-- Sei ficar fazendo esforços, e muito menos peso, menina. – Doutor Ygor diz enquanto me encara, com a caneta e a prancheta em mãos.
-- Entendi, entendi. Pode assinar, por favor? – Pergunto já ansiosa.
-- Sei que você não vai me ouvir mesmo. – Diz entediado e assina o papel da minha alta. – Aqui estar os remédios que precisa tomar e os horários. Faça tudo certinho. – Sorrio.
-- Pode deixar. – Passa a mão na minha cabeça e se afasta indo embora.
A porta do banheiro é aberta e Galvan sai por ela. Sua expressão não estava nada boa, seu olhar estava sério e sua respiração estava alta.
-- Vou arrancar a mão daquele humano. – Bufa irritado.
-- Ele tem idade para ser o meu pai. – Reviro os olhos dando risada.
Já estávamos trocados, somente pego as minhas coisas e saio daquele quarto, indo para a saída daquele hospital. Solto um suspiro pesado, deixando tudo que aconteceu aqui para trás.
Vou para pedir um taxi, mas um carro para na nossa frente com brutalidade. A janela é aberta e meu irmão aparece, colocando um dos braços para fora se apoiando no mesmo.
-- E aí, gatinha? Pode passar o número? – Brinca piscando o olho.
-- Claro, somente irei falar com o meu marido se ele pega o meu celular e dá para você. – Sorrio de lado. Damos risada o lembrar de uma coisa que passamos.
Abro a porta do carro, entro e Galvan fica encarando o mesmo, mas logo entrando e fechando a porta com força.
-- Tem geladeira na sua casa não? – O homem ao meu lado me encara confuso.
-- Ele é doido, não liga. – Dou de ombro.
-- Brincadeira as partes, mas ... – Olho para meu irmão pelo retrovisor. – O seu celular tocou e atendi. –
-- E quem era? –
-- Do tal de concelho. – Diz baixo. – Eles querem os dois até o fim da tarde, no lugar que ele disse o nome que eu não e lembro. –
-- Que horas temos que está lá? – Suspiro. Não estava com tudo pronto, mas vai ter que ser assim.
-- Ás 17 horas. – Fala calmamente.
-- São 16: 40, Hugo! – Brigo por ele falar em cima da hora.
-- Eles que são culpados, falaram em cima da hora. – Reclama. – Ontem eu estava ocupado e não prestei atenção, esqueci. –
-- Vamos direto para lá então. – Confirma.
Preparada ou não, lá vamos nós.
(...)
Assim que chegamos no local, fui na frente com o Galvan logo atrás de mim, seus olhos variam tudo, analisando cada coisa, cada pessoa, cada movimento mínimo que eles faziam.
-- Ei? Está tudo bem. – Pego em sua mão, apertando de leve.
Entramos na sala interrogatório, todos os conselheiros, tanto dos humanos, quanto dos shifters. Aponto para o um dos lugares para o Galvan e vou para o meu lugar.
-- Senhorita Lemori. – Sorrio em cumprimento. – Chegou até nós sobre a senhorita estar no hospital e que iria sair hoje mesmo, perdoa a gente por não prolongar a data das provas, mas queremos acabar de uma vez com isso. –
-- Ficamos sabendo também ... – Olha de relance para o gavião. – Que um ex policial foi atacado e está no hospital. – Me encara. – E que os ferimentos, foi feito por garras afiadas. – Suspiro.
-- Mesmo que a senhorita tente o proteger, ele mesmo está se condenando. – Me encara sério. – Queremos saber o que está acontecendo, toda ela, sem mentiras. –
-- Mesmo mostrando as provas, a senhorita deve saber que ele ainda ganhara uma punição por matar um humano. Ele descumpriu um tratado que foi feito entre os conselheiros das espécies. – Confirmo ciente daquilo.
-- Mas antes de falar de falar qualquer coisa sobre o ocorrido na floresta. – O mais velho dali se pronuncia. – Foi ele que atacou o ex policial? –
-- Foi. – Antes, mesmo de falar, Galvan se pronuncia.
-- Por que? – O encara.
-- Ele feriu o que é meu, tirou o meu filhote de mim, queimou a minha floresta, quase matou o meu povo. Deveria ter o matado. – Trina.
-- Como já tinha dado algumas informações, senhores. Devo informar que o mandante da queimada da floresta, no território do gavião, Galvan, foi o ex policial roberto Lemori. Ele pelo que parece, contratou os irmãos falecidos, ítalo e Gael. Mas nos registros que foi puxando pelo teste de digital que estava na arma, foi do Paulo O´Connor. Creio que os senhores sabem que ele seja. –
-- Sim, sabemos. – O mais novo disse. – Porque ele atacaria fogo na floresta? Roberto Lemori, é o seu pai, não é? –
-- No registro de nascimento, sim. Mas roberto não é meu pai de sangue, senhor. – Me encara confuso. – Não saberei dizer o real motivo, para os senhores, isso seria somente com ele. Mas creio que foi pela cicatriz na cara dele, e o motivo dele ter ficado cego. – Não posso mentir.
-- E o que isso tem a ver com o gavião? – Cruza os braços.
-- Foi o Galvan que o deixou cego e fez aquela cicatriz nele. -- Conto.
-- Por qual motivo, Alfa Galvan? – Pergunta pela primeira vez um dos conselheiros shifters.
-- Ele tocou na minha fêmea. – Da de ombro.
Ele não estava nem aí para aquilo tudo que estava acontecendo. Por deus.
-- Então o motivo do roberto fazer isso tudo é vingança? –
-- Tudo que indica, sim. – Digo.
-- Mas isso não deixa claro tudo. – Aquele infeliz do agente diz.
-- É só o senhor usar a cabeça e ligar os pontos. – Bufo já impaciente. Nunca fiz isso e não é da minha área. Prefiro mil vezes os meus relatórios. – Galvan fez tudo aquilo para proteger o povo dele, sei que ele não fez certo, não estou justificando o que ele fez, mas uma coisa leva a outra. –
-- Mesmo assim. – Da de ombro.
-- Roberto agiu por vingança. Ele deu a sua arma, que também deveria ter sido recolhida quando ele foi afastado, assim como as outras, para Paulo O´connor que conhecia aqueles dois irmãos por já prender ítalo. Paulo deu a arma e já sabem o que aconteceu. Galvan ao tentar proteger os seus, ele os atacou, matou sim, Gael Gomes, mas não seu irmão ítalo. Vocês não tiveram nada que comprovasse sobre isso a não ser aranhadas no braço, ele foi morto por sufocamento e com algumas costelas quebradas. --
-- Compreendemos isso, senhorita Lemori, e agradecemos a sua ajuda por querer proteger um dos nossos. – Um homem com os olhos todo dilatado e em volta que deveria ser a bolota branca, é acinzentada. – Mas eu gostaria que o Galvan falasse um pouco. – A atenção vai para o macho atrás de mim.
-- Eu fiz tudo que ela disse, não me arrependo e faço de novo se outros atacar.--
🌟....
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Reta final. Mais uns 4 talvez.
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Meu gavião
FanfictionUma logista criminal em uma floresta ... O que pode dar de errado? Saga shifters: 1 Meu Macho× 2 Meu Urso × 3 Meu Gavião × 4 Meu Snake 5 Meu Shark 6 Meu Hunter ➕ 🔞