J. Ortega
É tão bom ver que Lizzie está me perdoando aos poucos e me deixando ter mais contato com nossa filha.
Aurora parece estar se acostumando com minha presença. Todos os dias eu vou vê-la na casa de Lizzie, passo algumas horas ali conversando e brincando com a garotinha, que ama. Lizzie às vezes reclama por eu estar indo pra lá todos os dias e diz que não tem necessidade disso, mas eu só quero ficar um tempo perto dela.
O problema é que sempre que eu olho pra Aurora, lembro do que fiz há dois anos atrás, da forma em que eu neguei sobre querer ter um filho, da forma que eu neguei ela. Isso sempre me dá um puta nó na garganta e um embrulho na barriga. Não importa quanto tempo passe, eu sempre vou me culpar por isso. Essa culpa nunca vai sair de mim.
Agora, eu estava voltando do treino e comprei alguns lanches pra comer junto com a Aurora e a Lizzie. Sinceramente, já virou rotina ir pra lá quando estou livre. Estacionei o carro e peguei a sacola com nossos lanches, saindo do carro. Toquei a campainha e esperei alguém abrir.
Eu realmente espero que o Adam não esteja aqui. O homem faz de tudo pra poder atrapalhar meu momento com minha filha e ainda fica soltando indireta. Teve uma vez que eu quase parti pra cima dele depois dele dizer que eu não deveria ter contato com minha filha por eu ter sido uma filha da puta no passado.
E infelizmente foi ele quem abriu a porta. O homem estava sem camisa, apenas com uma bermuda solta, me olhando com tédio. Ignorei a presença dele e entrei na casa, procurando pela minha filha.
— Titia! – Ouvi sua voz. Sorri pra pequena que desceu correndo do sofá e pulou em meus braços.
— Oi, meu amor. Como você está? – Beijei sua bochecha.
— Bem. O que a senhola trouxe pra mim hoje? – Dei risada ao ver que ela procurava algo em minhas mãos.
— Trouxe um lanche pra gente. Você gosta de hambúrguer? – Caminhei até o sofá, a deixando lá.
— Sim!
— A tia trouxe três. Um pra você, pra sua mamãe e um pra mim. – Sorri, bagunçando seus cabelos. Ela sorriu e eu pude perceber a covinhas em sua bochecha, idêntica a mim. — Falando na sua mãe, cadê ela?
— Estou aqui. – Lizzie apareceu. Ela levou seu olhar até a sacola que estava em minha mão e suspirou, negando com a cabeça. — Nós vamos sair, não precisava trazer nada.
— Nós vamos? – Adam perguntou confuso, parando atrás dela.
— Sim, Adam. Lembra que marcamos jantar fora na semana passada? – O olhou. — Não acredito que esqueceu.
— Desculpa, amor... é que o trabalho tá me matando. Mas tá, vou me arrumar, é rápido. – Deu um selinho nela, sumindo de vista.
Engoli a seco e desviei meu olhar dela, fechando a sacola novamente.
— Bom... então eu vou indo. Toma, Aurora, pode guardar pra comer depois se quiser. – Dei a ela, que sorriu minimamente, não tão contente.
Olhei pra Lizzie que me olhava séria, com as mãos na cintura. Pude reparar mais em seu corpo, vendo que ela trajava um vestido vermelho que vinha até suas coxas, com um decote nos seios. É, sortudo seja o Adam que tem essa mulher pra ele.

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Minha Madrasta. ( Jenna G!P )
FanfictionAmor mais que proibido. Um desejo de ambas partes. Um prazer infinito. Jenna é uma jogadora de futebol, e isso a torna uma pessoa famosa. Pessoas ao redor do mundo sabem de quase tudo que acontece na sua vida, mesmo ela sendo reservada em relação a...