Capítulo 19 👩🏿‍🔬

1.7K 257 64
                                    

-- Sim, eu estou bem

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

-- Sim, eu estou bem. – Sorrio, tirando a minha mão da dele.

-- O que aconteceu com você naquele lugar, Hauyna? -- Me olha sério.

-- Desculpe, senhor. Não entendi. – Fico confusa.

-- Desde que voltou, quando alguém vai te tocar, um homem vai te tocar, você sempre se afasta ou retira a mão antes de ser tocada. – Diz olhando em meus olhos. Fico mais confusa ainda.

-- Nossa. – É somente o que eu digo. – Eu não tinha notado que estava fazendo isso. – Olho para o volante. Realmente não estava notando tanto para isso. – Acho que eu peguei o costume rapidamente dos shifters de toque. –

-- Serio? Aquele homem te tocou e não fez isso. –

-- É para homens ou mulheres, casados. Eles não gostam de outros toques a não ser de seus companheiros. – Explico. Por que eu estou explicando para ele, mesmo?

-- Mas eu não sou casado, e até aonde eu sei, você também não é. – Seus olhos são profundos ao me olhar.

Não totalmente ... Bom, a marca em meu quadril me desmente na hora que me lembro dela.

-- Como eu disse, devo ter pegado essa mania deles. – Dou de ombro.

Ligo o carro, tentando fugir daquela conversa estranha que estava começando a se iniciar. Saio de lá e dirijo para o nosso departamento.

Tenho até 30 horas para achar o culpado, ou é, bay para o Galvan. Como ele é um shifters, será preso pelas leis deles, mas com uma pequena mexida dos meus conselheiros.

Estou sem saber ao certo por onde começar, essa não é bem a minha área de investigação, o que vai dificultar um pouco para mim. Mas eu confio na minha capacidade e sei que irei conseguir.

-- Podemos sair hoje á noite, o que acha, Hauyna? – Pergunta.

-- Me desculpe, senhor. Mas tenho que ir atrás das pistas. – O vejo suspirar.

-- Entendo. – Sorri de lado. Paro na frente da delegacia e estaciono o meu carro.

-- Obrigada por me acompanhar, chefia. – Agradeço ele.

-- Quando quiser, é só me chamar. – Me dá um beijo no canto dos lábios e vai embora.

Isso foi assedio!

Não querendo lidar com isso por agora, saio rapido do carro e vou até a minha sala, reunindo tudo que eu tinha até agora e coloco em uma pequena caixa. Passo pelos meus parceiros de trabalho e volto para o meu carro, colocando as coisas para trás.

Vou trabalhar em casa mesmo, lá vou está mais concentrada e não terá chefe esquisito assediador não. Confesso que essa aproximação dele me deixou surpresa, ele nunca tinha feito isso.

(...)

Quando estaciono o meu carro, noto outro estacionado em cima do gramado, mal estacionado na verdade. Saio do meu carro, pego a caixa e rezo para o meu maninho não esteja em casa.

Assim que abro a porta, ouço uns barulhos estranhos vindo da cozinha. Deixo a caixa em cima da mesinha e vou na direção da mesma. Assim que paro na porta, noto o meu progenitor parado na frente da, minha mãe, a prendendo entre ele e a pia.

-- Sua vadia! Então você estava com ele esse tempo todo? Vou matar vocês dois! – Sua voz estava saindo embriagada.

Quando vejo ele levantar a mão para ela, corro até lá e puxo ele para trás e o empurro, tirando ele de perto dela. Sinto minha mão segurar o meu braço, tenta me manter no lugar.

Uma coisa que herdei dele, foi o meu jeito o meu jeito explosivo de ser, mas sempre escondo atrás de um sorriso.

-- O que pense que está fazendo, seu infeliz! Quer ser preso por agressão? – O encaro.

Ele sorri de lado, parecia um pouco surpreso com a minha presença, mas disfarça com o sorriso arrogante na cara. Ele se aproxima um pouco, mamãe aperta mais um pouco o meu braço.

-- Cuidado, garotinha. – Odeio quando ele me chama assim, isso mostra que ele está disposto a me machucar. – Esse assunto é entre eu e essa vadia aí. – Pego, a primeira coisa que estava na minha frente e ataco nele, vendo o mesmo desviar. Era uma faca.

-- Toma cuidado com o que fala da minha mãe, seu verme. – Me encarando com odeio, ele se aproxima de mim com brutalidade, agarrando o meu cabelo.

-- NÃO! SOLTA ELA. – Ele a empurra e me dá um soco bem no nariz.

Consigo me soltar dele e lê dou outro, só que no olho esquerdo. O empurro para a parede e começo a bater nele. Foda-se que é o meu pai! Ela é a minha mãe.

-- Seu monte de merda. – Ele me chuta para trás. Bato na bancada e me desvio do objeto na mão dele, quando vem para me bater novamente.

Sinto uma dor aguda um pouco abaixo do meu umbigo. Sem notar, ele me puxa novamente, mas é tirado de cima de mim.

-- NÃO TOCA NELA! – Meu tio dá dois socos na cara dele e o empurra, fazendo cair no chão.

Solto um pequeno resmungo pela bancada e por estar sentindo dor, coloco a mão na barriga e me ergo.

-- Veio atrás da sua amante e cuidar da filinha? – Se levanta cambaleando. – A sua sorte, é que eu perdi a minha arma. Quero tanto matar você .... Você.  – Diz a última frase olhando para mim. – Eu perdi a minha careira por sua culpa! Por culpa daquele animal desgraçado! – Fala um pouco embolado.

Ele tenta avançar em mim de novo, mas meu tio entra na minha frente e me coloca um pouco para trás com cuidado. Roberto, meu progenitor, fica o encarando.

-- Vou acabar com vocês. – Saí trombando em tudo e bate na porta com uma certa força.

Me apoio na bancada, sentindo algo descer e fico um pouco confusa. Já está no meu ciclo menstrual? Estava tão ocupada que não estava me lembrando disso.

-- Ei, querida? – Sinto o toque do meu tio nas minha costa e braço.

Levanto a cabeça e olho para ele. Minha mãe estava ao seu lado, seu olhar inquieto e um pouco assustado.

-- Filha, você está pálida. – Me ajeito.

-- Eu estou bem, mãe. Somente minha pressão que caiu, eu não comi nada. – Minto entre partes.

-- Vamos cuidar desses seus ferimentos. – Nego.

-- Eu estou bem, somente vou tomar um banho. – Falo já me virando. Mas paro e os encaro. – Então é com o tio que a senhora está se aventurando? – Ela me encara assustada. – Notei algo estranho assim que eu cheguei. Vocês não disfarçam muito bem a troca de olhares, e somente a família conhece a flor favorita da mamãe. Ela nunca conta para ninguém. E somente o senhor que conhece aquele restaurante que levou eu e ela para almoçar e viu o quão apaixonada ela ficou. –

-- Filha ....  Eu .... – Ela fica quieta ao não saber o que dizer.

-- Tá suave, mãe. Você sendo feliz, é o que importa. – Sorrio. – Fico feliz que seja o tio, ele é um partidão. – Pisco e sorrio ao vê-la corada.  – Cuida dela, tio. –

Sem dizer mais nada, subo para o meu quarto e vou direto para o banheiro, vendo um pouco de sangue ao tirar a minha calça.

🌟....

💬 38

🤔😮

Meu gavião Onde histórias criam vida. Descubra agora