Capítulo 15 👩🏿‍🔬

1.8K 264 42
                                    

Me escoro a cabeça na parede ao me sentar no banco do hospital

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Me escoro a cabeça na parede ao me sentar no banco do hospital. Desde hoje de manhã eu não parei sentada, estava resolvendo sobre incêndio que teve no ninho. Aquela porra queimou graças a deus pouco do território, mas o suficiente para ser aonde eles ficam.

Fora um dos falcões, a águia que se queimou de leve, o Galvan, mais duas pessoas se feriram e uma criança. Trouxe eles para a reserva, o hospital, já que lá não tem isso e não tem nem cabimento de leva-los para a cidade.

-- Deveria descansar, hay. – Olho para o meu lado, vendo o Bruce ali.

Não notei ele chegando.

-- Ainda aguento ficar de pé. Fiquei dias sem dormir por umas investigações, aqui está sendo moleza. – Sorrio de lado.

-- Você está sentindo dor. – Confirma me encarando. – Estou sentido isso vindo de você. –

-- É o meu braço, daqui a pouco para. – Dou de ombro, mas me arrependo um pouco.

-- Descansa um pouco. Eu prometo te chamar quando ele acordar. – Solto um suspiro. – Você está ajudando a todos, mas não está ajudando a si mesma. –

-- Você tem alma de ancião, Bruce. – Ele dá risada. – Vou tentar, mas não sairei daqui. Prometi para uma das fêmeas que é mãe do filhotinho ficar com ele até ela voltar. – Ele confirma.

-- Vem. – Me puxa para si, encostando a minha cabeça em seu ombro.

-- Achei que ficavam desconfortáveis quando outras mulheres tocassem em vocês. –

-- E ficamos. Mas você está precisando de apoio, e não irei negar. – Faço bico e acabo abraçando ele.

-- Aí, Bruce. Vou colocar você em um pote e levar para casa. – Ele sorri.

Solto ele e volto a deixa a minha cabeça no ombro dele, mas relaxo mesmo quando ele começa a fazer carinho na minha cabeça. Fecho meus olhos e permito dormir um pouco, amanhã tenho muito o que fazer.

(.....)

Me sento rapido na cadeira, abro os olhos e olho para os lados, vendo a fêmea sentada na minha frente.

-- Me desculpe, senhora. – Noto ela ficar vermelha. – Somente queria avisar que já cheguei. – Fico uns minutos olhando para ela, tentando que minha alma voltasse para o corpo.

-- Ah ... Ok. – Coço os olhos e percebo que estava em um quarto. – Quem me trouxe para cá? –

-- Foi o urso. Foi o que a enfermeira disse, pelo menos. – Confirmo.

-- Como está lá? – Me levanto e me espreguiço.

-- Muitos estão ajudando alguns a tentar reconstruir as casas, mas com as árvores queimadas, está difícil. – Abaixa o olhar.

Coloco a mão no ombro dela e sorrio, dizendo que ficara tudo bem e que poderia ir ver o filhote dela.

Saio daquele hospital e vou na direção da floresta, querendo chegar aonde fica o território das aves. Não é tão longe daqui, mas também não é perto. Vai entender.

Meu gavião Onde histórias criam vida. Descubra agora