Capítulo 24 👩🏿‍🔬

1.9K 264 43
                                    

É tão estranho o que estou sentindo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

É tão estranho o que estou sentindo ....  Não sei o que falar, não sei o quer pensar. É tão estranho você pensar que até algumas horas atrás você estava com um pequeno ser dentro de si e agora ....  Agora, somente um vazio.

Estava com tanta dor, estava me sufocando com ela e somente um abraço da minha mãe, eu me desabei e comecei a chorar desesperada. Mas quando ele chegou, me lembro de me sentir calma e segura.

Estranhamente eu sentia como se aquela dor, estivesse sendo tirada de mim, sendo sugada. Agora aqui deitada, olhando para ele, me toco ao lembrar que o Bruce me disse sobre essa marque ele me fez.

Sua expressão não está serena, mesmo de olhos fechados, seus olhos se mexem de um lado para o outro, sinto ele tenso, como se tivesse atento a tudo ao seu redor. Me aproximo mais do seu rosto e beijo sua bochecha e canto da boca.

Levanto devagar e com leveza a sua pálpebra, vendo seus olhos agitados e com a coloração de seu gavião. Solto um suspiro, abraço ele e começo a mexer no cabelo dele, para ver se o deixava mais calmo e confortável.

Minha outra mão vai até seu peitoral, sentindo seus batimentos acelerados. Faço carinho ali também, sorrindo quando o ouço suspirar.

A porta é aberta devagarinho, e minha mãe coloca a cabeça para dentro e sorri assim que me vê acordada, logo atrás dela estava o meu tio e irmão. Eles fecham perto e se sentam em volta da cama, olham para o homem na cama.

-- Fui rapido em casa e peguei roupa para ele, de novo. – Sorrio agradecendo.

-- Filha, precisamos conversar. – Mamãe diz um pouco séria.

-- Eu também tenho uma pergunta para vocês dois. – Olho para ela e meu tio.

-- Você está .... Estava gravida desse homem? Ele é um daqueles shifters e ... – Ela se cala e suspira. – Como isso aconteceu, querida? Você somente saiu para curtir suas férias e quando volta, tudo isso aconteceu. –

-- Nem eu sei direito para falar a verdade. – Faço bico. – Eu realmente saí para curtir minhas férias, mas iria para um dos territórios que fica na reserva dos shifters e ... Bom, aconteceu que reencontrei ele e isso deu naquilo e aquilo deu nisso e isso deu nessa conversa constrangedora.  – Sorrio de lado.

-- Ele não é perigoso, querida? – Pergunta receosa.

-- Sim, ele é! Mas ele também é fofo e ....  Somente, não sabe mostrar direito o que está sentindo e as vezes mostra de um jeito errado. Mas garanto uma coisa. – Olho para ele. – Me machucar, isso ele nunca faria. – Olho para a minha mãe. – Sei que ele tentou atacar a senhor e estou muito brava com ele sobre isso e ele sabe. Só que, a floresta, a casa dele foi destruída, os familiares de foi ferido, crianças estavam ali, sei que não justifica, mas só quero dizer que muitas coisas estão sobre ele. Ainda mais isso agora. –

-- Não estou te julgando ou o criticando, querida. Somente, tenho medo que sai ferida. Você ainda é uma garotinha, minha garotinha. – Sorrio meiga.

-- Mãe? A sua garotinha aqui sabe fazer outras garotinhas já. – Ela fica vermelha e olha d relance para Galvan.

-- Pelo amor de deus, garota! – Meu irmão reclama, enquanto meu tio cruza os braços fazendo cara de mal.

-- Nós, respeita. – Dou risada.

-- Mas realmente. – Fico mais séria. – Quero saber sobre uma coisa. – Eles me olham com atenção. – Ele me disse algo que ficou na minha cabeça ....  Pode ter sido somente por dizer, com ironia, sabe? Mas ... Tio? O senhor não deu gaia no seu irmão e ficou com a minha mãe e por acaso do destino ....  Sou sua filha, não é? – O vejo engolir seco.

-- Eu .... É ... – Se enrola.

