11- De la rose.

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Já faziam seis anos.

Seis longos anos desde que perderam Mariana. Seis longos anos desde que seus mundou mudaram. Seis, desde que as luzes se apagaram e a escuridão reinou.

Uma família se quebrou naqueles anos de dor, raiva e incerteza. Tentaram, mas nunca mais foram os mesmos.

E aquele  assassino, o mesmo que havia lhes desgraçado a vida,  ainda não havia ido ao tribunal. Nem ao menos, sabiam de quem se tratava.

Coisa que, todo dia deixava Elizabeth mais estressada. Pensar que poderia ter as cruzado com ele, em alguma rua, sorrido, e no final, descobrir nele o culpado.... Não, não se considerava capaz de lidar com tal facto se fosse verdade.

Theodor contratou, com o dinheiro que lhe deu seu tio, um detetive particular seis meses após a morte de Mariana, mas esse também não teve êxito. Sua falta de êxito foi uma só: Simas. O capitão convenceu o detetive contratado a abandonar o caso de Mariana, porque segundo ele, nunca chegaria ao fim.

E o que mais irritou aquela menina não mais tão sorridente, foi que o tal detetive aceitou o argumento infundado do  Simas e de facto largou o caso. Assim, como se fosse apenas preciso uma opinião qualquer para desistir de toda uma investigação... Ela se entristeceu bastante, e então surgiu Anderson, que  convenceu os filhos a parar.

Argumentou que seria bom passar pelo período de adaptação primeiro, e só depois ir atrás do assassino.

E foi o que fizeram. Ouviram o pai e pararam. E  até tentaram se convencer do que dizia Simas, tentaram voltar a ser o que eram antes. Mas não puderam.

E mesmo que já tivessem se passado três anos, Theodor voltou a contratar outro detetive para prosseguir, se era possível assim dizer, com a investigação parada pelo anterior. Mas este também não fez o serviço. E infelizmente para Elizabeth que desenvolveu um profundo ressentimento pelo responsável da divisão de homicídios, não havia sido culpa dele.

Daquela vez, e para pura decepção dos filhos, Anderson os impediu, bloqueando seus fundos monetários, argumentando que eles estavam descontrolados...Foi estranho, repentinamente seu pai parou de os apoiar, e pareceu ficar contra. Eles não conseguiam acreditar. Foi difícil ver sua mudança sem sentido perante a  busca e o desejo pela verdade, ver que não se importava de viver sobre uma mentira, e também lhes destroçar.

Tentaram resolver como família,  mas não foi possível então acabaram no tribunal.

Também não resultou.

Em compainha do advogado, Anderson  alegou ao tribunal que eles estavam incapacitados devido a perda da mãe, e que só devolveria o controle do  dinheiro se desistissem da ideia de procurar uma agulha em um palheiro, como o mesmo já havia dito. O juíz os olhou com fossemos todos loucos e os mandou para casa para que se entendessem.

Adam foi chamado, Donavan estava lá também, mas não deu em nada.

As conversas frequentes não resolveram, apenas fizeram com que se aborrececem muito com ele. Tanto que Theodor, saiu de casa, e por tempos não falou com o pai.

E embora mal falasse com o pai, Elizabeth não quis sair. Com 20 anos ainda não se sentia pronta para abandonar a casa onde sempre viveu, e que de vez em quando, em um momento aterrador de saudades, visualizava sua mãe sentada na sala lendo algum livro. As vezes, eram bons momentos.

Mas não durou muito aquele conflito familiar, Ana com seu dom apaziguador conversou com Anderson, e ele devolveu o dinheiro dos filhos. Pediu desculpas, e justificou estar apenas tentando lhes proteger de uma busca vã.

No entanto Theo não voltou para casa.Tentaram contratar outro detetive após fazerem as "pazes" com o seu pai, mas a fama de crianças loucas procurando pelo em ovo já havia se espalhado por toda Alura, e nenhum detetive queria aceitar aquele caso já que o próprio Eduardo Simas havia espalhado o boato.

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