𝗩𝗜𝗡𝗧𝗘 𝗘 𝗦𝗘𝗜𝗦

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leitores, acho que é um dos maiores capítulos até aqui, se preparem! E se divirtam, ou não...

MARJORIE FLORAVANTI

– Está tudo bem? – Pergunto vendo que Vic estava se mexendo na cama, desde que ela entrou no nono mês, estava dormindo com ela por medo do bebê nascer.

– Eu que deveria perguntar se você está bem. – Ela fala e eu respiro fundo, eu acho que estava em estado de choque desde que cheguei do teatro, eu tomei banho, deitei com a Vic, e não conseguia chorar, mesmo estando extremamente quebrada.

– Eu, eu não sei o que estou sentindo. – Falo com os olhos brilhando. – Tá doendo tanto.

Ela me puxa pra um abraço e eu pela primeira vez desde que tudo aconteceu me permiti chorar, e como eu chorei, senti o carinho dela e era como ter um abraço de mãe, acho que talvez era o que eu precisava, mas não podia deixar Vic sozinha agora.

– Você sabe que vai ficar tudo bem, você já superou coisas maiores.

– Mas eu nunca amei ninguém como eu o amo. – Confesso aquilo talvez mais pra eu mesma do que pra ela.

A campainha toca, e eu enxugo as lágrimas.

– Só pode ser ele, o interfone não tocou, eu vou abrir. – Ela fala e eu a olho balançando a cabeça.

– Vai tomar seu banho, fazer teu skin care, da umas agachadas pra ver se essa criança nasce logo.

Falo sorrindo e ela faz o mesmo.

– Sim senhora enfermeira.

Eu balanço a cabeça rindo, enquanto com o coração na mão caminho até a porta, quando abro, era a última pessoa em que eu estava esperando.

– O porteiro já foi melhor. – Falo balançando a cabeça negativamente.

– Deixa eu entrar, por favor. – Humberto fala e eu balanço a cabeça positivamente, não estava com saco pra brigar com ninguém, tinha acabado de acordar depois de um dia péssimo.

– Acho que você está atrasado alguns meses, mas não é pra mim que você deve explicação.

– Depois de tudo que você falou pra mim ontem, me deixou pensativo e muito culpado, quer dizer, eu compartilho da culpa todos os dias...

– O que você está fazendo aqui? – Ouço a voz de Vic, ele olha pra sua barriga e seus olhos ficam vermelhos, eu respiro fundo não querendo sentir dó, a escolha foi dele.

– Você está linda, meu Deus!

– Humberto o que você está fazendo aqui? – Minha amiga pergunta novamente.

– Eu vou deixar vocês conversarem... – Falo tentando sair mas ela segura a minha mão.

– Fica aqui!

– Eu, eu sei que estou atrasado muitos meses, e sinceramente? Eu não vou ser um idiota pois a culpa foi totalmente minha, eu sempre tive uma relação difícil com meu pai, o que não justifica, mas automaticamente comecei a pensar o quão merda eu seria pra essa criança, e que vocês não me mereciam.

Eu respiro fundo, e vejo Vic com os olhos marejados, só não sabia se era de amor ou de raiva.

– Eu senti medo.

– E você acha que eu não senti medo Humberto? eu fui uma mãe solo a minha gestação toda, se não fosse a Mar me ajudar, eu não tinha a opção de fugir como você fugiu, e você não tem o direito de chegar aqui depois de meses e dizer tudo isso querendo que eu te perdoe, eu acho você um merda, um crianção.

vem meu amor • 𝗪𝗔𝗚𝗡𝗘𝗥 𝗠𝗢𝗨𝗥𝗔 Onde histórias criam vida. Descubra agora