Minha Madrasta. ( Jenna G!P )

20

J. Ortega

Suspirei fundo ao entrar na sala do presidente do Bayern. Ele que decide quem entra e quem sai, junto com seus assistentes.

— Podem sentar, por favor. — Lançou um sorriso. Aquele famoso sorriso de quem tem dinheiro até nos dentes. Me sentei em uma poltrona e Edgar em outra, ao meu lado. — Então, o que devo a honra de ter vocês aqui?

— Viemos falar sobre a punição que vocês deram pra ela. – Edgar falou, o olhando sério. — Como assessor e empresário dela, desejo que vocês deixem ela treinar imediatamente. Tem competições grandes e tenho certeza que precisarão dela.

Jan deu uma risada alta, colocando a mão na boca e se desculpando. Arqueei as sombrancelhas e o olhei totalmente confusa.

— Que graça tem nisso? – Perguntei, seu semblante mudou na mesma hora, se tornando sério.

— Ah, você não percebeu? Bom, vamos começar. Jenna, você desde que chegou aqui não ajudou o time uma vez se quer! Falta nos treinos, e quando vem, é atrasada. Acha que vamos precisar de você em jogos grandes? Pra que? Pra fazer a gente perder?

Me levantei da poltrona na mesma hora, colocando as mãos em sua mesa. Edgar pediu para eu sentar, mas eu já estava irritada e encarava Jan com um semblante totalmente sério.

— Então por que me contrataram? Pra ficar no banco? – Ele riu sem humor, colocando as mãos na mesa e me olhando.

— Não, te contratamos para você jogar, e isso é a única coisa que você não está fazendo desde que chegou. Então, acho bom você baixar essa sua bola e se sentar aí.

— Jenna, senta. Eu resolvo isso. – Me puxou, fazendo eu me sentar de volta. Mesmo assim, não deixei de encarar Jan com um olhar irritado. — Olha, senhor, sei que ela não estava sendo responsável, mas ela está disposta a mudar suas atitudes, e isso inclui ajudar o time. Então, liberem ela para os treinos o quanto antes.

— Olha, qual é seu nome mesmo? Ah, lembrei. Edgar, as coisas não funcionam como os jogadores querem, quem manda aqui sou eu, e não vou liberar ela até que complete um mês fora. Não me importo com o que ela vai fazer durante esse tempo, só quero que ela tenha responsabilidade. Não pagamos milhões atoa.

Após ele falar isso, um silêncio se instalou no ambiente. Olhei pro Edgar totalmente incrédula, esperando ele dizer algo. O meu empresário me olhou e deu de ombros, logo após desviando o olhar pro presidente.

— Eu entendo perfeitamente o lado de vocês. Mas eu não posso deixar que vocês façam isso. Então, ou deixem ela treinar, ou ela vai sair do clube o quanto antes.

— Sair? E quem vai querer pagar por ela com esse desempenho? – Riu olhando pro Edgar, mas logo sua atenção voltou para mim. — Ninguém vai pagar o preço que você pede.

— É isso que vamos ver. – Me levantei rapidamente, caminhando até a porta.

— Jenna, volta aqui! Vamos conversar. Espera! – Ouvi Edgar falar, mas não dei a mínima.

Fui direto pro carro, que estava parado em frente ao clube. Olhei pela janela vendo Edgar correndo até mim, abrindo a porta do carro furioso.

— Que porra foi aquela? Enlouqueceu?

— Enlouqueceu meu pau, Edgar! Esse velho filho da puta tá tirando onda com minha cara, e eu vou ficar calada?! – Peguei as chaves do carro no bolso e dei a partida. Edgar suspirou e fechou a porta.