10 Capítulo Enquanto isso no Brasil.

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Martina tinha ido à casa da avó em Gramado com sua amiga Marcela. Sua avó foi buscá-las no aeroporto. Quando a encontrou, abraçou a neta e ficou muito feliz em vê-la. Quando Martina chegou à casa da avó, disse:

- Vó, sua casa é linda e maravilhosa!

Ela já chegou olhando tudo: foi aos quartos, à sala, à sala de estar, à sala de jantar, à cozinha e ao jardim, onde tinha a piscina. Ela ficou muito alegre com a casa da avó.

- E cadê minha prima, a Lana? Não estava aqui com a senhora?

- Ela viajou.

- Viajou para onde?

- Eu vou ligar para sua mãe mais tarde, aí você vai ficar sabendo.

- Está bem. Aonde posso colocar minhas coisas?

- Pode escolher um dos quartos lá em cima.

Ela foi junto com Marcela.

- Essa é a neta da senhora também, bem diferente da outra, disse Neli.

- Sim, as duas são bem diferentes.

As duas riram.

No quarto onde Martina estava com a amiga, ela pegou o telefone e ligou para sua mãe.

No quarto onde Martina estava com a amiga, ela pegou o telefone e ligou para sua mãe

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- Alô, mãe.

- Sim, filha.

- A Lana não está aqui. A vovó disse que ela foi viajar e depois vai ligar para a senhora.

- Mas ela viajou para onde?

- Não sei, a vó não me falou. Disse que eu ia saber quando ela ligasse para a senhora.

- Está bem, eu mesma vou ligar para sua avó.

Alguns minutos depois...

O telefone da dona Adélia toca. Era sua filha Lúcia.

- Alô, mãe.

- Filha, que bom que ligou, minha querida.

Lúcia ouviu sua mãe dizer isso e ficou surpresa, porque ela e sua mãe não se tratavam bem uma à outra.

- Mãe, para onde a Lana viajou e por que eu não fui informada?

- Filha, a Lana foi para a Coreia do Sul encontrar seu pai.

- O que?! Coreia sem ao menos me dizer? E como aquela louca vai encontrar o pai sem nenhuma informação? E sabe-se lá se ele está vivo ainda.

- Filha, se ela te pedisse, você não iria deixar? Por isso, dei todo o meu apoio, inclusive financeiro. Embora Lana tenha juntado um bom dinheiro com o trabalho dela, fiquei sabendo que ela trabalhava demais.

- Lana inventou coisas para a senhora. Aquela ingrata nem ao menos me ligou para dizer nada; só tinha deixado uma carta. E como vai encontrar o pai naquela cidade enorme?

- Acredite, as informações que ela tinha, ela vai conseguir encontrar o pai dela. E o principal de tudo isso é Deus, que está guiando-a.

- Eu não acredito que agora a senhora está falando igual à Lana, porque ela só sabia falar de Deus o tempo todo.

- Não só acredito, como estou indo na mesma igreja que ela. Deus tem me abençoado. E filha, quero te pedir perdão por tudo o que eu te fiz. Eu te amo.

Do outro lado da linha, Lúcia ficou em silêncio por uns instantes.

- Mãe, vou desligar e avise a Martina que, na segunda, ela deve estar de volta, pois na terça-feira ela tem aula. Tchau.

- Dona Adélia era sua filha.

- Sim, Neli, fazia tempo que não conversava com ela. Assim, senti um alívio tão grande; como Deus é bom! Percebi que ela ficou pensativa com minhas palavras, mas sei que Deus vai abençoar minha filha.

Depois, chegou seu marido, Charles, e foram todos jantar. A Martina, por mais que fosse uma menina mimada, gostou muito do Charles e também gostava de sua avó.

Em Campos do Jordão...

Quando Douglas chegou do trabalho, Lúcia foi logo contar a ele que Lana tinha ido para a Coreia do Sul atrás de seu pai.

- Nossa, a Coreia do Sul é outro país, e ela foi sozinha ou com algum amigo dela?

- Foi sozinha e nem teve coragem de me dizer.

- Querida, o que foi que te falei? Você era muito rígida com ela. Se ela te falasse, você não a deixaria ir.

- E não deixava mesmo! A minha mãe ainda apoiou, acredita?

Ele a abraçou e disse para ela se acalmar, e logo Lana estaria de volta.



Obrigado, Deus abençoe.

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