vem meu amor • 𝗪𝗔𝗚𝗡𝗘𝗥 𝗠𝗢𝗨𝗥𝗔

𝗗𝗢𝗭𝗘

MARJORIE FLORAVANTI

Descemos do carro do Wagner e ele esticou a mão para eu segurar, colocando um óculos escuro, eu nunca ia me acostumar com isso.

Segurei sua mão e começamos a andar pela a calçada da fama, entrando em algumas lojinhas em Hollywood, tirei algumas fotos bem turista e não tirava o sorriso do rosto, pra quem nunca tinha saído do Brasil, olha onde eu estava agora.

– Está pronta? – Ele pergunta pra mim e eu olho o nome da academia que ele lutava, eu dei um sorrisinho nervosa e ele segura meu rosto me dando um selinho antes de entrar.

– Fala mestre. – Ele cumprimenta um cara todo altão e eu dou um sorriso sem graça quando o cara volta a atenção para nós.

– E ai Wagner, trouxe companhia pra te ver apanhar? – O cara fala em português e Wagner sorri me abraçando de lado.

– Essa é a Marjorie, ela queria muito me ver lutar.

Ele fala e eu olho pra ele debochada.

– Na verdade ele que queria muito que eu visse ele lutar. – Falo e o homem gargalha.

– Eu imaginei que sim, prazer Marjorie.

– Vou me arrumar.

Wagner fala pegando seu kimono, e eu me sento em uma cadeira no canto perto do tatame, ele volta pouco tempo depois e eu não consigo deixar de seca-lo de cima a baixo, ele ficava tão gostoso, meu Deus do céu.

– Gostei do bigode, cadê o brinco igual seu personagem? - O homem pergunta zoando Wagner, se referindo ao personagem dele em guerra civil.

– Verdade Wagner, você fica legal de brinco. – Me intrometo e ele sorri.

– Amanhã ele aparece de brinco depois desse elogio.

– Cala a boca. – Ele fala empurrando o cara pro chão, que em um só movimento derruba ele também.

Eu coloco a mão na boca surpresa pois não esperava que os dois fossem começar assim, e realmente, era uma delícia ver ele lutando, a forma que ele conduzia, o jogo de cintura, as caras e bocas que ele fazia de forma involuntária, tudo era atraente.

Ele era muito bom no que fazia, sabia dar os golpes certos e eram bem traiçoeiro, dando trabalho pro seu companheiro, o suor em seu rosto e seu sorriso de satisfação todas as vezes que ficava por cima, mostrava o quando ele gostava daquilo.

– Boa Mestre. – O cara cumprimenta Wagner que sorri abraçando ele.

– O que achou? – Wagner pergunta pra mim e eu sorrio.

– Você luta muito, eu adorei.

– Tá aprovado? – Ele pergunta malicioso e eu sorrio.

– Mais que aprovado.

Ele ri e entra para tomar uma ducha enquanto seu companheiro me mostrou alguns vídeos de outras lutas deles, era demais.

Saímos depois de Wagner tomar um banho e nos despedimos do cara.

Entramos no carro e Wagner batuca o volante enquanto vira a esquina em um restaurante para jantarmos, era esse o plano de hoje, turistar como fizemos, depois ele lutar e irmos jantar.

– O Bem quer conhecer você. – Ele solta do nada, depois de longos minutos pensativos.

Olho pra ele surpresa, mas um surpresa bom.

– Ele quer?

– Sim, ele me falou que seguiu você no Instagram.

Wagner me lembra e eu concordo com a cabeça sorrindo, lembrando o surto interno que eu tive quando vi a solicitação do menino.