𝗩𝗜𝗡𝗧𝗘

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WAGNER MOURA

– Acho que eu vou vir morar aqui com a Mar, quando a gente se casar. – Falo abraçando minha namorada pela cintura e olhando pro meu sogro, que me olha querendo me matar com o olhar.

Eu tinha o adorado, e parece que ele também tinha gostado de mim, eu enchi o saco dele o final de semana todo, ele me xingava, depois de algum tempo estávamos conversando sobre assuntos profundos ou ele só queria saber fofocas de famosos, o jeito de Marjorie era muito parecido com o dele, então era inevitável não gostar dele.

– Você não vai trazer minha filha pra outro estado não.

– Você já viu o quão gostoso é aqui? – Marjorie me cutuca falando pra eu parar e eu começo a rir.

– Eu não quero ficar longe da minha filha mas eu ia gostar de vir pra cá toda a hora com a desculpa que estou com saudade dela. – Minha sogra fala e gargalhamos.

Voltar para Salvador era um sonho, mas sabia que a vida toda acontecia em São Paulo, sabia também que muitas coisas a Marjorie estava abrindo mão para estar comigo, não faria ela abrir mão da cidade dela também.

– Não dá vontade de ir embora. – Marjorie fala olhando o mar com as bochechas vermelhas pelo sol, sorrio dando um selinho nela e olhamos para Vic que estava olhando para o nada mas aparentemente pensando em tudo.

– O Humberto me mandou um milhão de mensagens falando pra eu cuidar da Vic. – Falo baixinho para que só Marjorie ouve.

– Eu fico brava com essas coisas, se ele gosta dela por que não está com ela? Por que não está cuidando dela?

– Talvez seja uma boa você se intrometer na vida deles.

Falo fazendo ela sorrir, os dois se gostavam mas eram orgulhosos, e apesar de eu amar uma fofoca não queria me meter nisso, mas Marjorie estava empenhada para fazer isso.

Assistimos o pôr do sol do ponto da praia mais lindo de Salvador, minha mãe estava com um sorriso feliz, eu estava abraçado com a minha ruiva sentindo a brisa do mar no meu rosto, e eu percebia que não precisava de mais nada, era arriscado dizer que eu nunca me senti tão feliz e realizado, me sentia um adolescente novamente, isso era louco, e uma delícia de sentir.

Voltamos para casa, logo tomamos um banho, adorava tomar banho com Marjorie, sempre ficávamos abraçadinhos deixando a água cobrir nosso corpo nu, e eu amava a forma que ela lavava meu cabelo massageando o couro, e me dando selinhos.

Fiquei deitado com ela até ela dormir, e peguei meu cigarro indo para a área da casa, já estava tudo escuro, todos dormiam.

Acendi o cigarro de maconha e traguei soltando a fumaça olhando as ondas do mar quebrando, estava pensativo desde manhã, estava realizado profissionalmente, sentimentalmente, eu estava em uma das minhas melhores fases.

– Sabia que você era uma maconheiro. – Ouço a voz do meu sogro e quase dou um pulo, ia apagar o cigarro mas ele balança a cabeça negativamente. – Você nem é tão mais novo do que eu pra apagar um cigarro só porque eu cheguei.

Ele fala e eu começo a rir.

– Maconheiros não fazem mal pra ninguém.

– Eu não queria ter essa conversa de pai com você. – Ele fala e eu respiro fundo.

– Mas sei que teremos.

Ele sorri, e concorda com a cabeça.

– Eu fiquei assustado quando a Marjorie me contou sobre você, um grande nome, uma estrela, mais velho que ela, já tem uma vida construída enquanto ela tenta construir a dela, você é pai, você entende a minha preocupação.

vem meu amor • 𝗪𝗔𝗚𝗡𝗘𝗥 𝗠𝗢𝗨𝗥𝗔 Onde histórias criam vida. Descubra agora