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Sempre me pergunto o porquê temos que crescer, amadurecer, saber lidar com coisas que nunca imaginávamos lidar. Virar adolescente, virar adulta.

Bom, eu preferia ser criança pelo resto da minha vida, pelo menos assim, eu não precisaria sentir desejo por alguém da minha família. Minha própria mãe. Jenna me viu crescer, sempre me acompanhou nas aulas de ballet, nas aulas de música, na reunião de pais – nas quais minha mãe nunca ia – , sempre me ajudava com o dever de casa, e principalmente, me dava tudo o que eu queria.

Mas eu, simplesmente, tive que começar a enxergar ela de outra forma, me sentir atraída por ela, e principalmente, sentir necessidade de beijá-la e ir além disso. Eu não deveria ter esses pensamentos, tipo, ela é minha mãe, porra!

E ontem, eu não consegui segurar o meu desejo. Simplesmente rebolei nela, senti seu pau duro, toquei e vi ele, mesmo que fosse por dois segundos. E agora eu não sei como ela vai reagir comigo, mas provavelmente, vai ficar estranha.

Mas eu não deixaria meu desejo de lado, ela querendo ou não, sei que uma hora ela vai ceder. E pra isso, vou fazer o possível para que ela me olhe de outra forma, e não como filha.

Eu tinha acabado de acordar, já se passavam das duas da tarde, e a casa estava silenciosa. Tomei banho e coloquei um vestido solto, um pouco curto, e arrumei meu cabelo. Ao descer as escadas, não notei nenhum movimento de que alguém estava em casa. Procurei por todos os cômodos, mas em nenhum deles Jenna estava.

Abri a porta que ficava ao lado da de cinema, que era sua sala de jogos. Ela costuma ficar jogando lá quando some. Dito e feito, ela estava lá, jogando um jogo de futebol com um fone no ouvido, sentada na cadeira gamer.

A mesma não notou minha presença, até eu passar as mãos em seus ombros, atraindo sua atenção. Vi ela ficar séria no mesmo momento, tentando se afastar de mim.

— O que está jogando? – Encostei minha cabeça em seu ombro, olhando pra tela.

Um motivo pra eu estar tentando algo a mais com Jenna, é o fato da minha mãe não gostar mais dela. Elas brigam constantemente, mal fazem sexo mais. Não tem porquê ela continuar com esse casamento falso.

— Futebol. Não está vendo? – Tirou os olhos de mim, voltando ao seu jogo.

Grossa.

Suspirei, me afastando dela. Caminhei pela sala onde tinha Pc, um Playstation 5, alguns jogos em uma estante e um frigobar, provavelmente com comida dentro, tinha também um pequeno sofá, de frente para grande TV. Sem contar a led do lugar, que mudava de cor as vezes, mas no momento, estava na luz azul.

— Você não tem mais o que fazer não? – Olhei pra trás, vendo Jenna me encarar de braços cruzados.

Sorri, olhando a mulher de cima abaixo, mordendo os lábios. Jenna estava com uma camisa preta, uma bermuda da mesma cor e uma meia branca. Como ela pode ser gostosa de qualquer jeito?

— Sai daqui, Lizzie. – Sua mão tocou meu braço com certa força, me arrastando até a porta.

— Que? Não! Me deixa ficar aqui, por favor!

— Não.

— Por favor mãe, eu juro que vou ficar queita! – Ela parou no mesmo momento, me olhando com cara de poucos amigos. — Por favor...

Ela passou alguns segundos me olhando, antes de me soltar. A mesma fechou a porta, voltando ao seu jogo idiota. Revirei os olhos e me sentei no sofá, procurando algo pra fazer.

Como não tinha nada, fiquei encarando Jenna jogar. A cada dez minutos ela fazia um gol, e comemorava internamente. Os minutos foram passando e eu estava entediada, ela não me dava atenção, ao menos me olhava.

Minha Madrasta. ( Jenna G!P )Onde histórias criam vida. Descubra agora