Capítulo 16 👩🏿‍🔬

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-- Eu acho melhor você esperar um pouco

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-- Eu acho melhor você esperar um pouco. Tem certeza que quer ir? Leve pelo menos um do ninho. - Bruce repete pela decima vez a mesma coisa.

-- Bruce? Eu tenho que tentar tirar o bunda do Galvan da reta. Sabe que se eles levar mais a fundo esse caso da morte dos humanos, não vamos ter muito o que fazer para impedir que levem ele. - Termino de fechar a minha pequena bolsa.

Irei para a cidade, vou levar pouca coisa. Galvan ainda está desacordado, Carol disse que foi devido a fumaça que ele inalou e que as aves, são as mais frágeis em certas coisas, principalmente em ferimentos.

Vou rapido e voltar mais rapido ainda se tudo der certo. O que espero que dê, não estou afim de esmurrar a cara de alguns policiais.

Seria mais fácil se os humanos estivessem vivos, assim ficaria mais fácil, mas estando na cidade, posso investigar quem é o mandante, por que com toda a certeza tem. Humanos são idiotas sozinho, mas eles sempre seguem um líder.

Irei descobrir quem é.

-- Leve pelo menos algum dos pássaros. - Pede novamente. - Ficarei mais tranquilo e também assim que Galvan acordar e não ver você aqui, vai pirar. - Faz bico. - Fora também que vocês dois não podem ficar muito tempo longe um do outro. -

-- Tem isso também. - Reclamo. - Volto daqui a dois dias. Prometo. -

-- Está bem. - Suspira derrotado. - Somente tome cuidado. - Praticamente manda.

-- Sim, senhor. - Bato continência.

Ele dá risada e me dá um pequeno abraço, mas me solta rapido. Rio disso e sigo para sair da casa que estava.

Dou um beijo na bochecha dele e saio, indo na direção da floresta, especificamente onde foi queimado. Irei tentar achar alguma coisa. Não tive tempo para parar e analisar o ambiente.

Quando saí da onde será o novo ninho das aves, liguei direto para o meu chefe e falei que estaria voltando e que queria participar da investigação do ataque do pássaro shifters. É assim que eles estão chamando.

Como eles não sabem que eu estou ''junto'' com aquele urubu gostoso, será mais fácil, e foi na verdade. Ele me aceitou participar.

Assim que adentro o local, pego o pano úmido que eu tinha deixado já separado e coloco na frente do nariz, dando um jeito de amarar no meu rosto. Pego a lanterna, começando a iluminar aonde eu pisava.

Já estava começando a escurecer, o que tenho que ser rápida antes que fique difícil de achar algo.

Vou até as arvores, procurando alguma bala que ficou alojada ali. Pego minha câmera que sempre carrego comigo na bolsa e miro na arvore, onde vejo sangue em um dos galhos e um buraco logo atrás.

Galvan\ tiro

Olho para baixo e noto o mato amassados, me aproximo e mais abaixo, tinha uma pegada de um sapato de numeração 40 a 41, tiro foto. Fico do lado dessa pegada e piso na mesma, imaginando a posição que o cara ficou.

Olho para a árvore que tinha o galho manchado de sangue e miro uma arma imaginaria. Mas não bate muito. Movo mais a minha perna para o lado, viro para trás e analiso.

Posição assim é de proteção ou luta. Mas não teria sido de luta, se o Galvan estava na sua forma animal e em cima da árvore. Mas foi daqui que ele atirou.

Mas, e o outro homem?

Quando peguei o Galvan, notei que a garra dele estava com sangue. Ele deve ter ferido o outro homem e o que estava com arma estava o protegendo, foi quando atirou no Galvan que estava no galho.

E as outras aves? Me aproximo da onde estava o falcão ferido, me abaixo, vendo algumas penas ali. Tiro foto.

Está embaraçado.

Fico um tempo parada, tentando entender o cenário do que aconteceu aqui. Ouço um barulho vindo do mato, quando me viro, tomo um susto ao ver uma grande cobra atrás de mim.

Mas suspiro quando volta a forma humana, mostrando o estressado. Ele me encara por um tempo, mas desvio o olhar para não fazer o mesmo.

Ele estava pelado.

-- Viemos ajudar, humana. - Diz com um tom frio.

-- Viemos? - Mal termino de falar e o gorila aparece com toda a sua gloria.

Negão da porra!

-- O que quer que a gente faça? - Pergunta me olhando de cima.

Típico para um líder. Eles não gostam da minha presença, isso os mesmo deixam claro, mas estão dispostos a ajudar.

-- Nenhum dos dois sentem cheiro muito bem, né? - Me viro de costas para os mesmos.

-- O meu é melhor que o dele. - A cobra diz.

-- Preciso saber aonde estava o segundo cara. - Me aproximo do lugar que sei que o outro estava. - Um estava aqui, isso eu sei. - Mostro a posição.

Sem dizer nada, ele volta na forma animal e começa a andar pelo espaço, evitando onde estava queimando, enquanto mostrava a sua língua.

-- Pode me ajudar a procurar a arma que ele estava? A arma quando é disparada, tem um cheiro forte. Se encontrar, não pegue. -

-- Por que? - Cruza os braços. Sinal que está me desafiando.

-- Porque vai ficar a suas digitais, e quando for examinar a arma, vai aparecer a sua e a daquele homem, ou seja, você também vai se tornar um suspeito. - Zombo.

Ele solta um pequeno rugido e sai pisando duro para o outro lado, onde ele acertou aquele homem.

Vou um pouco mais para frente, vendo as munições vazias no chão. Tiro foto e pego com um paninho e coloco no saquinho. Me viro e caiu no chão, ao tomar um susto com a cobra atrás de mim.

-- Dá para vocês pararem com essa merda! Que saco. - Resmungo e me levanto. No momento que ele volta para sua forma humana.

-- Aqui. - Diz. - O outro humano que o Galvan feriu estava deitado no chão. Ele veio de lá. Ele que colocou fogo na floresta. -

-- Tá. - Suspiro. Ainda está um pouco confuso. - O armado estava aqui. - Volta para aquela posição. E miro a arma falta. - O outro deitado no chão ferido. Galvan no galho da árvore talvez já ferido também. Pelo ferimento dele estar mais manchado de sangue, e o sangue estava um pouco seco no braço ... -

Vejo o gorila se aproximando, mas continuo focada para não perder o meu raciocínio do momento.

-- Os dois falcões e a águia vieram naquela direção, já que ali tem mais penas e o homem ferido estava virado para o lado naquela direção. As pessoas que tentam ajudar sempre se ferram e ficam do mesmo lado que veio. -

-- Como consegue fazer isso? - Me viro para ele.

-- Muito estudo. - Faço careta.

-- Aqui. - Me estende a pistola. Ele estava com um pano.

O meu pano! Como eles conseguem ser silenciosos?

Pego o saco, quando vou esticar para ele colocar dentro, noto algo na pistola. Pego as balas e analiso bem elas.

-- Mas essa pistola é ... - Me calo, ficando confusa e surpresa.

🌟....

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