Capitulo 3

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LIAM SAVÓIA

— Não compreendo o que é tão importante que me fez levantar da minha cama às três da manhã, espero que seja caso de vida ou morte – puxo a cadeira para me sentar na ponta da grande mesa, encarando os comandantes que parecem preocupados.

— Desculpe incomoda-lo, Roman. – Valentin, o comandante de Kremlin, lamenta em uma baixa voz. – Mas temos assuntos importantes à serem discutidos, não poderíamos esperar.

— O que seria tão importante? – questiono desinteressado, certamente Igor o meu braço direito, poderia ter resolvido essa questão sem que eu seja envolvido.

— Boris ressurgiu essa madrugada, ele compareceu ao jantar de felicitações do governador de Kremlin. – Kirill balbucia, ele é o comandante de Daguestão. Pela sua feição, não está nada contente de estar aqui.

— Enviei homens até a casa do governador, mas nenhum sinal dele e nem da esposa. – Valentin informa, estendendo seu tablet na minha direção, que mostra Boris conversando com o vice-presidente. – Ele está tentando ganhar território. Mesmo que a Orekhov tenha sido uma das maiores organizações da Russia antigamente, eles perderam a influência assim que os Ferrari entraram no poder.

— Ele quer reestabelecer uma ordem que não existe mais, Roman. – Igor, meu braço direito fala. – As imagens dele com o vice-presidente mostra que está caminhando pra onde deseja chegar, ele sabe que você está noivo da Fedorova, isso é um problema significativo para a Orekhov.

— E o que estou fazendo aqui? Vocês são as porra dos comandantes, é mais que o trabalho de vocês arrumarem soluções para os nossos problemas. – bato com minhas mãos abertas na grande mesa, dando impulso para levantar – Quando tiverem com tudo sob controle, com o governador em nossa mão e a porra do vice-presidente silenciado, poderão vir e me informar.

— Precisa se casar o quanto antes com a Rebeka Fedorova. Ela é a nossa maior carta contra a Orekhov, com a filha do presidente em nosso domínio, ele será obrigado a nos encobrir quando resolvermos atacar a Orekhov. – Igor murmura, quando eu estava prestes a sair da sala de reuniões da minha mansão – Mesmo o tendo já sob controle, ele não é confiável. Precisamos de algo contra ele quando for necessário.

— Não adiantarei casamento algum. Mesmo que Vladimir seja um desgraçado, ele sabe que não terá chances de se manter no poder, sem a minha ajuda. – murmuro de volta, encarando cada homem sentado nessa mesa – Façam o que for necessário para acabar com essa palhaçada, Boris até o momento é inofensivo, ele está procurando forças em nosso território e terá uma grande queda até o inferno se continuar.

— Podemos conversar lá fora? – Igor pergunta. Sem esperar minha resposta ele vai se retirando da sala de reuniões e eu o sigo. Chegamos na sala ampla, com o paredes de vidro que já mostram pequenos raios do amanhecer. – Liam, precisamos ter o controle da situação em nossas mãos, com a aproximação de Boris isso vira areia em nossas mãos. Sei que o cara é completo merda, mas a Orekhov é uma organização antiga e tem histórico.

— A Komanda sempre esteve no topo, sendo a principal responsável pela Bratva e isso não irá mudar com a aparição repentina de Boris, ele sempre esteve ativo, mesmo que tenha sido por baixo dos lençóis. – me aproximo do meu conselheiro – Estava duvidando da nossa influência, Igor?

— Claro que não, Liam. Só penso no melhor pra essa organização, seu pai está inativo e me fez prometer lhe ajudar com essas questões e..

— Me acha inapto para o cargo de general da Bratva? – o olhar de Igor se mantem firme, mesmo com a minha insinuação.

— Jamais, chefe. Não foi a minha intenção que a frase levasse a esse contexto. – mesmo que eu e Igor tenhamos uma grande amizade, ele ainda é meu conselheiro, então me deve lealdade e respeito à cima de qualquer coisa. Por esse motivo, ele abaixa a cabeça em sinal claro de submissão ao chefe.

Subordinada à Ele - Série Milionários 02Onde histórias criam vida. Descubra agora