MARJORIE FLORAVANTI
– Eu não quero ir! – Falo firme olhando pra Wagner que estava sem camisa e bermuda com um sorrisinho sarcástico nos lábios me olhando.
Finalmente ele estava instalado no Brasil, já estava na sua casa, e estávamos melhores do que nunca cada dia que passava. Nas próximas semanas ele começaria a gravar o filme em Recife, ficaria duas semanas la e teria uma de folga aqui e seria assim durante a gravação toda.
– Vai continuar com essa coisa de ciúmes até quando?
– Coisa de ciúmes Wagner?
Pergunto brava. Motivo da nossa "discussão"? Era aniversário da Bella e os meninos estavam fazendo uma festa surpresa pra ela, descobri que Wagner tinha ajudado financeiramente e já havíamos tido uma pequena discussão.
– Amor, ela sabe que a gente tá junto, todo mundo agora sabe, não tem porque você ficar assim, fora que pensa, nós vamos, você se diverte, e amanhã de manhã já vamos pra Salvador.
Ele fala animado pois íamos passar uns dias com a mãe dele, finalmente ia conhecer minha sogra, sim sogra, era estranho falar isso.
– Quem vai se divertir Wagner, eu?
– Meu Deus ruiva, você é difícil demais. – Ele fala me puxando pela cintura e me dando um selinho, olho pra ele tentando manter a pose e não me render em seus braços.
– Você não vai conseguir me convencer.
– Claro que eu vou. – Ele me dá um beijo no pescoço e quando vejo que ele ia beijar a minha boca novamente eu o empurro.
– Você consegue ser bem chato quando quer, vou comprar uma roupa nova pra ir e você vai pagar.
Falo brava e ele continua sorrindo, era a pessoa mais sossegada que eu conhecia, parecia que ele estava de bom humor sempre, na nossa relação eu era um gato preto enquanto ele era um golden retriever.
– Pode comprar, pega o cartão.
Eu bufo tentando segurar o sorrisinho, e vou arrumar minhas coisas pro plantão enquanto o celular dele começa a tocar em um toque que eu sabia que era o toque do grupo dele com os caras.
– Estou indo. – Falo baixinho quando saio do quarto e vejo que ele estava em chamada de vídeo com os meninos.
– Olhem a sorte que eu tenho. – Ele vira a câmera pra mim e eu vejo Humberto e Selton, dou um tchauzinho antes de dar um selinho em Wagner e ouvir os outros dois gritam na linha.
Entro no carro conferindo se não tinha esquecido nada, e pedindo aos céus a todo momento para que fosse um plantão tranquilo.
Cheguei fazendo tudo que eu tinha que fazer na parte administrativa, para não me atrasar em alguns procedimentos.
– A sondagem naquele bebê, o David... – Uma técnica de enfermagem entra com um pedido e eu o olho concordando.
– Vou pegar os materiais e já estou indo la passar.
Trabalhar com bebês tinha suas vantagens, eram criaturas puras, abençoadas, mas quando você tinha que passar a sonda em um pois ele não está conseguindo se alimentar, você começa a questionar quase sempre, Deus.
– Oii, vim passar a sonda nesse neném lindo. – Falo aparecendo no quarto, a mãe dele da um sorriso grande e o bebê abre os olhinhos me olhando.
– Pode entrar.
Ela já me conhecia, então engatamos em uma conversa sobre o quadro clínico de David, que tinha 4 meses.
– Tia, você vem toda felizinha sendo que vai fazer dodói em mim, não pode isso. – Falo brincando com David que gargalha sem entender, eu sempre gostava de fazer essas brincadeiras, ficava menos séria as coisas pra mim, menos pesadas.
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vem meu amor • 𝗪𝗔𝗚𝗡𝗘𝗥 𝗠𝗢𝗨𝗥𝗔
Fanficonde marjorie e wagner se conhecem em pleno carnaval de salvador.