J. ORTEGA
Eu sempre quis casar. Sempre quis formar uma família e seguir com minha carreira. Mas nunca pensei que envolver esses dois, iria estragar tudo.
Casei com vinte anos, e hoje tenho vinte e sete. Sete anos com a mesma pessoa, sete anos com a mulher que sempre amei. Eu sempre achei que nós íamos ser a mesma coisa de quando namorávamos, mas estive enganada esse tempo todo.
Quando casei, minha esposa começou a cobrar mais de mim, começou a querer ver meu celular todos os dias, até um aplicativo pra saber onde eu estava, ela queria colocar. Eu não entendia tudo isso, afinal, sempre tivemos confiança, uma à outra. E quando eu perguntava sobre, ela dizia o mesmo de sempre, “ Você sabe que eu tenho um trauma em relação a isso, e mesmo você não sendo igual a ele, eu sinto a necessidade de fazer isso. ”
Bom, ela tem uma filha de dezoito anos, fruto de um antigo relacionamento abusivo. Esse homem, pai da garota, traia Mariana, batia nela, humilhava e ainda por cima, roubava todo seu dinheiro. Isso durou por anos, até ela me conhecer. Nós começamos a conversar e ela ainda era casada com ele. Em um dos nossos encontros, eu reparei que seu olho estava roxo, e ela não estava tão animada como costumava estar.
Pedi para que ela contasse tudo, e mesmo com medo, ela confiou em mim para falar. Quando eu soube, de primeira fiquei com raiva, afinal ela era uma mulher casada, mas depois que parei pra pensar em tudo o que ela passou, resolvi lhe dar uma chance. A chance que mudou a vida dela.
Eu tirei ela de casa, trouxe-a pra Espanha e ainda mandei seu ex pra prisão. Hoje nós moramos em Madrid, somos milionárias e ela se tornou uma advogada, tudo o que sonhou.
Eu gostaria que essa história fosse feliz, mas não é. Se eu olhar para o passado e ver o futuro agora, não acreditaria que íamos se tornar duas mulheres irreconhecíveis. Por mais que eu tente, não consigo recuperar sua confiança, e olha que eu nunca dei motivo pra desconfiar de mim.
— Faz meia hora que está olhando para o nada. O que foi? – Meus pensamentos foram embora assim que ouvi a voz da minha enteada.
Lizzie tem seus dezoito anos, cabelos escuros, corpo estrutural... Eu diria que é uma menina perfeita. Nesses dias que eu e sua mãe não estamos nos melhores relacionamentos, ela se aproximou mais de mim.
— Nada. – Levantei da cadeira, colocando o copo vazio sobre a mesa.
Olhei para a menina, que trajava apenas um conjunto de baby Doll curto. Eu não me importava muito com suas roupas, mas ultimamente, estava tanto tempo sem transar que isso mexia um pouco comigo.
— Sempre quando você diz isso, sei que tem alguma coisa. — Cruzou os braços abaixo dos seios, me olhando. — É sobre minha mãe, né?
Eu neguei, não querendo prolongar o assunto. Lizzie não se importou e veio até mim, ficando ao meu lado. Fiquei em silêncio e olhei para a vidraça do meu escritório, que dava vista pra cidade, enquanto mexia na aliança em meus dedos.
— Minha mãe não te merece, essa é a verdade. — A garota me abraçou, afundando seu rosto em meu peitoral, me fazendo sentir seus seios, já que ela estava sem sutiã. Retribui o ato, beijando seus cabelos.
Ouvi passos vindo do outro lado da porta, mas não me importei e continuei abraçada com a garota.
— Falando mal de mim? — Mariana entrou na minha sala. Olhei de relance pra ela, vendo-a colocar sua bolsa na poltrona e vir até nós.
— Pior que sim. – Lizzie riu, olhando pra mãe.
Minha esposa revirou os olhos e veio até mim, me dando um selinho rápido. Após isso, ela ficou encarando eu e sua filha, dando um olhar de repreensão pra Lizzie.
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Minha Madrasta. ( Jenna G!P )
FanfictionAmor mais que proibido. Um desejo de ambas partes. Um prazer infinito. Jenna é uma jogadora de futebol, e isso a torna uma pessoa famosa. Pessoas ao redor do mundo sabem de quase tudo que acontece na sua vida, mesmo ela sendo reservada em relação a...