De repente pais

Você foi demitido

Hi baby gays!

Demorei? Sim, mas em compensação, esse é nosso maior capitulo até hoje 🤭

Espero que gostem. Boa leitura pra vocês!

...

A manhã começou chuvosa e fria, as gotas grossas da chuva batiam em um tec tec constante no vidro da janela do quarto. Felix se remexeu preguiçosamente entre os cobertores e esticou o corpo todo se espreguiçando com um murmúrio baixo seguido de um suspiro. Ah, havia dormido muito bem, de um jeito que parecia até impossível, levando em consideração os últimos dias, pois a cada semana parecia  mais difícil achar uma posição confortável para deitar. Ele tateou a cama, já que não sentiu o corpo de Hyunjin contra o seu e chegou a conclusão de que estava sozinho, mas percebeu que não, quando ouviu a voz baixinha do alfa sussurrando alguma coisa. Foi só umas olhadinha para baixo e o encontrou ali, deitado de cara com sua barriga.

Não eram raras as vezes em que acordava e via aquela cena. Hyunjin costumava ficar conversando com a bebê, às vezes antes de dormir, de madrugada, ou de manhãzinha quando acabava de acordar, já havia perdido as contas de quantas vezes acordou no meio da noite com o alfa rindo sozinho ou contando algo sobre seu dia, alguma história e até cantando alguma música. Era fofo, muito fofo. Hyunjin já agia como se a neném já tivesse nascido e por muito tempo se sentia mal por não conseguir fazer essas coisas. Talvez se não fosse pelo Hwang, nunca teria nem conversado com a filha e ela nasceria sem nem conhecer sua voz, mas isso eram águas passadas, estava se esforçando e a cada dia mais confortável com ela ali.

Um sorriso enfeitou o rosto do ômega e levou uma das mãos aos cabelos dele, deixando um carinho gostoso, enquanto prestava atenção na história que ele contava.

— Então, o ursinho disse: Papai! Mamãe! Venham ver! Tem uma menina dormindo aqui na minha cama! - Hyunjin era tão empenhado em contar as histórias que até fazia vozes diferentes para cada personagem e às vezes se empolgava até demais. — Então, com toda aquela gritaria, a Cachinhos Dourados acordou assustada com tantos ursos! Ela achou que iriam atacá-la e saiu correndo para pular a janela. Se não fosse o papai urso segurar a Cachinhos, ela teria se espatifado lá embaixo!

— Cachinhos dourados? - Felix perguntou meio a um sorriso meio mole por causa do sono. Não estava cem por cento acordado.

— Uhum. Te acordei amor? To falando muito alto? Desculpa - pediu tocando o rosto dele com carinho e um sorriso.

— Hm não, eu gosto de te ouvir. - sorriu.—A cachinhos dourados não é um bom exemplo pra nossa filha - comentou e logo em seguida riu da cara indignada do mais velho, parecia até que havia falado alguma atrocidade.

— Por que não?

— Porque ela invade a casa dos outro, come da comida deles, reclama, quebra as cadeiras e ainda bagunça as camas. Ela é muito mal educada -  argumentou e assistiu o alfa ainda mais indignado se arrastando pela cama para ficar com o rosto próximo ao seu. — Tô mentindo?

— Mas ela estava perdida e assustada, amor e no final todo mundo fica amigo e ela aprende a lição. - Todos tinham o direito de errar, não é mesmo? Coitada da pobre cachinhos dourados, era só uma criança.

— Não me lembro disso não…

— Você nem conhece a história e tá julgando. - resmungou beijando a pontinha do nariz dele. — A moral dela é pras crianças aprenderem a não mexer nas coisas dos outros, tô educando a nossa filha no inconsciente

— oh mudeuso, me desculpa por atrapalhar - riu soprado. — Eu não lembrava dessa parte

O alfa franziu o cenho fingindo estar bravo, mas logo sorriu para aquela carinha inchada e amassada do sono profundo, o segurou pelas bochechas e juntou os lábios com alguns selinhos. — Bom dia mamãezinha