𝗧𝗥𝗜𝗡𝗧𝗔 𝗘 𝗖𝗜𝗡𝗖𝗢

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MAJOREI MOURA

– Pelo amor de Deus, toma cuidado. – Wagner fala assim que paramos no central park, eu começo a rir pois não tinha controle nenhum na bicicleta e mesmo assim insistíamos em pelo menos uma vez na semana irmos andar lá, em menos de 10 minutos eu já tinha quase atropelado 2 americanos que tinham mandado eu ir se foder.

Nova York é encantador.

Jogamos as bicicletas em um canto e fomos em direção a uma barraquinha de sorvete que havíamos descoberto e amamos, pedi o de sempre, morango. E Wagner sempre pedia mais de um sabor, deitamos sobre a grama encostando as costas em um tronco de árvore, e ele me abraçou enquanto olhávamos o movimento do parque.

Estava olhando em direção a uma menininha que parecia dar os primeiros passos pela felicidade dos pais, Wagner me olhou e deu um sorriso.

– É engraçado.

– O que? – Pergunto depois dele quebrar o silêncio.

– O fato de eu querer tanto um filho, mesmo tendo vários. – Ele fala brincando e eu sorrio. – Não é por nada, é que, você sabe... você é um dos maiores amores que já senti, acho que não consigo comparar com nenhuma mulher, sabe? E, te pensar como mãe, é surreal.

Ele fala sendo sincero e eu sorrio com a calma que ele falava cada palavra, eu amava a forma dele de falar, o sotaque, era simplesmente apaixonante.

– Eu acho que vou ser meio neurótica, sabia? Sei lá, trabalhando com bebês todo esses anos, tadinho. – Falo pensando em tudo que eu pouparia a criança fazer em pro da sua saúde.

– Ah eu não vou deixar, criança boa é a que come terra e leite ninho.

– Wagner pelo amor de Deus.

– Amor, eu sou baiano, você acha que eu tenho essas frescuras? Meus filhos estão ótimos. – Ele fala e eu começo a rir, seríamos o oposto na criação mas eu tenho certeza que cada um respeitaria o outro.

Concordo com ele ainda rindo, e pego meu celular vendo algumas mensagens de Lucy.

– A Lucy perguntou se eu posso ir hoje no estúdio que ela trabalha, disse que mostrou minha foto pra um produtor e ele ficou animado.

– Animado com a sua foto? – Ele pergunta com ciúmes e eu mordo a boca balançando a cabeça.

– Pelo menos ele não vai arranhar minhas costas. – Mordo os lábios o provocando e ele sorri.

– Claro que não, se não ele fica sem os dedos dele.

– Não de um de capitão nascimento pro meu lado.

– E por que não?

– Porque eu morro de tesão. – Falo e ele gargalha.

– Vamos pra casa fazer nosso bebê então, você sabia que colocar os pés pra cima depois de transar, pode ajudar?

– Você tá lendo sobre isso?

– Eu estou amando tentar e tentar e tentar, mas eu realmente quero parar de tentar sem me cobrar tanto.

– Somos saudáveis, já te falei que não tem porque se cobrar, só aproveita a caminhada. – Dou um selinho nele e me levanto dando a mão pra ele se levantar.

Subo em cima da bicicleta e ouço ele falando um "cuidado" antes de eu sair pedalando como louca.

Chegamos em casa e eu já tratei de ir me arrumar, tinha falado pra Lucy que iria encontrá-la em uma hora, tomo um banho e pego uma roupa simples, sabia que se eles quisessem que eu me vestisse com alguma coisa lá eles diriam.

vem meu amor • 𝗪𝗔𝗚𝗡𝗘𝗥 𝗠𝗢𝗨𝗥𝗔 Onde histórias criam vida. Descubra agora