J. Ortega
Ajeitei minha calça e me sentei no banco, olhando ao redor vendo algumas pessoas com seus celulares apontados para mim.
Acenei para eles e dei um sorriso, logo desviando o olhar. O Maracanã estava lotado, de ponta a ponta tinha torcedores flamenguistas. Observei o campo que não via há tantos anos, sentindo nostalgia.
Lembro de quando eu joguei pela primeira vez no profissional com apenas cartoze anos. Com oito anos, tive minha paixão pelo futebol, eu amava ver os jogos do flamengo e torcer pelo time do coração. Eu prometi a mim mesma que um dia estaria lá, jogando no campo de futebol e trazendo alegria para meu time. Meus pais foram percebendo isso, então me levaram para jogar campeonatos e treinar na melhor escola de futebol do RJ.
Fui evoluindo e quando menos esperei, com treze anos entrei na base do flamengo. Era um sonho realizado, só de entrar em uma base eu já me sentia feliz. Claro que, como todos os atletas, tive meus momentos de querer desistir, largar tudo pois não achava que tinha potencial, mas meus pais sempre estiveram ali por mim. Eu precisava focar, afinal Deus não me colocou nesse caminho à toa.
Com catorze, fui chamada pra jogar no sub dezessete da seleção feminina. Obviamente aceitei, meu pai então me levou pra São Paulo para jogar lá por um mês. Joguei, fiz boa atuação e fui eleita a melhor jogadora da competição. Com isso, ganhei mais reconhecimento e alguns times do RJ queria me contratar, mas o que mais me chamou atenção foi o Flamengo. Meus pais acharam melhor esperar eu fazer cartoze anos logo, já que não demoraria muito.
Fiz cartoze e com isso uma responsabilidade pesou sobre mim. Estreei no profissional feminino, fiz três gols na minha primeira partida e fui eleita a melhor do jogo. Nós competimos por uma temporada inteira, ganhando libertadores. Mas eu não estava feliz, em partes eu estava por poder jogar pelo meu time de coração, mas em outras não.
Eu queria poder ir mais à fundo, conquistar mais premiações, ganhar mais dinheiro. E foi aí que meu pai contou sobre minha condição para a diretoria do time, lembro até hoje quando o Braz disse que poderia me liberar para jogar junto com os homens. E pra melhorar tudo, fui pro profissional.
E foi aí que conquistei o coração dos rubro-negros. Me tornei ídolo, chamei atenção de mais clubes espalhados pelo mundo com meu futebol e então sai do time. Mas ele nunca saiu de mim. Continuo amando o Flamengo, não importa quanto tempo passe, esse amor nunca vai sair de mim. Esse clube me revelou, me deu a oportunidade de ter mais viabilidade. Se não fosse por eles, eu nunca teria ido pro Real Madrid, afinal eu ia continuar no feminino, que infelizmente não tem muita visibilidade.
“ Senhoras e senhores, temos uma visita ilustre hoje no Maracanã, Jenna Ortega, nossa pequena rubro-negra está nas arquibancadas! ” Ouvi a voz do locutor ecoar pelo estádio.
Olhei pro telão com um sorriso no rosto, vendo que eu tinha acabado de aparecer. O estádio que já estava barulhento, ficou mais ainda após saberem de mim. Acenei para todos ao redor, pegando o escudo da camisa e beijando.
Eles se animaram ainda mais, os fãs que estavam quase do meu lado pediam para eu olhar pro celular, faziam perguntas mas eu ao menos podia responder. Após isso, os jogadores saíram do túnel e eu me sentei de volta agora prestando atenção no jogo prestes a começar.
— Esse povo realmente te ama, meu Deus do céu. – Ouvi a voz de Lizzie. Dei risada e coloquei minha mão em sua coxa, fazendo um leve carinho.
— Claro, e quem não me ama? – Fui sarcástica, vendo-a revirar os olhos. Aproximei nossos rostos e beijei seu pescoço, logo me afastando.
Eu e Lizzie estamos bem, nosso relacionamento tá fluindo, e o melhor de tudo é que ninguém sabe, muito menos a mídia. Tudo está indo bem e eu espero que continue assim. Mas às vezes eu estranho ela, já que a mesma tem seus desejos malucos e quase sempre tá com cólica, fora os enjôos toda semana. Isso me preocupada.

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Minha Madrasta. ( Jenna G!P )
FanfictieAmor mais que proibido. Um desejo de ambas partes. Um prazer infinito. Jenna é uma jogadora de futebol, e isso a torna uma pessoa famosa. Pessoas ao redor do mundo sabem de quase tudo que acontece na sua vida, mesmo ela sendo reservada em relação a...