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J. Ortega

As semanas passaram rápido. Os dias foram como horas, às vezes, uma eternidade.

E hoje, finalmente, é o dia da primeira ultrassom do nosso bebê. Eu esperei por isso a semana toda, super ansiosa. Afinal, vai ser a primeira vez que vou viver isso.

Nunca tive oportunidade de estar presente nas ultrassons da Aurora, muito menos acompanhar seu crescimento. Mas agora, eu tenho. Vou estar vivendo um sentimento único pela primeira vez.

— Amor, você tá tremendo... se acalma. – Senti a mão de Liz encostar na minha, tentando me acalmar.

— Impossível. – Respondi batendo o pé no chão frequentemente, olhando para todo canto à espera do médico.

Pude ouvir sua risada baixinha, enquanto a mesma fazia um carinho na minha mão. Respirei fundo me preparando pra levantar assim que vi o cara de jaleco branco e óculos, com uma prancheta em mãos.

— Lizzie Andrade? – Dei graças a Deus e me levantei, segurando firmemente na mão de Lizzie e indo até o médico. Ele sorriu gentilmente ao nos ver, oferecendo um aperto de mão, no qual eu aceitei imediatamente. — Tudo bem?

— Sim, doutor. – Liz respondeu calma, apertando a mão dele também. O médico ia dizer algo, mas eu o cortei.

— Será que podemos ir logo? Eu preciso ver meu filho. – Interrompi eles, vendo o médico rir e concordar, começando a caminhar na nossa frente.

— Seu primeiro filho? – Perguntou enquanto eu e Lizzie andávamos ao seu lado pelos corredores.

— Não, meu segundo. Mas eu não tive a oportunidade de presenciar esses momentos com meu primeiro filho, então... – Falei e ele assentiu, abrindo a porta do consultório e pedindo para gente entrar.

— Eu também tenho dois. Foi exatamente assim... – Riu. — Bom, vamos começar. Lizzie, pode se deitar nessa maca, por favor.

Ela me olhou e sorriu, soltando minha mão. Observei ela se deitar na maca, assim como o médico pediu e então, levantou um pouco da sua blusa, dando visão da sua barriga.

Ela cresceu muito nessas últimas semanas. Era tão bom ver aquele volume e saber que dentro dele, estava um bebê. O meu filho.

Assim como fazia antigamente, eu sempre deito nos meios das pernas de Lizzie e fico conversando com ele, que apenas escuta. Talvez esteja muito pequeno para chutar. Mas eu estou esperando ansiosamente por isso.

— Vamos lá... – O doutor passou um gel suavemente sobre sua barriga, logo colocando o transdutor.

Olhei para a pequena tela que havia no canto da parede, sentindo meu coração acelerar e minhas pernas darem uma leve fraquejada. Respirei fundo e prestei atenção nas imagens pretas e brancas, sem entender muito.

— Aqui está seu bebê... – O doutor disse, nos dando a imagem de uma pequena bolinha que estava se formando. — Vocês querem saber o sexo?

— Sim, por favor. – Falei antes que a Lizzie pudesse responder. O doutor assentiu, passando o transdutor devagar em cada canto da barriga de Lizzie.

Passaram-se alguns minutos e eu pude ouvir a risada do doutor, seguida de uma olhada pra gente. Encarei ele um pouco confusa, sem entender o motivo da risada. E então, ele apontou pra tela, mostrando duas bolinhas, uma do lado da outra.

Minha Madrasta. ( Jenna G!P )Onde histórias criam vida. Descubra agora