Capítulo 2 👩🏿‍🔬

2.7K 326 58
                                    

-- Ai, Ai

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

-- Ai, Ai. - Puxo minha perna, mas o paramédico puxa com cuidado de volta. - Isso doí, cara. - Choramingo.

-- Como você é uma legista criminal? - Reclama pelo meu drama.

-- Mexo com morto e pistas, não com ferimentos. Não sou médica. - Cruzo os braços e viro minha cabeça para o lado.

Mexeu com o meu ego.

Ele praticamente me chamou de criança. Vagabundo!

De canto, vejo os policiais levando aqueles desgraçados para a viatura. O Galvan estava ao lado do ursinho loiro, os dois conversavam.

Quando fui embora, não tive tempo de me despedir de ninguém. Tivemos que sair as presas daqui por conta da ayla, ela estava entre a vida e a morte, dei a minha palavra ao ursinho que ia cuidar dela, já que ele não podia sair daqui.

Fiquei com ela no hospital e ficava mandando notícias para ele através do Ruan que foi o que ficou, os outros voltam para o quartel, já que a missão deles tinha concluído. Mas viam todos os dias aqui.

Quando ela melhorou, queria voltar com ela e me despedir direito de todos, mas não tive a chance novamente, já que meu chefe me deu uma nova investigação.

Fiquei dois anos longe desse lugar, não tive mais coragem de voltar, não tinha motivo também, já que conversava com a Ayla e com os filhotes pelo celular.

Não vou mentir, senti saudade desse gavião gostoso. Não sei dizer, algo me puxa para ele, sinto algo vindo dele que me atrai.

-- Pronto. - O médico diz, se afastando de mim.

-- Que demora. - Reclamo alto, somente para ele escutar mesmo.

Ele me encara com tedio, mostro a língua para ele e vou na direção daqueles dois. Estou parecendo uma véia manca. Que raiva.

-- Oi, fêmea. - O urso me cumprimenta sorridente.

-- Oi, Bruce. Como a ayla está? - Noto seu sorrisinho bobo.

-- Gravida. - É notável o seu orgulho na voz.

-- Fico feliz por vocês. - Ele me abraça de lado.

Quando olho para o pombo correio há minha frente, o mesmo estava de braços cruzados e cara fechadas.

-- Bom, eu fico tranquilo que vocês estejam bem. Tenho que voltar para o meu bando. - Falo o urso.

-- Mantenha aqueles ursos cinzas longe da minha área. - O ranzinza manda.

-- Tudo bem, galvan. - Com um aceno, dou tchau para ele e o mesmo vai embora.

-- Biologia não é minha área, mas que eu saiba e me lembro, ele é um urso pardo, não é? Urso cinza, apesar de ser quase ou até mesmo parente dos pardos ... Por que você está dando as costas para mim? - Resmungo quando ele simplesmente me deixa falando sozinha e sai.

Vou atrás dele com a perna ainda doendo. Deveria ter pedido aquele paramédico uma muleta, a não, aí mesmo que iria ficar parecendo uma velha.

-- Para de ficar atrás de mim, humana! - Diz o urubu gostoso.

-- Urubu? Me diga, você não transa a muito tempo, né? - Noto ele respirar fundo. - Dá para notar por conta de ser tão chato. - Reviro os olhos. -- Você é bonito, um gostoso na verdade. Então, qual é o seu problema? Você transa mal? Você fede? Urubu geralmente é um serzinho fedido. -

Continuamos andando pela floresta com ele me ignorando. Sorrio de lado e prendo meu cabelo em um coque perfeito.

-- Olha, vou dá uma dica para você, valoriza, hein. Eu, por exemplo, faço sexo quatro dias na semana, assim eu fico relaxada e.. - Arfo quando ele se vira rápido e me prende na árvore.

-- Fica quieta, fêmea! Não quero saber com quantos machos você.. -Ele se cala e solta um tipo de rosnado.

-- Não sabia que aves rosnava. - Ele me encara com raiva, olha para minha boca, mas logo me solta e volta a andar.

Faltou pouco.. Droga!

Via suas mãos em punho, como se ele tivesse tentando se controlar. Ele deve estar querendo me dá uns boxes.

Sou chata pra caralho.

-- Volta para sua cidade. Aqui não é o seu lugar. - Manda. Essa doeu.

-- Meu lugar, é aonde eu quiser. - Cruzo os braços.

Quando dou outro passo, tropeço em algo e quando vou para o chão, braços fortes me segura e puxa para si. Olho nos olhos dele, que estava um pouco dilatado e com um brilho a mais.

-- É nessa hora, que você pode me beijar. - Falo sorrindo, mas paro quando ele me afasta de si. - Que é, cara? Sou feia para você, é. - Bufo frustrada.

-- É. - Paro no lugar.

-- Não era uma pergunta, seu babaca. - Meu ego foi para o lixo agora. - Quer saber, que se exploda, você. - Falo brava e vou por outro lugar.

Deixei o meu carro na entrada da reserva. Não faço a menor ideia de como chego lá. Os filhotes que estavam me conduzindo.

(....)

Pego meu celular novamente e vejo ás horas, 20: 38 da noite. Não parei de andar dês de que me separei daquele tonto, e ele nem veio atrás de mim. Vagabundo!

Já está escurecendo, já escureceu, na verdade. Está um frio desgraçado e estou desagasalhada.

Inferno. Infeerrnooo!

Está me batendo uma larica, morrendo de fome. Se aparecer um boi, como inteirinho. Não aguentando mais ficar em pé, me sento no chão, perto de uma arvore e me encosto, tentando me aquecer.

-- Maravilha. - Bato palmas, quando sinto pingos de chuva cair no meu rosto. - Obrigada, mamãe natureza, você é tão maravilhosa. Sei que eu estou fedendo, mas não precisava ser água gelada, não dava para dar uma esquentada, não? -- Pergunto com sarcasmo.

Me encolho mais, respiro fundo e fico sentindo aquele friozinho gostoso, com aquela chuva maravilhosa. Amanhã eu já esto0u doente, com toda a certeza.

Sou muito fácil de ficar doente.

Inferno!

Fecho meus olhos por uns minutos, mas acabo deixando o sono me vencer e caio no sono, em meio daquela chuva.

(....)

Sinto algo quente passar por mim, abro os olhos assustada e vejo uma cabeleira loira abaixado perto de mim. Demora uns minutos para o meu cérebro fazer o Loading.

Tá, ele já fez..

-- O que você quer? - Cruzo os braços. Notando que ainda chovia e que eu estava encharcada.

-- O que ainda faz aqui? - Responde, fazendo outra pergunta.

-- Por que quer saber? - Me afasto mais um pouco. - Não falou para eu parar de seguir você? Eu parei. -

-- Você parou, porque eu disse que era feia. - Reviro os olhos.

-- Vai catar co ... - Me calo, quando dou um espiro. - Merda. - Outro.

-- Vamos. - Ele molhado, é inda mais gotoso e ... Agora que eu vi, ele está nuzinho.

Não fica olhando, não fica olhando, não fica olhando, não fica.

🌟 100

💬 38

Meu gavião Onde histórias criam vida. Descubra agora