𝗦𝗘𝗜𝗦

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MARJORIE FLORAVANTI

Ouvia barulhos no andar debaixo, quando abri os olhos pela manhã, assim que eu olhei o quarto vazio, já imaginei de quem era o barulho.

Desci as escadas com um sorriso bobo no rosto, Wagner estava sem camisa mexendo no fogão enquanto cantarolava, parecia cena de filme.

– Bom dia... – Ele se vira pra mim e da um sorriso.

– Bom dia Linda, o que você gosta de comer? Eu fiz ovo mexido, quer bacon?

– Você está muito americanizado Wagner, vou comer pão na chapa. – Falo e ele dá uma gargalhada alta, não seguro minha vontade e dou um beijo demorado em seu ombro desnudo, ele me olha e sorri.

– Eu faço pra você. – Ele fala todo bobinho pelo beijo e eu me seguro pra não sorrir pelo efeito que vi que esse beijo teve em seu corpo.

Eu me sento na mesa alta que tinha na cozinha, e fico mexendo no celular respondendo algumas mensagens, inclusive da Vic que só resumia em perguntar se eu tinha dado pra ele.

– Então, eu tenho alguns compromissos agora de manhã do filme, você fica tranquila aqui? – Ele pergunta colocando o pão na minha frente e eu sorrio.

– Com essa piscina maravilhosa? Eu fico muito bem, vai trabalhar.

– Depois podemos ir comprar alguma coisa que você precisa.

– Eu acho que não preciso de nada.

Ele concorda com a cabeça.

– Pensa, porque eu preciso.

– Do que?

Ele não fala nada e sai rindo, eu respiro fundo começando a comer, ele desce algum tempo depois já todo arrumado.

– Vou pra um hotel onde vou dar umas entrevistas, e amanhã a noite vou aparecer em um cinema aqui de Salvador, mas só uma aparição, pra divulgar o filme.

– Quanta justificativa, tá achando que a gente é casado?

Eu brinco e ele gargalha.

– Eu percebi que não tinha seu número de telefone e só então percebi o quão intenso eu fui de chamar você pra ficar comigo.

– Está tudo bem, eu fui intensa em aceitar.

Ele sorri.

– Meu número está numa folha perto da estante, tem um telefone do lado de um restaurante maravilhoso.

– Você tá muito tiozão deixando números em papéis.

– Eu sou tiozão. – Ele ri e rouba um selinho de mim antes de sair.

Eu tenho certeza que depois desse ato dele, eu fiquei meia hora olhando pro nada, apenas sorrindo.

Eu não era boba nem nada, descobri como conectava música na gigante caixa de som integrada que tinha ali.

Passei o dia na piscina ouvindo funk, e mpb, porque eu era assim, de 0 a 100 muito rápido.

Conversei com Vic por chamada de vídeo que não parava de falar que eu só tinha levado calcinha de vó e que eu tinha que surpreender o Wagner pra ele se apaixonar pelo meu chá, eu balançava a cabeça rindo enquanto pensava como minha amiga era safada.

E no comecinho da tarde, depois que eu já tinha feito tudo que poderia fazer naquela casa, o Wagner chegou.

– Meu Deus, você está toda bronzeada. – Ele fala sorrindo.

– Eu estou é vermelha.

– Pra combinar com o cabelo. – Ele ri me dando um selinho. – Como foi seu dia?

vem meu amor • 𝗪𝗔𝗚𝗡𝗘𝗥 𝗠𝗢𝗨𝗥𝗔 Onde histórias criam vida. Descubra agora