Abro os olhos ao sentir dor quando me viro para o outro lado. Me sento com calma na cama e resmungo alto. Assim que tinha tomado um banho, enfaixei o ferimento e tive que passar um pouco de álcool para limpar.
Fui do céu ao inferno em minutos.
Como estava com fome, desci para preparar algo para comer e fiz um sanduiche e um suco, na bancada, tinha um copo com algo com o cheiro muito forte e um bilhete ao lado.
'' Te ajudará com a dor. É para beber tudo, mocinha! ''
Sorrio ao saber que isso foi obra do ursinho. Mesmo com um pouquinho de nojo, tomei tudo e arrotei, dou risada.
Quando terminei, vim tirar um cochilo, mas tinha notado voltou a sangrar e tive que trocar o ferimento, meus olhos se encheram de lagrima, essa merda estava doendo como para porra.
Consegui dormir, acho que aquele negócio ruim que Bruce me deu, me derrubou e consegui dormir.
Passo a mão no rosto e me sento na cama e coloco os pés para fora, quando vou me abaixar, fico confusa ao não ver que as coisas que eu tinha deixado no chão, não estava mais ali.
Me levanto com cuidado, indo direto para o banheiro, lavo meu rosto que estava um pouco pálido e escovo os dentes. Passo a toalha secando o rosto e saio do banheiro, indo para a porta e sair, mas a mesma é aberta e vejo quem eu menos queria ver.
Por culpa desse ... desses filhos da puta, eu estou com quatro arrombo na cintura e está doendo.
-- O que você está fazendo aqui? - Passo por ele e começo a descer as escadas.
-- Por que você foi ... - Ele se cala, ficando uns minutos quieto. - Você está bem? - Aponta para ferimento.
-- Perfeita. - Digo e vou para a cozinha.
-- Está mentindo. Consigo sentir o seu incomodo. - Paro no lugar.
-- Então por que perguntou? - Falo com grosseria.
Abro a geladeira, vou para pegar a jará de água e fico igual uma mulher gravida. Solto um suspiro. Aquele treco é realmente bom, no efeito, eu me refiro. Não estou sentindo dor, somente um pequeno incomodo, como se tivessem me beliscando.
-- Eu não quis fazer isso. Não estava no controle. Mas eu sinto muito. - Abaixa o olhar.
Não falo nada, querendo que ele por agora, vá embora, porque nesse momento, eu somente quero arranhas a cara dele.
Bebo dos copos de água, sentindo minha garganta ressecada de mais. Noto de canto, ainda bebendo a água, vejo ele se aproximando de mim e toca com delicadeza o ferimento.
-- Ficou muito fundo. - Olho com sarcasmo para ele.
-- Jura? Não sabia que a garra da porra de um gavião real é 12, 3 centímetros. - Reviro os olhos.
-- .... Na verdade, são as fêmeas que tem essa numeração. Nós machos temos 8, 6. - Ataco o pano nele e me afasto irritada.
-- Sai daqui, Galvan. - Mando.
Olho para ela, vendo a mesma irritada, enquanto mexia na panela, da onde saía um cheiro bom.Já sabia que ela estaria irritada comigo, e tem total razão, mas ainda me sinto mal com ela me tratando assim, sei que é por conta dá nós ligação agora, e ela sente, somente está ignorando.
Eu não fazia isso com ela, somente falava as vezes com grosseria, mas esse é o meu jeito de ser, sempre fui assim. Pesar de ter bastante fêmeas no meu ninho, eu não me aproximava delas, somente quando entrava no cio e tinha que me aliviar.
Mas quando a conheci dois anos atrás, nunca mais encostei em nenhuma delas, até porque, o meu gavião não aceitava elas.
Mesmo que ela foi embora, nunca deixei de vê-la, naqueles dois anos, eu ia no mundo humano e vigiava ela.
Para ter a certeza que estaria bem e que nenhum macho se aproximaria dela!
E em uma dessas idas, vi o que o pai dela fez, vi quando ele levantou a mão para ela e deu em seu rosto, quando ele saiu, garrou uma bela de uma cicatriz em seu rosto, depois disso nunca mais voltou na casa dela.
Mas pelo tempo, eu tive que parar de ir, o concelho descobriu e disse para parar, mesmo eu sendo o único alfa que tem acesso a cidade, tinha meus limites, e os humanos estavam achando que eu estava querendo fazer algo de ruim no mundo deles.
Realmente no começo não queria, foi uma surpresa quando descobri que seria uma humana a minha fêmea. Tentei me afastar de todas as formas, mas quando um dos meus morreu e que o taipan quase avançou nela, tive que interver.
-- Vai embora, Galvan. - Manda novamente.
-- Já disse que eu quero ficar sozinha. Nesse momento olhar para a sua cara, está me dando vontade de arranhar sua cara inteira. - Praticamente rosna.
-- Já disse que eu não queria. E também não foi a minha culpa. Não tive controle daquilo. Por que você não me parou? -
-- ... Eu tentei. - Dá de ombro. - Mas o seu corpo me deixou mais distraído e com tesão. Mas olha a merda que me causou! - Revira os olhos.
-- Então, não me culpe também. - Resmungo.
-- Olha! Só .... Vai, embora. - Sinto meu gavião se encolher pelo tom dela.
-- Você tem que voltar comigo. - Ela dá risada.
-- Até ontem estava falando para ir embora, agora quer que eu fique? -
-- Só não sei como lidar com você, somente isso. E fiquei com raiva que foi embora, nem falou nada. - Ela não precisa saber que estava sempre vigiando ela e que foi eu que fiz aquilo na cara do pai dela.
-- Você nunca deixou claro que sentia algo por mim, até agora, na verdade. -
-- Eu estou aqui, é o meu motivo de mostrar que gosto. Não sou de ficar falando, mas faço mais por gestos. -
Ela fica quieta, mas sei que estava me olhando de canto, sinto o seu olhar queimar em mim.
Ouço baterem na porta, me levanto antes dela ir até lá e quando abro, vejo a fêmea do urso e os três filhotes, um sendo uma onça.
Encaro ele, sabendo que é esse que o Bruce me disse. Sem eu deixar, o filhote de raposa e urso entram correndo, já o outro pede licença e somente entra correndo atrás dos outros. Deixo a fêmea para trás e volto para a cozinha.
🌟....
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Meu gavião
أدب الهواةUma logista criminal em uma floresta ... O que pode dar de errado? Saga shifters: 1 Meu Macho× 2 Meu Urso × 3 Meu Gavião × 4 Meu Snake 5 Meu Shark 6 Meu Hunter ➕ 🔞