Meu gavião

Capítulo 13 👩🏿‍🔬🪽

Quando aquele urubu finalmente saiu, fiquei por uns minutos encarando aquelas duas mulheres, enquanto brincava com o filhote de onça.

-- Então, Hauyna, né? – A mulher shifters pergunta se aproximando mais de mim. Somente confirmo. – Como é conviver com aquele carrancudo? Pergunto, porque o snake é muito calado, ele fica mais observando. –

-- Não temos uma relação muito boa. – Dou de ombro. – Mas ele é calado quando quer, observa bastante também, os gestos dele é .... Carinhoso. – Olho para o ferimento de relance. – Ás vezes. --

Assim que ela nota aquele ferimento, arregala os olhos e afasta o filhote um pouco de mim, já que ele estava bem próximo do ferimento.

-- Ele fez isso? Por isso que senti algo forte em vocês dois. – Fala. Ela se aproxima mais e toca minha cintura com cuidado. – Ele é corajoso. – Fico confusa. – Isso poderia te matar. Vocês estão bem ligados, mais que a alma. Se ele se ferir, você sente, e vice e verso. Se ele ou você morrer, bom ... –

Fico por uns minutos desacreditada. Aquele filho da puta sabia disso e mesmo assim fez? Tudo bem que ele não sabia bem o que estava fazendo, mas .... Foda-se! Vou despenar aquele urubu gostoso.

-- Isso está doendo para caralho. – Tampo a boca. – Não repitam isso. – Falo para as crianças.

-- Daqui a uns dois dias já para de doer e será curado. – Informa. – Vocês realmente não podem se separar, ou sentirá muita dor. – Bufo.

-- Então ele estava falando a verdade. – Resmungo.

-- Uma coisa das aves que eu gosto, é que eles não mentem, nunca. – Sorri.

Não fica falando isso fia, se não mudo de ideia sobre ele.

-- Mas parar de falar dos machos, e vamos falar sobre nós. Daqui a pouco o nosso trio vai aumentar. – Ayla diz mexendo o cabelo do seu filhote ursinho.

Nem parece que esse menino tem dois anos, ele fala muito bem, é grandinho e fora que ele é bem fofinho, ainda mais sendo um urso e com o nome teddy.

Com isso, somente consigo me lembrar daquele filme do urso que falava. Amava aquele filme. Um dia eu mostro para ele.

-- O snake me disse que você é policial, ou algo assim. –

-- Sou legista criminal. – Ayla faz careta.

-- Não teria estomago para trabalhar com isso. Mexer com um corpo, deus me livre. – Arqueio a sobrancelha.

-- Você é do exército. – Cruzo os braços.

-- É diferente. – Da de ombro. Dou risada.

-- Se eu pudesse, eu seria medica, amo cuidar das pessoas doente. – Luna fica balançando o bebê em seu colo.

-- Como ele nasceu tão rapido? – Ayla se aproxima dela.

-- Não sabemos ao certo. Mas sabemos que ele puxou mais a genética do pai, e é isso que a gente acha que ele puxou, já que as cobras têm a gestação rápida. –

-- Ele é muito bonito. – Falo admirando os olhos daquele filhote.

-- Ele mal nasceu e snake quer outro. – Dá risada. – Mas eu disse somente quando ele tiver sete anos, ou um pouco mais. –

-- Bruce se deixar ele quer um bando inteiro. – Damos risada. – Você quer ter filhotes, Hauyna? – Pergunta.

-- Eu não sei. – Sorrio de lado. – Acho que não seria uma boa mãe. Apesar da minha mãe sempre fui boa comigo, não tive uma infância tão boa por conta do meu pai. –

-- Eu também não tive uma vida boa. Meus pais queriam me vender para o alfa da minha alcateia, queriam matar o meu irmão, que era somente um bebê, mas eu assim que fiquei gravida, soube que iria fazer de tudo por aquele bebê. Até mesmo antes, já que eu tinha essa oncinha aqui, eu fazia de tudo por ele. – Sorri para o filhote.

-- Eu sempre tive o feito bruto. Mas com esses dois pequenos, eu viro uma manteiga derretida e sei que faria todo por eles. –

-- Ninguém nasce sabendo ser mãe. – Luna diz. – Você vai ver, tudo muda com a chegada desses pequenos serzinhos. -- Ayla confirma.

Elas estão querendo que engravide é?

Imaginar um pequeno serzinho daquele ogro gostoso, ao mesmo que me traz uma felicidade estranha, me traz raiva, ele vai ser a cara daquele traste!

Droga!

-- Vamos acabar logo com isso. – Blon diz já ficando nervoso.

-- Já decidimos o que fazer com os humanos. – Taipan fala dando de ombro.

-- Não podemos simplesmente matar os humanos, taipan! Sua companheira é humana. – Bruce diz. – Estamos sentindo o cheiro dela em você. – Revira os olhos.

-- Eu vi ela caindo. – Comento.

Quando sai para resolver algo, antes de acabar entrar no meu cio e fazer aquela merda, vi um avião de médio porte e algo caindo dele. Foi quando atingiu a minha altura que eu vi que era uma fêmea.

Vi no momento que ela caiu no território do taipan, somente não me aproximei mais, por saber que isso poderia trazer problema.

-- Como ela está? Você não prendeu ela, né? Você não gosta de humanos e não ficaria perto de um se não te chamaria atenção. – Lion o encara.

-- Ela está viva. – Dá de ombro. Reviro os olhos.

Ouço um cantar, olho na direção e vejo um dos meus vindo rápido na onde estávamos. Quando ele pousa ao meu lado, volta para a forma humana, mas antes de dizer algo, olho para cima ao ouvir o trinar de pássaros.

Muitos estavam voando para longe do meu território, olho para a rabina ao meu lado e somente volto para a minha forma animal e voou na direção do meu ninho.

Não escutei nada, então porque essa movimentação toda? Voou o mais rapido que consigo, sentindo um cheiro muito forte de queimado, e mais a frente, noto fumaças.

Desço para o meio das arvores, vendo dois humanos mais à frente. Um estava com arma e o outro com uma tocha com fogo.

Sem pensar muito, vou para cima de um e cravo minhas garras no rosto dele, sentindo algo estourar, e assim que me afasto, noto que foi, os olhos dele.

-- AAH .... AI, AI ... – O outro se aproxima de mim, mas voou para cima. De canto de olho, noto o pássaro que veio comigo pegar um filhote e sua mãe.

-- SEU MALDITO! – Mira aquela coisa para mim, mas noto que estava maior. Deve ser por isso que não ouvi os barulhos.

🌟.....

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