Soleil.

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Billie Eilish’s Point Of View.

Los Angeles, California.

03:17pm.

Estar de volta à Los Angeles é como acordar de um sonho muito bom que eu estava vivendo. Alguns imprevistos aconteceram e tanto Alyssa como eu tivemos que pegar o jato três dias antes do que estávamos planejando.

Ao entrar no meu carro junto com a minha noiva, eu solto um suspiro e esfrego as mãos uma na outra. Está fazendo frio em LA. Não como o frio da Irlanda, mas ainda é um frio considerável de dez graus. Alyssa ajeita o sobretudo em seu corpo e eu espero ela colocar o cinto para poder ligar o carro.

— Eu não queria ter voltado — é a primeira coisa que ela diz desde que descemos do avião. — Nunca pensei que fosse odiar tanto essa cidade.

Eu apoio minha mão em sua coxa, fazendo uma carícia na mesma, consigo atrair seu olhar e ofereço o meu melhor sorriso de conforto e compreensão. Depois de algumas situações que ela viveu aqui em LA, não podia ser diferente esse remorso todo em relação à cidade que nós duas nascemos e vivemos até nos dias de hoje. Mas em breve essa tortura vai acabar, ela só não sabe disso ainda.

— Eu sei, amor, eu também não queria estar de volta, mas nossas vidas estão aqui por enquanto — falo com calma, ela me olha e respira fundo. — Vai ficar tudo bem. Por que você e as meninas não planejam um daqueles jantares em que conversam sobre assuntos estranhos, enquanto comem uma comida extremamente gordurosa? — Sugiro, vendo que ela sorri brevemente. — Posso resolver meus assuntos o mais rápido possível e estar presente, que tal?

— Eu vou mandar mensagem para elas.

— Quer parar em algum lugar antes de eu te deixar em casa?

— Não, preciso descansar, a viagem foi longa e eu quero receber vocês de bom humor mais tarde. — Ela brinca, mas nem tanto.

— Tudo bem.

Dou partida no carro, vendo que duas SUV’s pretas me seguem até a saída do aeroporto. Não estou no meu melhor humor hoje, ainda mais se formos considerar que eu tive que pôr um fim na minha viagem com a minha mulher mais cedo por causa de uma reunião de merda com os diretores da gravadora em que eu ainda trabalho. Esses filhos da puta estão no meu pé, me pressionando diariamente para produzir um álbum novo. Mesmo que eu já tenha deixado claro que esse não é necessariamente o momento da minha vida que eu sou capaz de fazer algo bom o suficiente para os meus fãs.

O dia que eu entregar um álbum meia boca para quem me acompanha, para quem me ama e me admira, podem me internar que algo está totalmente errado.

Deixo a minha Alyssa em sua casa, sozinha. Nem os animais estão aqui, estão com o Luan, o único que não fez parte da viagem porque nem fazia sentido ele ir. Meu peito dói por saber que ela vai ficar o resto do dia sozinha e essa merda me deixa mais emputecida ainda.

No caminho para a gravadora, eu ligo para o Bieber, que demora, mas me atende.

— Estou te ouvindo — e eu ouço o choro de Olive ao fundo.

— É um bom momento? — Questiono, parando em um sinal vermelho.

— Olive está com muita cólica hoje, a Hailey saiu e eu não quis chamar a babá porque eu preciso ser um pai competente — acabo rindo com a justificativa dele e concordo com a cabeça mesmo que ele não esteja me vendo. — Você acha que eu consigo? — Ele diz em um tom de voz mais baixo.

— Você consegue, Bieber. Eu acredito em você.

— Obrigado. E, então…? — Uma movimentação, o choro da bebê está mais perto agora, mas eu não me incomodo. — Vocês chegaram bem em LA?

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