- Theo abra a porta, sei que está em casa. - Elizabeth gritou batendo na porta do apartamento pela quarta vez, e ele sendo birrento do jeito que era, não foi abrir. - Preciso falar com você, é importante. - Pediu. Novamente silêncio. - Theo. - Berrou novamente, começando a se perguntar se ele realmente estava em casa.
- O que quer? - Theo perguntou secamente após abrir a porta. Seus olhos a analisaram de cima a baixo, com uma postura nada amigável que gritava o quanto estava chateado.
- Conversar. - Declarou lhe afastando com a mão para adentrar o local. - Tenho boas notícias. - Falou animada o seguindo até a cozinha. Diferente do seu apartamento, a cozinha de Theo não era no formato americano isolada da sala por uma "ilha", na verdade sr parecia com a casa dos pais, e ficava no finalzinho do corredor.
- Aquela sua amiga morreu? - Perguntou expectante. - Então o que é? – Retornou amargo após ter recebido um não.
- Simas saiu do cargo. - Elizabeth despejou contente vendo o irmão se mover pelo espaço.
- Hãm. - Soltou confuso lhe passando dois pratos, que supôs, eram para o jantar. - Qual Simas? - Perguntou vasculhando o armário. Elizabeth respirou fundo antes de lhe responder.
- Eduardo Simas, o detetive incompetente que cuidou do caso de mamãe. - Contou pegando os copos e talheres de sua mão. - Agora que ele finalmente saiu do cargo, podemos pedir a revisão do caso. - Explicou vendo- o colocar um jarro com suco de maracujá na mesa. Aos seus olhos, Theo parecia distraído.
- Entendi. Acho que podemos fazer isso. - Concordou ajustando os talheres por ela colocados. Definitivamente, não estava normal. - Como ficou sabendo? - Devolveu, mas não tão interessado quanto Elizabeth esperava que ficasse.
- Cléo me contou. - Respondeu. Se afastando, Theo foi para perto do fogão. - O carro dela foi roubado hoje, então ela precisou passar na polícia. - Esclareceu dando de ombros.
- Como assim, como ela está? - Theo se voltou para ela alarmado.
- Está bem. Você viu ela hoje. - Elizabeth respondeu com ar de entediada. Seguiu-se um breve momento de silêncio antes que perguntasse: - Theo, você está bem? - Na sua visão, ele estava muito estranho.
- Não. - Respondeu.
- Se é sobre a Kim, eu...
- E também não quero falar sobre. - Determinou lhe interrompendo a fala.- E como faremos, falamos primeiro com nosso pai ou com o tal capitão? - Inqueriu pousando a panela com risoto na base sobre a mesa.
- Pensei em falar com o capitão primeiro, ver se ele presta mais atenção em nós e menos nos rumores. - Respondeu a jovem. Acenando com a cabeça Theo deu a entender que concordava com a irmã, e assim ficou resolvido. - E depois, podemos pedir ajuda para Naninha, e falar com nosso pai. - Sugeriu para ver em seguida um sorriso desenhar seus lábios. O mesmo sorriso de quando estava para lhe provocar. Elizabeth estreitou os olhos esperando a provocação.
- Elizabetizinha, não vive sem Naninha. - Implicou alargando seu sorriso. - Criancinha linda. - Disse fazendo cara de mimo. Em resposta, a menina olhou para a mesa vendo se havia alguma coisa que pudesse tacar nele. Haviam muitas. - Calma, calma, estava apenas brincando. - Pediu fazendo gestos para que ela abaixasse o garfo que sustentava no ar.
- Morre mais cedo se continuar me provocando. - Ameaçou tomando assento.
- Calma florzinha, estava só brincando. - Sentando de frente para ela, falsamente se desculpou. - Deixemos Dona Ana de lado por agora, vamos tentar resolver. Se não der certo, aí sim chamamos a cavalaria. - Informou começando a servir-se. Sabia que não seria fácil convencer seu pai, e nem sabia se poderiam lhe convencer a aceitar... Mas havia decidido que fosse qual fosse a reação do senhor, faria tudo ao seu alcance para manter a paz.
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O Segredo da Mentira.
Mystery / Thriller🥇 Crime - Suspense/ Concurso Alice in Borderland. Em meados de 2012, Theo e Elizabeth, dois jovens alegres e cheios de vida, viram suas vidas mudar com a morte prematura de sua mãe. Frustrados, os dois se vêem de mãos atadas e não podem fazer nad...