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Lizzie.

Me remexi na cama, sentindo uma certa umidade sobre as coxas. Abri meus olhos contra minha vontade, franzindo a testa ao ver que estava no meu quarto.

Não é possível que tudo aquilo, era apenas um sonho. Droga, eu sinto a porra do toque dela, sinto seu corpo colado ao meu, eu sinto seu pau na minha boca! Não é possível que seja apenas um sonho.

Ouvi o barulho da maçaneta da porta, rapidamente me cobri com o edredom, levando minha atenção até lá. Era minha mãe, a mesma entrou no quarto e deixou a porta aberta, vindo até mim.

— Levanta, a Jenna já vai sair e você vai com ela. – Puxou meu lençol, mas consegui segurar, ou ela iria ver minha nudez.

— Ir pra onde? – Disse com uma voz um pouco rouca. Minha mãe franziu a testa, colocando as mãos na cintura.

— Levanta Lizzie, eu já vou sair! – Ortega apareceu na porta, vestindo sua camisa.

— Você vai com ela pro CT, eu vou chegar tarde e não quero que fique sozinha em casa.

— Mãe, eu já tenho dezoito anos, não dez! – Reclamei.

— Idai? Anda logo, não demora. – Me lançou um olhar de repreensão, caminhando até a porta.

Eu não teria saída, a não ser ir. Levantei e fiz minhas necessidades, quando já estava pronta, desci as escadas. Jenna me esperava impaciente sentada no balcão da cozinha, olhando a cada cinco minutos o horário no celular. Minha mãe já tinha ido pro trabalho, e só ficou nós duas.

— Da próxima vez que demorar tanto assim, vou te deixar aí. – Fechou a porta do carro, dando a partida no automóvel.

— Eu não pedi pra vim.

Ela suspirou, apertando forte o volante. Não liguei, apenas fiquei olhando as ruas, que estavam um pouco vazia, por ainda ser manhã. Jenna estava com sua roupa de treino do Real Madrid, e confesso, aquela roupa me fazia babar por ela.

Nós chegamos que eu nem percebi. Jenna dirige igual uma fórmula um em uma pista vazia. Nós descemos do carro e ela foi na frente, segui ela e nós estamos na estrutura. Eu vivo na riqueza, mas eu acho que nem se compara com esse lugar.

No corredor tinha um monte de quadros de jogadores históricos, alguns bem antigos até. E mais lá pra frente, tinha uns dos jogadores atuais, e Jenna estava em um deles, sem camisa, fazendo a comemoração do Messi, mostrando seu nome atrás da camisa.

Segui ela pra todos os lugares, até chegarmos no campo de treinamento. Vi alguns jogadores do Real me olhando, mas não dei a mínima. Confesso que alguns deles eram gatos.

— Fica quieta aí. – Ortega apontou pra arquibancada com a cabeça, fui até lá e me sentei, cruzando as pernas. Seu olhar foi diretamente pra lá, me olhando nos olhos em seguida. — Não tinha outra roupa não?

Neguei, vendo-a revirar os olhos. Ela me largou ali e foi se juntar aos meninos, que estavam em uma roda. Fiquei observando eles, tinha um moreninho que não parava de me olhar por nenhum segundo.

— Olha só quem veio hoje... – Ouvi uma voz bem conhecida por mim. Olhei pro lado vendo Emma me olhar, com seu mesmo olhar de sempre pelo meu corpo.

— Myers...

— Veio ver sua mãe treinar ou veio me ver? – Dei risada.

— Vim ver minha mãe treinar, espertinha. – Ela fingiu estar triste, mas logo riu.

— Emma, larga de papo! Vem treinar! – Minha madrasta a chamou.

— Tua mãe é chatona em. – Revirou os olhos, se despedindo de mim.

Minha Madrasta. ( Jenna G!P )Onde histórias criam vida. Descubra agora