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O sino ainda tocava alertando um confinamento urgente e não havia alma viva nas ruas.
Portas e janelas trancadas. Carruagens vazias. Carrinhos ambulantes abandonados nas calçadas, os pães doces atraindo moscas. Até mesmo os cavalos e cães foram confinados.
O âmago do problema foi fácil de encontrar. Uma congregação de fantasmas se reuniu em torno da Prefeitura. Animados para testemunhar o drama dos vivos.
"Você está bloqueando o meu caminho." — diante de suas palavras, os fantasmas sobressaltaram-se e tropeçaram um no outro em sua pressa de se afastar. Abrindo um estreito corredor para Dazai passar.
"Olá, amigos." — Dazai sorriu ao juntar-se aos líderes dos Ocultos — "Isso é uma festa?"
"Deixará que batam a porta na nossa cara?"— Taneda reclamava a plenos pulmões, sem dignar um único olhar à Dazai e Chuuya — "Transforme o prédio em borboletas ou algo assim."
Agatha Christie, com um gigantesco chapéu escondendo os cabelos loiros, lançou ao Lobisomem um impressionante olhar enfuriado.
"Eu não transformo prédios em borboletas." — ela rebateu.
"Então qual é a sua utilidade?"
Fukuzawa se botou entre os dois.
"Não devemos engajar em discussões internas. Tonan terá que sair em algum momento."
"Tonan literalmente fugiu de nós." — Shibusawa apoiou a mão na cintura, as unhas tão pontudas quanto as orelhas — "Um homem adulto fugindo como uma criança marota e ainda assim nós somos obrigados a manter a civilidade? Eu avisei a vocês, no dia em que Tonan engressou na Prefeitura, que ele era o pior tipo de mundano."
Fukuzawa, muito educado para se permitir fazer uma careta, simplesmente balançou a cabeça.
"Sua opinião sobre qualquer mundano é sempre negativa. Tonan era a melhor escolha, na época. E durante anos pensamos que ele estava seguindo os acordos."
Chuuya, que assistia a discussão de braços cruzados, aproximou-se de Kouyou e falou em voz baixa:
"Isso tem a ver com a lista de todos os vampiros da cidade, que os mundanos conseguiram apurar?"
"Estou farta de estacas e pistolas apontadas para os vampiros." — Kouyou vociferou, olhos escarlate fixos no prédio da prefeitura, nas janelas fechadas e portas trancadas. Uma exibição clara de Mundanos tentando manter as aberrações do lado de fora.
Dazai estudou-a. A sutil contração das presas, o cabelo sempre impecável agora solto e rebelde ao vento. Ela exalava um ódio pessoal e profundo que poderia ser um problema imediato.
"Se todas as pessoas agem da mesma forma, mas por causas diferentes, então o que classifica meu povo como monstros?" — revoltou-se — "O Prefeito mentiu para nós!"
"Tecnicamente ele não mentiu." — disse Shibusawa — "Nunca perguntamos sobre a sociedade anti-vampiros porque a informação ainda nos era desconhecida àquele ponto." — seu olhar irônico percorreu Dazai que optou por ignorá-lo.
Kouyou redirecionou sua fúria para Dazai.
"Sua dívida com os Ocultos aumenta a cada dia."
Exatamente como preveu. Problema imediato.
"Está falando comigo?"
"Mori morreu apenas para deixar seu herdeiro como um monstro sem coleira nesta cidade."
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What The Dead Whisper
FanfictionNa Era Vitoriana, Osamu Dazai é um assassino de aluguel. Quando seu mais novo trabalho o leva de volta à sua cidade natal, ele conhece Chuuya Nakahara, um vampiro novato que busca vingança contra o tão famoso Vampiro Demônio. Em uma história de mist...