Quatorze.

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Um mês se passou

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Um mês se passou. Um mês com uma dor gigantesca em meu peito. Ouvir da boca de Nicole que ela não sente mais nada por mim foi a pior coisa daquele dia.

Mas já que Nicole não me deu mais esperanças em ficarmos juntos, eu decidi tentar esquecê-la  de uma vez. Vou distrair minha cabeça com outras coisas. Minha mãe chega em algumas horas e eu quero recebê-la como merece. 

As coisas na empresa estão muito melhor agora. No começo, tudo estava uma loucura porque não tinha ninguém administrando essa parte das ações. Mas agora, eu e Eva conseguimos colocar tudo em ordem.

— Ei, gatão. —Eva me chama, entrando na cozinha 

— Ah, oi. — Paro de cortar o tomate e me viro para Eva

— Você ficou sabendo? —Ela se senta no banco da ilha 

— Sobre? — Seco minhas mãos no pano de prato 

— Nicole irá participar de uma entrevista hoje. 

— Hm. — Murmuro, concordando 

Fico feliz por Nicole estar conseguindo conquistar tudo o que sempre sonhou. Ela merece isso. 

— María quem vai entrevistá-la. — Eva avisa

— María está em Barcelona? — Arregalo meus olhos, chocado — Ela não me disse nada. — Comento

— Isso está em todas as redes sociais, Gab. Como não viu? 

— Não sigo Nicole. — Afirmo

Eva me olha, assentindo. 

Disse a Eva que não queria tocar mais no nome de Nicole, porque pode não parecer, mas ainda me machuca. 

Quando Nicole disse que ama outro cara, eu não aguentava mais. Queria sair dali, só não fiz porque seria falta de educação.

— ... Mas eu amo o Dan

— Dan. — Murmuro baixo, mas é o tom suficiente para Eva ouvir

— Quem é Dan? — Eva ergue a sobrancelha — Já ouvi esse nome antes. 

— É o namorado de Nicole. 

— Mas Dan não é aquele cara que estava no restaurante? 

Quando Eva menciona o dia do restaurante, me lembro do cara que estava discutindo com a mulher sobre a namorada. Será que esse Dan é o mesmo namorado de Nicole? Mas não pode ser... Nicole disse que estava tudo bem entre eles. 

— Teve ter outro, Eva. — Me viro, voltando a cortar os tomates 

— Eh... — Escuto o rangido do banco — Eu vou ir buscar sua mãe no aeroporto. 

— Valeu. 

Os passos de Eva vão ficando mais abafados, então deduzo que ela já saiu da cozinha. Quando percebo que estou sozinho, solto um suspiro aliviado. 

Se esse Dan for mesmo o namorado de Nicole, ela não sabe. E isso já faz o meu sangue ferver. 

○○○

Eu fiz um jantar para receber minha mãe. Eva me mandou uma mensagem há uns dez minutos que já estavam chegando. Já deixei tudo arrumado para ela. 

Estou sentado no sofá e a casa está um verdadeiro silêncio, então pego o controle e decido ligar a televisão. Assim que a ligo, aparece a entrevista da Nicole. E minha nossa... Ela está linda. 

María é quem a está entrevistando. Achei estranho ela não me dizer nada. Mas eu até entendo, ultimamente estou muito distante. 

María sabe que eu tive um relacionamento com Nicole, mas ela pareceu nunca se importar. Pelo contrário, sempre dizia que gostaria de conhecê-la. Porém, nunca imaginei que seria dessa forma.

— Nicole, como foi para você quando descobriu que seria a personagem principal? — María pergunta 

Nicole sorri. Sei o quanto ela está nervosa por estar ao vivo em toda a Espanha. Ela me dizia que nunca iria saber o que fazer quanto estivesse em uma entrevista, mas pelo visto, ela está se saindo muito bem. 

— Foi uma loucura. — Ela ri — Mas estou realizada. Tive apoio de muitas pessoas ao meu redor. Porém, uma em específico me dizia que os nossos sonhos sempre são verdadeiros,  só precisamos os tornar reais. 

Eu sonho com isso, Gab. Mas tenho medo de não dar certo

Os nossos sonhos sempre são verdadeiros, só precisamos os tornar reais. Não tenha medo, princesa. 

Eu afirmava isso a Nicole toda a vez que ela me contava o quanto tinha medo. E ver que ela ainda lembra, me deixa em dúvida se o que ela disse sobre não me amar é realmente verdade. 

Escuto o rangido da porta e desligo a televisão rapidamente. Conheço a minha mãe, se ela vir Nicole, vai começar a fazer diversas perguntas. 

— Mãe. — Me levanto e caminho até a mesma, que entra junto com Eva 

— Meu amor. — Ela me abraça — Que saudades. 

— Eu também estava, mãe. — Sorrio, me afastando 

— Como você está? — Ela segura meu rosto com suas mãos, me analisando 

— Bem. 

Ela concorda. 

— Fez boa viagem? 

— Sim. — Caminho com ela até a sala de jantar — Que casa linda, filho. É enorme. 

— Pois é, mãe. 

Puxo a cadeira para a minha mãe e ela se senta. 

Esses dias com ela aqui vão ser bons. Disse a Eva que tiraria uns dias de folga do trabalho. Não é só Nicole que está me dando dor de cabeça ultimamente. 

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O Beijo EternoOnde histórias criam vida. Descubra agora