Capítulo 1 - Cinco Anos

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OLÁ AMORINHAAAAAASSSS!!!!!

DE REPENTE ME BATEU UMA VONTADE DE POSTAR ESSA FIC QUE HÁ UM TEMPINHO ESTAVA EM MEUS ARQUIVOS E ENTÃO, POR QUE NÃO COMPARTILHAR UMA DAS MINHAS OBRAS QUERIDINHAS???

ESPERO QUE GOSTEM DESSA FIC TANTO QUANTO EU AMOOOOOOOO!!!!!

UMA ÓTIMA LEITURA

NÃO SE ESQUEÇAM DE CURTIR E COMENTAR!!!

BEIJOS


Cinco anos...sessenta meses..mil oitocentos e vinte cinco dias...esses eram o cálculos mentais que Miranda fazia ano após ano, desde o dia que Andrea a deixou em Paris.

A rainha da moda, a toda poderosa Priestly simplesmente não conseguia superar que havia sido abandonada na semana mais importante do mundo pra ela, a Paris Fashion Week e essa dor não era por conta de um abandono profissional, pois neste quesito, tudo saiu exatamente como ela havia previsto, na verdade saiu muito melhor que o esperado, afinal mesmo estando da mira de Irv Ravitz e Jacqueline Foulet, Miranda conseguiu dar o golpe de misericórdia em seus adversários, ainda que isso tivesse causado a maior frustração em Nigel, que tinha toda a certeza do mundo que ele seria indicado como o novo editor da revista em Paris e mesmo magoado ele sabia que a editora não o sacanearia sem um propósito extremamente plausível.

O editor entendia que se ela caísse, centenas de funcionários teriam suas vidas profissionais em xeque e nesse jogo de xadrez, foi preciso sacrificar um peão para salvar os outros e tudo após o retorno de ambos para Nova York fora esclarecido, algo que Andrea não entendeu e Miranda sequer se importou em se explicar, não naquele momento em que se encontrava no auge de sua glória, com o gosto da vitória borbulhando mais que os champagnes caros que estava acostumada a degustar, sem contar que jamais toleraria a petulância de uma simples assistente em questioná-la, mas o que doía de fato, era seu arrependimento em deixar a "garota tola" ir embora ao fazê-la jurar que deveria esquecer o que havia acontecido entre elas.

Cada vez que essa maldita data se repetia, Miranda ficara com os nervos a flor da pele, mais irritada do que de costume, cuspindo palavras agressivas e as vezes nem mesmo as suas filhas, Cassidy e Caroline, conseguiam se esquivar no mau humor da mãe.

Não era com elas, a cadela que costumava ser com os seus "subordinados", mas se tornava mais distante, sem paciência em atender as solicitações das suas bobbseys, e algumas vezes parecia estar no mundo da lua e o whisky era seu melhor companheiro. Assim que as meninas dormiam, se trancava em seu escritório para beber e chorar, líquidos que se misturavam em sua garganta trazendo dor e amargor e ela precisava tirar forças da onde não tinha para lidar com aquilo.

Naquele insuportável quinto ano, a editora pressentia algo diferente, algo que não conseguia explicar. Acordou com uma sensação de angustia diferente das vezes anteriores, a fazendo saltar da cama após um pesadelo, onde uma garotinha ruiva, assim como as suas filhas havia caído de um cavalo e gritava muito, pedindo pela mãe, só que no sonho a mãe era ela.

Imediatamente foi olhar suas meninas que dormiam tranquilamente e então deu um beijo na cabeça de cada uma e antes de sair do quarto, com uma lágrima que teimava em sair, pedia perdão, por naqueles dias não conseguir ser a mãe que elas estavam acostumadas.

Sem conseguir voltar para cama, caminhou pelo corredor e por estar de camisola branca, parecia um fantasma-guardião, não conseguia sair de perto do quarto das meninas e de repente se lembrou que em poucas horas as duas acordariam eufóricas, pois iriam passar alguns dias num acampamento de férias com alguns amigos do colégio, se arrependendo amargamente em ter concordado com Philip, o avô das meninas, sobre deixar as suas ruivinhas irem. Ela não podia voltar atrás, pois do contrário sabia que as garotas a odiariam e não era a primeira vez que iriam, aquela já era a quinta vez e então se lembrou mais uma vez de Andrea, sentada na escada de sua casa, numa noite em que fora levar o livro, conversando com Cassidy e Caroline, compartilhando as suas experiências em acampamentos de férias e gentilmente deu a cada uma delas uma insígnia de sua coleção.

Deu-se conta também que não era a única a sentir saudades de Andy, as gêmeas eram apaixonadas por ela, pois a viam como uma das únicas pessoas adultas que as respeitavam, gostavam delas não por serem Priestly e sim por serem Cassidy e Caroline e as entendia em sua individualidade.

No começo e por serem mais novas, as bobbseys perguntavam sempre por Andrea até se darem conta que aquilo trazia irritação para mãe até que simplesmente deixaram de perguntar, mas em seus coraçõezinhos a saudade era grande e Miranda sabia disso, pois sempre que as garotas conversavam com Nigel, quando iam a Runway, perguntavam sobre ela.

Em um torvelinho de pensamentos e sensações não se deu conta de quanto tempo estava ali e que o dia já amanhecia e pode ouvir do quarto das garotas a algazarra que faziam de tão eufóricas com a viagem. Imediatamente entrou no quarto de suas bobbseys e as abraçou, demonstrando todo o seu amor e carinho, as enchendo de beijinhos e também de recomendações.

MIRANDA – Meninas, as vitaminas de vocês estão na necessaire? – quis saber a mãe preocupada, ainda abraçada a elas

CAROLINE – Sim mamãe, vitamina D e vitamina C, além do repelente, do protetor solar e o antialérgico da Cassidy. – respondeu a mais organizada e responsável das irmãs.

MIRANDA – Cass fique atenta para não ficar tempo demais exposta ao sol. Não quero ter que leva-la ao hospital por conta de uma insolação como no ano passado e cuide da sua irmã, sabemos o quanto ela tem medo de alguns insetos.

CASSIDY – Pode deixar mamãe. A protegerei com minha vida – respondeu em tom teatral.

MIRANDA – E você Carol, não se esqueça de lembrar a sua irmã para que ela tome as vitaminas no horário certo. - Por ter TDAH sabia que sua filha sete minutos mais nova era bastante esquecida, o que acarretava em alguns contratempos, uns engraçados e outros nem tanto.

Assim que encaminhou as garotas no banho, fez questão de preparar pessoalmente o desjejum e logo mandou uma mensagem para Emily, avisando para transferir seu primeiro compromisso da manhã para o final da tarde.

Sentadas a mesa, o café transcorreu tranquilamente e uma Miranda sorridente, apesar de ainda estar impressionada com o sonho e com raiva, aproveitou cada segundinho que ainda tinha com as filhas, até se despedir de suas ruivinhas que seguiram com seu fiel motorista, o Roy.

A TERCEIRA PRIESTLYOnde histórias criam vida. Descubra agora