olhos apreciando a onda de fúria que irradiava do anel, mesmo em outro universo. Era absolutamente delicioso. Se em outro plano ele podia sentir o poder da kriptoniana, que dirá ela de volta aquele Universo.

Abriu os olhos faiscando em vermelho raivoso.

— Se ela não está neste plano, só tem um povo medíocre capaz de transporta-la entre dimensões. Tragam algum duente inútil da quinta dimensão para mim!

— Como faremos isso senhor? — Um lacaio perguntou.

— Causem o caos, dizimem planetas, não importa, eles terão que interferir. Um verme deles é o suficiente.

Ordenou e centenas saíram de imediato para cumprir suas ordens.

Vamos buscar meu prêmio!

Rugiu vitorioso.

A lanterna Vermelha - REPOSTOnde histórias criam vida. Descubra agora