Capítulo 10 🪽

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Ao terminar o meu banho, coloco somente uma cueca e um short, logo saindo do meu quarto e da minha cabana

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Ao terminar o meu banho, coloco somente uma cueca e um short, logo saindo do meu quarto e da minha cabana. Desço aquelas escadas, olhando para os lados, vendo se ela estava por ali.

Puxo o ar com força, tentando capturar o cheiro, mesmo que pequeno dela, e de fato consigo, mas estava fraco, mostrando que passou a um tempo aqui.

Quando na direção que vinha o cheiro dela, mostrando que ela saiu do ninho. Irritado por ela ter saído e preocupado por possa ter acontecido algo, fico na minha forma animal e começo a voar, tento mais acesso daquele cheiro.

Estava indo na direção dos ursos e lembro da nossa conversa, que está mais para discursão. Voou rapido, mas ficando atento com a movimentação do lugar, que ultimamente está tendo muitos humanos adentrando aqui.

Assim que sobrevoou o território urso, desço e volto para a minha forma humana, vendo alguns machos e fêmeas me encaram confusos e irritados por entrar em seu território.

-- O que faz aqui, ave? – Um dos machos se aproxima.

-- A humana. Cadê? – Puxo o ar.

-- Com o alfa. Mas você não tem permissão de ficar entrando aqui e muito menos andar por aqui. – Ignoro ele e começo a andar. – Ei! –

-- Pode deixar ele comigo, Ragal. – Paro ao ouvir o urso.

Assim que me viro para ele, noto seu olhar de irritado e isso estava sendo digerido por mim. Em passos pesados, ele para na minha frente e rosna, mas um rosnado de ameaça.

-- O que você tem na cabeça, Galvan? – Pergunta.

-- O que você quer, urso? Cadê a Hauyna? – Vou para voltar a andar, mas ele me segura com uma certa força.

-- Você sabe muito bem que poderia ter a matado! Ela é a sua companheira, e a trata como se ela fosse um nada! – Sinto meu gavião agitado e minhas unhas crescem.

-- Eu não estava no controle! – Falo ao saber do que ele estava falando.

Então a dor que eu estou sentindo e a sensação de chorar, são dela. Estou ligado mais que o laço de companheirismo com ela.

Tem certos lugares, que não devemos marcar as nossas fêmeas, por dois motivos. O primeiro é que as vezes não nós controlamos tanto e acabamos as ferindo ao ponto de mata-las sem querer, por isso que todos começaram a marcar somente no ombro ou até mesmo braço.

O outro motivo, é que a mordida em certos lugares deixa a nossa ligação mais intensão, a nossa conexão fica tão forte, que um sente o que o outro está sentindo, basicamente tudo ele vai sentir.

Se um morrer, o outro morre também.

-- Você dois foram errados. Você por, a rejeitar e ele por fazer isso sabendo das consequências. Eu vi o ferimento, está muito fundo e irá uma cicatriz grande. –

Abaixo o olhar. Mesmo a culpa não sendo totalmente minha nessa parte, ainda sim sinto raiva do meu gavião por feri-la.

-- Onde ela está? –

-- Ela não vai sair daqui até se recuperar e se ela não quiser. – Chego perto dele, o desafiando.

-- Ela é a minha companheira, estamos ligados. Você não tem nada a ver com isso, urso. – Falo irritado.

-- Mesmo essa possessividade toda, você inda vai trata-la com um pouco de indiferença. –

-- Você não sabe de nada, urso! Eu estou aqui, não estou? Estou aqui por ela. –

-- Ela não é a sua mãe, nenhuma humana é. Sei que é por isso que não aceita nenhum deles no seu território, a não ser macho. –

-- Sei muito bem que ela não é aquela mulher. – Cruzo os braços. – Somente não mente sei lidar com ela. – Confesso.

-- Trate ela como se fosse alguma fêmea da sua ninhada, mas de um modo diferente. Ela é sua. –

-- Se for fazer isso, somente vou transar com ela e ir embora, nem olho na cara dela. – Reviro os olhos. – E eu sei que ela é minha. –

Falo já andando na direção que sentia o cheiro fraco dela. Bufo com o urso vindo atrás de mim como se fosse meu segurança.

-- Eu sei como encontrar ela. Pode voltar para a sua fêmea. E mantenha aqueles dois filhotes longe da minha ninhada. – Reclamo ao lembrar daqueles dois.

-- Eles gostam de você e agora da Hauyna. – Diz, mas logo começa a rir. – E parasse que você tem um concorrente agora. – Olho para ele.

-- Do que está falando? Se algum dos seus machos se aproximar dela ... –

-- Se acalme. – Continua rindo. – Estou falando do filhote do snake. – Fico confuso. – Ele conheceu hoje ela, assim que ela chegou e ficou todo vermelho quando ela sorriu para ele. Quando cheguei em casa, ele estava conversando com a minha fêmea, falando que achou a sua muito bonita. –

-- Faço aquela onça de comida de tubarão. – Resmungo.

-- É somente um filhote, Galvan. Daqui a pouco ele esquece dela. – Revira os olhos. – E você sabe do shark? –

-- Ele ainda está no mar. Pelo jeito não vai voltar para cá tão cedo. – Dou de ombro.

-- Para ele não está sendo tão ruim, já que ama o mar. –

-- Ele é um tubarão, né! Precisa do mar. – Falo o obvio.

-- Tenho pena da Hay com você. – Resmunga.

Hay?

Deixo isso de canto por enquanto quando paro de frente a uma pequena casa, o cheiro dela estava mais forte aqui. Olho para ele, mostrando que é para ir embora e não me atrapalhar.

Sigo para dentro, paro na porta e me concentro, sentindo um sentimento de calmaria e aquele desconforto ainda.

Ela está dormindo.

Abro a porta devagar, fecho logo atrás de mim e subo aquelas escadas. Torno o nariz ao sentir uns cheiros fortes ao chegar mais perto de onde ela estava.

Assim que abro a porta, vejo algumas coisas no chão, principalmente uns negócios que parecem fitas grandes e branco no chão com sangue, dela. Tinha uma garrafa no chão com o cheiro forte, estava escrito álcool.

Ela estava deitada de lado, com a parte do ferimento para cima, aquela fita grande estava em volta de sua cintura. Me aproximo mais e olho para um franco que estava ao lado dela.

É remédio.

Empurro meu gavião para longe ao ver a merda que ele fez. Por isso que me afastei dela quando sentir que estava começando a entrar no cio. Mas por tentar me distrair tanto, acabei deixando ele pegar o controle para poder caçar e ele foi justamente para ela.

Somente voltei a mim quando já estava dentro dela, com ele mais calmo e já tendo feito a merda que fez.

Solto um suspiro alto. Nunca faria isso com ela. Mesmo que ela me tire do sério falando suas bobagens, ela é minha! Somente não sei como agir perto dela.

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