-- Sim. – Minha mãe diz de uma vez.

-- Por que esconderam esse tempo todo de mim? – Pergunto já me sentindo brava e enganada.

Quando ouvi aquilo saindo da boca daquele homem, não falei nada por conta da dor e também porque achei ter sido por ironia. Mas agora que eu joguei a questão no ar para eles, tenho a verdade.

Sinto Galvan se mexer, mas não acorda, somente me apertando mais contra si. Suspiro e olho para fora.

-- Filha, tem coisas do seu .... Do Roberto que vocês não sabem. E quando descobri sobre você, ele me ameaçou, ele já tinha percebido que não era dele. – Sorri de lado. – Jamal não sabia, decidi não contar, por saber que ele iria brigar com o Roberto e isso não seria bom. Ele somente soube quando foi o seu aniversário de 5 anos. –

-- Por isso que ele me abraçou chorando feito uma menina? – Zombo.

-- Você ainda pode receber puxadas na orelha, garota. – Diz bravo.

-- Veja pelo lado bom, maninha. – Olho para ele. – Agora você sabe da onde saiu a sua feiura. – Encaramos ele.

-- Seu rabo! – Falamos juntos.

(....)

-- Amanhã mesmo você já pode ir embora. – O doutor disse, confirmo com a cabeça. Quando ele se vira para ir embora, se vira um pouco. – Eu sinto muito, Hay. Sinto mesmo. – Doutor Ygor diz e sorri de lado.

-- Dodói Ygor. – O chamo pelo apelido que o chamava. – Obrigada por tudo. – Pisco para ele.

Assim que ele sai, deixo de sorrir abaixo o olhar, olhando para aminha barriga. Deixo de ficar focando nisso e foco no notebook que tem em meu colo. Amanhã que é o último dia de eu juntar provas e incriminar o roberto e tirar a bunda linda do meu companheiro.

Sei que ele terá um castigo pelo que fez, mesmo isso tendo sido para proteger o seu povo, mas pelo menos será algo pequeno. Assim espero.

Falando nele, o mesmo ainda continua dormindo dês daquela hora e não acordoou para nada. Pensei em acorda-lo e fazer comer algo, mas nada que estava dando aqui, ele comia, ou pelo menos, eu nunca vi comer.

Quando eu estava lá, comia as frutas, o que já não estava aguentando. O que sei, é que eles casavam e comia, bom, aqueles que comia carne. Tem pássaros que só comem frutos ou semente e grãos. 

Galvan uma vez vi comendo um pobre de um macaco. Fui lindo vendo ele caçar e ao mesmo tempo triste pelo bichinho morto.

Mas se deus quiser e minha inteligência ajudar, iremos voltar e antes passarei no açougue para pegar várias carnes. Amo uma boa mistura com uma comida bem temperadinha.

Sei que aquele lugar é feito para os pássaros mesmo, tudo lá é moldado para eles, mas gostaria de colocar uns toque a mais.

Sinto Galvan se remexer e sentar uma certa pressa na cama, ele me olha e seus olhos aos poucos vai saindo da coloração amarelada. Ele passa a mão no rosto e cabelos, esse que já estava bem grande, batendo já no peitoral dele.

-- O que aconteceu? – Pergunto.

-- Nada. – Nega e me olha novamente.

Somente confirmo e volto a escrever o relatório que estava planejando usar como apoio das minhas provas. Fora que também que em casa tem câmera, aquilo não servirá de muito, mas dá para usar também.

-- Não precisa fazer esforço para me ajudar. Que qualquer jeito irei ser punido por te matado aquele humano e pelo que fiz com o seu pai. – Olho para ele. Reviro os olhos.

-- Fique quietinho! – Coloco o dedo na boca dele. – Sua dona está querendo trabalhar para tirar o ranzinza dela de ser preso ou algo pior. – Tiro o dedo e dou um selinho nele. – Estou fazendo isso por nós e por ele. – Ele concorda, entendendo o que disse.

🌟....

💬 38

Meu gavião Onde histórias criam vida. Descubra agora